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BB: lucro acima do esperado pelo mercado e recomendações de compra para ação

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O lucro recorrente (sem eventos extraordinários) do Banco do Brasil (BOV:BBAS3) no segundo trimestre, de R$ 3,240 bilhões, ficou acima da projeção do mercado, de R$ 3,139 bilhões, equivalente a um retorno sobre o patrimônio líquido de 13,2% ao ano, melhor que os 12,2% ao ano do mesmo trimestre do ano passado. O ganho veio especialmente da melhora da qualidade de crédito, com crescimento da carteira sobre o trimestre anterior, margens estáveis e provisões menores para atrasos. Do lado negativo, o banco teve maior despesa operacional, maior tributação e baixo percentual de capital da Basileia, segundo o suíco UBS, que recomenda compra para a ação ordinária (ON) do banco, com preço justo de R$ 41,60. A ação do banco é a segunda mais negociada na B3 hoje e, às 13 horas, estava alta de 1,8%, negociada a R$ 33,20. A ação do BB era a terceira maior alta entre os papéis do Índice Bovespa, que recuava 0,6%, para 78.649 pontos.

A carteira de crédito apresentou queda de 1,5% sobre o mesmo trimestre do ano passado, mas um crescimento de 1,4% sobre o trimestre anterior, que havia registrado recuo de 2,2% sobre 2017. A carteira de empresas cresceu 1,4% sobre o mesmo período do ano passado e a de pessoas físicas, 2,2%.

A inadimplência caiu de 3,64% da carteira no primeiro trimestre para 3,3% no segundo, o que permitiu a redução das provisões para perdas em 16% no trimestre e 32% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Este é o 4º trimestre consecutivo de queda do
índice. Se um caso específico fosse desconsiderado, a inadimplência seria de 2,92% (-0,2 ponto percentual), retornando a patamares próximos à série histórica.

As despesas de pessoal aumentaram 2,6% em 12 meses, por conta das reestruturações de carreiras promovidas pelo banco. Já as receitas de serviços subiram 5,7% em um ano, puxadas pela gestão de recursos e conta corrente. Já o Índice de Capital da Basileia, capital que o banco precisa ter de garantia em em relação aos empréstimos que ele faz, ponderados pelo risco, caiu de 9,8% para 9,5% do patrimônio.

O banco reduziu a projeção para provisões para perdas de crédito, descontadas as recuperações, de R$ 16 bilhões a R$ 19 bilhões para um intervalo entre R$ 14 bilhões e R$ 16 bilhões.

Lucro para cima

Para o UBS, os resultados mostram uma boa qualidade de ativos e crescimento de empréstimos, que comprovam a expectativa do banco suíço de um novo ciclo para os créditos. E, com a redução da projeção de provisões para perdas de crédito, o lucro líquido de 2018 deverá ficar acima do ponto médio do intervalo sugerido pelo BB. O UBS estima um lucro de R$ 12,644 bilhões, equivalente a um retorno de 12,7% ao ano. Com isso, as ações do BB estariam sendo negociadas a 7,4 vezes o lucro da instituição.

Resultado acima do esperado

Já a corretora Guide Investimentos avalia que os resultados vieram acima do esperado, mostrando uma continua recuperação da qualidade da carteira de crédito e provisões, além do eficiente controle das despesas administrativas e crescimento das rendas de tarifas.

“Seguimos confiantes com BBAS3 no segundo semestre”, diz a Guide em relatório. Esperamos números mais fortes, em meio a : (i) tendência de queda das provisões para perdas de devedores duvidosos e (ii) continuidade das medidas voltadas para o controle de custos e despesas; (iii) perspectiva de retomada da atividade econômica, refletindo numa melhora na qualidade dos ativos e menor provisionamento para perdas.

Maior rentabilidade, preço atrativo, mas com risco político

Tais fatores, diz a Guide, devem impulsionar o lucro da companhia no final de 2018. A corretora ressalta a forte recuperação no crédito do Banco do Brasil nos últimos trimestres, surpreendendo o mercado, e sinalizando que deve manter essa taxa de recuperação nos próximos resultados.

Destaque também para o “guidance” (projeção) do BB que, embora ainda conservador, permite ter otimismo quanto às perspectivas do banco, que deve atingir um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, usado para medir o desempenho dos bancos)  próximo de 14% ao ano. “O valuation também é atrativo: o Preço da ação em relação ao Lucro  por ação (P/L) de 6,5 vezes em 12 meses, enquanto a média do setor é acima de 8,0 vezes, e o preço pelo valor contábil (P/VC) de 0,9 vez em 12 meses, enquanto a média do setor gira em torno de 1,5 vez. Mas a Guide lembra que, no curto prazo, o risco político e eleitoral pode continuar a pressionar o
papel.

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