O principal índice de ações, o Ibovespa, mostrava fraqueza pelo terceiro pregão seguido nesta quarta-feira, variando perto da estabilidade, ainda afetado pelo viés negativo em praças acionárias no exterior e apreensões relacionadas ao cenário eleitoral no país, enquanto Suzano disparava mais de 6% após notícias relacionadas ao processo de fusão com a Fibria.
Às 14:26, o principal índice de ações da B3 subia 0,67%, a 75.213,05 pontos. O volume financeiro ultrapassava R$ 2,27 bilhões.
O Ibovespa já contabiliza queda de mais de 2,4% nesta semana, considerando o desempenho deste pregão.
No exterior, o embate comercial envolvendo Estados Unidos e parceiros econômicos relevantes segue gerando desconforto entre investidores, assim como a situação de economias emergentes, particularmente Argentina e Turquia, sem mudanças relevantes no quadro recente.
Do lado doméstico, em meio a um ambiente eleitoral ainda bastante nebuloso, a equipe da corretora Mirae avaliou em nota a clientes que a não divulgação das pesquisas de intenções de votos pelo Ibope e Datafolha são fator de preocupação.
Na véspera, o Ibope deixou de divulgar uma pesquisa sobre a disputa presidencial prevista para a noite de terça-feira e fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após realizar uma “adequação” que retirou do levantamento o cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Datafolha também anunciou na terça-feira que cancelou o registro de uma pesquisa nacional que seria feita entre esta terça e a quinta-feira por conta da presença de Lula no questionário.
Destaques
Suzano (SUZB3): Disparava 6,75%, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitar pedidos para interromper o prazo de convocação de um assembleia de acionistas da Fibria para avaliar, entre outras propostas, fusão entre as companhias. Na máxima, os papéis chegaram a R$ 55, recorde intradia.
Ambev (ABEV3): Tinha alta de 1,50%, ensaiando uma recuperação após cair nos quatro pregões anteriores, período em que acumulou perda de 6,44%.
Magazine Luiza (MGLU3): valorizava-se 2,15%, também reagindo após apurar queda de mais de 9% nos dois pregões anteriores, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, em sessão sem viés único para o setor de varejo. B2W (BTOW3) subia 1,48%, mas Via Varejo (VVAR11) caía 2,19%.
Smiles (SMLS3): cedia 4,33%, na ponta negativa do Ibovespa, pressionada por notícia de que a Latam decidiu não renovar contrato operacional com sua controlada Multiplus e fechar o capital da operadora de programas de fidelidades. MPLU3, que não está no Ibovespa, subia 5,08%.
Banco do Brasil (BBAS3): subia 1,12%, em sessão sem viés definido para os bancos, com Itaú Unibanco (ITUB4) mostrando acréscimo de 0,51%, Bradesco (BBDC4) com variação negativa de 0,07% e Santander (SANB11) em baixa de 0,54%.
– Petrobras (PETR4) caía 1,77%, em sessão de queda dos preços do petróleo no exterior.