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Dólar comercial volta a R$ 4,13 e turismo bate R$ 4,35; Ibovespa cai com economia dos EUA e eleições no Brasil

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O dólar voltou a ficar pressionado hoje no mercado brasileiro, em meio à subida dos juros nos Estados Unidos e a preocupação com a eleição presidencial. Às 12h20, a moeda americana subia 1,2% no mercado comercial, para R$ 4,13, um dos maiores níveis da história, enquanto o dólar turismo alcançava R$ 4,35 para venda, alta de 2,6%. A moeda chegou a ser vendida no mercado comercial a R$ 4,14, indicando a forte procura dos investidores por proteção. Já o Índice Bovespa, que reúne as principais ações brasileiras, recuava 0,6%, para 77.443 pontos.

Confiança do consumidor puxa juros nos EUA

A moeda americana surpreendeu na manhã de hoje com uma alta expressiva, afirma o economista-chefe da Spinelli Corretora, André Perfeito. Segundo ele, a alta está relacionada, do ponto de vista macroeconômico, com a melhora da Confiança do Consumidor nos EUA que atingiu a máxima da série desde 2003 e pelo menos e sugere uma política monetária mais apertada pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). Os juros de 2 anos nos EUA subiram e na esteira dele a maioria das moedas emergentes perderam contra o dólar no período da manhã, afirma Perfeito. O juro de 10 anos dos títulos do Tesouro dos EUA também subiram, para 2,87% ao ano, ante 2,84% ontem.

Moedas latino-americanas e lira turca em baixa

Outras moedas, como o peso argentino, o peso mexicano e outras moedas latino-americanas estão em queda, assim como a lira turca, que lidera a desvalorização diante do dólar, em baixa de 2%. “A confiança do consumidor nos EUA puxa o ‘flight to quality”, a busca por proteção, e valoriza o dólar”, afirma Pablo Stipanicic Spyer, diretor da corretora Mirae Asset. A economia americana mais forte acaba anulando o otimismo com o acordo entre Estados Unidos e México no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).  “Porém, é imprescindível lembrar que nesta semana, fim de mês, ocorre a formação da taxa do dólar PTax pelo Banco Central, que é usada na liquidação dos contratos futuros de câmbio da B3”, afirma Spyer. O vencimento aumenta a especulação de grandes investidores no mercado de câmbio. Além disso, há o imbróglio eleitoral, que continua dando espaço para especuladores. Spyer acrescenta que o risco-país também está em alta, atingindo a máxima desde dezembro de 2016, com 2,89 pontos percentuais acima do juro americano.

Volatilidade dificulta operações de hedge e pressionar dólar

Segundo Spyer, houve um aumento da volatilidade do dólar em relação ao real, que atingiu 22% na última semana. “O dólar está muito arisco, como não víamos há muito tempo”, diz. Com isso, os clientes reclamam de dificuldades em comprar a moeda no mercado à vista (spot), mesmo valores menores para esse mercado, de US$ 1 milhão por exemplo. “Ao começar a comprar, o vendedor simplesmente desaparece, obrigando o comprador a pagar preços acima do previsto”, explica. Outro efeito dessa volatilidade é o aumento do custo das operações de hedge (proteção) cambial. “Para travar valores maiores, o mercado só aceita preços maiores”, afirma Spyer.

Ele lembra que muitos clientes captam recursos no exterior para aplicar aqui, incluindo investimentos de logo prazo, caso dos fundos de participações em empresas, os private equities, que precisam se proteger de desvalorizações do real. “Mas o hedge está tão caro que esse tipo de cliente está considerando uma operação que antes era impensável”, diz Spyer. Essa operação consiste em remeter os recursos novamente para o exterior, aplicar em um título do Tesouro dos EUA de 10 anos e trazê-lo de volta somente no dia que o investimento na empresa for efetivamente feito. Essas três viagens -entrar no Brasil, sair e voltar –  aumentam o custo da empresa, além de elevar a pressão sobre o câmbio, mas dado o cenário de volatilidade passa a ser considerado pelos investidores.

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