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Itaú cai 4% após balanço, mas analistas recomendam compra; banco vai distribuir R$ 4,7 bi em dividendos

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As ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) fecharam a terça-feira (31) em queda de 4,19%, negociadas a R$ 45 na B3, após o banco divulgar um resultado ligeiramente abaixo do esperado. O papel foi o mais negociado na bolsa, e ajudou a derrubar o Índice Bovespa, que fechou em queda de 1,31%, aos 79.220 pontos.

O lucro veio apenas 1,7% abaixo do consenso do mercado, mas como lembrou o BB Investimentos, depois de Santander e Bradesco apresentarem ganhos acima do esperado, o mercado esperava o mesmo do líder privado Itaú. Mesmo assim, como lembra a Guide Investimentos, o banco segue com o maior retorno entre os grandes bancos, com 21,6% sobre o patrimônio anualizados. Apesar da queda, tanto a Guide quanto o BB ou ainda o BTG Pactual recomendam compra para Itaú Unibanco. BTG estima preço-alvo de R$ 52 para a ação e o BB, R$ 57,00.

Banco pagará R$ 4,7 bi em dividendos

O Itaú Unibanco  vai distribuir R$ 4,7 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio relativos ao primeiro semestre, correspondentes a 42% do lucro líquido ajustado da Itaú Unibanco Holding, de R$ 9,945 bilhões, explicou hoje o vice-presidente executivo Caio Ibrahim David, em entrevista coletiva. Desse total, R$ 97 milhões já foram pagos no dia 2 de julho, dentro do pagamento mensal de dividendos mínimos do banco.

Segundo ele, distribuições adicionais serão discutidas no conselho de acordo com o desempenho deste ano. O valor vai depender dos cenários e da necessidade de capital que o banco terá para expandir as operações no ano que vem, afirmou. “Mas esperamos que o payout (distribuição de lucros) seja maior que o que acabamos de anunciar”, disse, sem dar detalhes.

Segundo ele, a inflação sob controle permite a redução das taxas de juros dentro de uma agenda mais sustentável, o que propicia crescimento do crédito no Brasil. O endividamento das famílias vem caindo e, sem credito habitacional, está hoje em 23% da renda. As empresas também se desalavancaram, e isso permite qualidade do credito superior que em anos anteriores. “A inadimplência também melhorou em relação aos dois anos anteriores, e o ambiente positivo favorece concessão crédito.”

David destaca a originação de crédito, que vem aumentando para pessoas físicas e está 11% acima de 2014, antes da crise, e vem melhorando para pequenas empresas, mas ainda 8% abaixo do nível de quatro anos atrás. Para grandes empresas, a queda é de 19%, em parte compensada pelo aumento da emissão de títulos privados, uma opção para empresas que precisam captar e que está 62% acima de 2014.

A carteira de crédito segue em crescimento, puxada pelo crédito para pessoas físicas e para consumo e por pequenas e médias empresas. O custo do crédito e a inadimplência caíram, o que ajudou no desempenho do banco no semestre. A margem financeira do banco, que reflete o ganho obtido nas operações menos o custo de crédito, ficou praticamente estável apesar da queda dos juros, compensada pelo volume maior de empréstimo, seja pelo mix da carteira, mais focada em operações de pessoas físicas, que dão mais lucro para o banco. A prestação de serviços, que cresceu 8,2% no semestre, também ajudou a ampliar o resultado. O banco teve um aumento de despesas com a absorção da operação de varejo do Citibank, mas que já está praticamente concluída. “Terminamos os ajustes de pessoa e de agências e agora neste semestre vamos concluir a absorção do negócio de cartões do Citi”, explicou.

A carteira de América Latina, por sua vez, cresceu 20,1%, puxada pela desvalorização do real e também pelo aumento dos empréstimos. David destacou ainda a criação de valor pelo Itaú, que representa o lucro menos o custo de capital dos acionistas, ou seja, quanto eles ganhariam aplicando em outro negócio. Com o aumento do risco-brasil este ano, o custo de capital foi elevado para 14,5% este ano, mas mesmo assim a criação de valor passou de R$ 4,1 bilhões para R$ 5 bilhões, um crescimento de 22,2%.

A incorporação do Citi também fez o número de colaboradores do Itaú crescer e, 1,8 mil pessoas. E houve também investimentos importantes em adquirência de cartões, seguros, sistemas e novas tecnologias, disse David.

Sobre plataformas digitais, David disse que o Itaú atingiu em junho 10,2 milhões de clientes usando os canais digitais e 1,1 milhão de empresas. A abertura de contas por canais digitais atingiu 127 mil, mais de 10% das contas abertas pelas agências. O potencial de evolução das transações digitais, segundo o executivo, é grande, considerando que 18% das operações de crédito já são feitas por esses meios, além de 38% dos investimentos e 79% dos pagamentos. “Cerca de 30% do nosso produto bancário hoje vem de agências digitais”, disse.

David explicou também a queda dos resultados de tesouraria do banco no segundo trimestre afirmando que ho que foi excepcional foi o ganho do primeiro trimestre. “O primeiro trimestre é que foi fora da curva, e no segundo voltamos para um número mais em linha com o guidance, de R$ 4,5 bilhões a R$ 5,3 bilhões”, disse.

Ele explicou que o Itaú aproveitou a integração da rede do Citi para eliminar algumas sobreposições de agências, reduzindo o número em 31, de 4.031 em junho de 2017 para 4.000 agora. “Mas elas continua sendo extremamente importantes para o negócio, pois temos 20 milhões de clientes nas agências físicas e mais 2,3 milhões nas digitais”, disse.

O banco teve no segundo trimestre uma recuperação de crédito de R$ 700 milhões, que ajudou a melhorar o resultado, explicou David. Ele disse que o banco deve terminar o ano com um crescimento do crédito entre 4% e 7% e que a queda do endividamento, os juros mais baixos e a inadimplência criam um círculo virtuoso para os empréstimos. “Não alteramos nosso apetita de risco, e as novas taxas de concessão estão mostrando uma mortalidade menor que as anteriores”, diz. A inadimplência mostra essa melhora, ao cair de 4,6% da carteira em março para 4,5% em junho. “Isso mostra uma contínua melhora, que aparece também em pequenas e médias empresas”, diz.

Sobre o setor de adquirência de cartões, David diz que o Top Credicard Adquirência, lançado este mês, está indo melhor que o esperado e a meta é chegar a 120 mil maquininhas ainda este ano. “Entramos em um segmento que não atuávamos, de microempreendedores e autônomos, que gira R$ 350 bilhões no total”.

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