O dólar saltou 2% nesta terça-feira e fechou no patamar de R$ 4,00 pela primeira vez desde fevereiro de 2016, com os investidores começando a colocar nos preços a possibilidade de o candidato à Presidência preferido do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), não ir para o segundo turno, já que continua sem ganhar tração na disputa.
O dólar avançou 2,01%, a R$ 4,0372 na venda, maior nível desde os R$ 4,049 de 18 de fevereiro de 2016. Foi a quinta alta consecutiva do dólar, período no qual avançou 4,40%.
Na máxima do dia, atingiu R$ 4,0382. O dólar futuro tinha valorização de 1,70%.
“O mercado não considerava até poucos dias atrás um cenário sem Alckmin no segundo turno, mas já começou a precificá-lo. Assim, o dólar tem mesmo que ir para outro patamar”, afirmou o economista da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira.
A Pesquisa do Ibope divulgada na noite passada revelou que, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) liderava a corrida pelo Palácio do Planalto com 20% das intenções de voto. Em seguida, vinham Marina Silva (Rede), com 12%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9%, Alckmin com 7%, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), com 4% e o senador Álvaro Dias (Podemos), com 3%.
Swaps cambiais
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 3,6 bilhões do total de US$ 5,255 bilhões que vence em setembro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.