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Dólar cai para R$ 3,68 com promessas de Bolsonaro e perde 9% no mês; NTN-B longa ganha 14% em 30 dias

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O dólar comercial voltou a ser destaque hoje, fechando em baixa de 0,99%, vendido a R$ 3,685, na contramão da maioria das moedas de países emergentes e desenvolvidos. A moeda brasileira se fortaleceu diante do dólar depois que o candidato favorito à Presidência, Jair Bolsonaro, do PSL, declarou em entrevista ao SBT na noite de ontem que vai manter o Banco Central (BC) independente de interferências políticas e o câmbio flutuante.

Dólar cai 9% no mês

Com a queda de hoje, o dólar já perdeu 9,01% no mês, reduzindo os ganhos no ano para 11,16%. Em 12 meses, a moeda americana sobe 16,54%. Já o risco-Brasil, medido pelos Credit Default Swaps (CDS) de 5 anos no exterior, caiu de 2,15 ponto percentual acima dos juros americanos para 2,12 pontos, segundo o BB Investimentos.

Apesar da frustração com algumas declarações negativas do capitão reformado com relação à privatização e à reforma da Previdência, que destoam do figurino liberal que o economista Paulo Guedes tentou aplicar ao candidato, o mercado se animou e derrubou um pouco mais a moeda americana. A expectativa de algumas casas de análise é que o dólar poderia cair ainda mais, para R$ 3,55 caso a vitória de Bolsonaro se confirme e ele adote ao menos boa parte das propostas de ajuste fiscal e reformas defendidas pelo mercado.

Juros ampliam ganhos no Tesouro Direto

Os juros futuros mais longos também caíram hoje, com o contrato para 2025 fechando abaixo de 10% ao ano, a 9,99%, em baixa de 0,19 ponto percentual. No Tesouro Direto, os juros caíram ainda mais, com os papéis longos indexados à inflação, as NTN-B, pagando 5,29% ao ano mais IPCA para 2035 e 2045, ante 5,33% ao ano ontem.

Com a nova queda de hoje, as NTN-B para 2045 acumulam ganho de 14,17% em 30 dias, enquanto a de 2035 sobe 8,84%. O ganho extra é provocado pela baixa dos juros, que aumenta o valor dos títulos antigos, que têm juros mais altos. O papel prefixado mais longo com juros no final, a LTN para 2025, acumula alta de 13,29% em 30 dias.

No exterior, a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) mostrou que a visão dos dirigentes do BC americano são de que a economia dos EUA segue crescendo bem e que será preciso subir os juros, mas gradualmente. Mesmo assim, os juros americanos de 10 anos subiram, para 3,20% ao ano, derrubando as bolsas de valores na Europa e em Nova York. O Índice Euro Stoxx 600, caiu 0,40%, com destaque para a baixa de 1,33% do MIB, da Bolsa de Milão. As preocupações com o déficit fiscal italiano continuam, ampliadas pelo confronto do governo populista do país com as autoridades da União Europeia. Sem coordenação fiscal e monetária, o euro como moeda única não se mantém, e um descontrole na Itália colocaria em risco primeiro seus bancos, e depois toda a economia. O Dax, de Frankfurt, caiu 0,52% e o CAC, de Paris, 0,54%.

Em Nova York, o Índice Dow Jones recuou 0,36%, o Standard & Poor’s 500, 0,03% e o Nasdaq, ,0,4%.

Índice Bovespa fecha estável e Eletrobrás cai 5%

No Brasil, o Índice Bovespa fechou praticamente estável, depois de cair durante toda a manhã. O índice subiu 0,05%, para 85.763 pontos, preservando a alta na semana, de 3,43%, no mês, de 8,09%, e no ano, de 12,25%. Hoje foi vencimento dos mercados de opções e futuro de Índice Bovespa, o que puxou o volume negociado para R$ 25 bilhões, sendo R$ 5 bilhões de opções. A maior baixa do índice foi Eletrobrás PNB, 5,38%, seguida de Eletrobrás ON, 3,72%. Os papéis chegaram a cair mais de 10% na abertura, depois que o Senado rejeitou projeto de venda das distribuidoras do Amazonas e de Alagoas, o que deve levar à liquidação das empresas e fortes prejuízos para a holding.

Cemig e Copasa

Declarações de Bolsonaro contra a venda da parte de geração da Eletrobrás já havia derrubado os papéis e a decisão do Senado piorou ainda mais a expectativa do mercado, que acompanha também as afirmações dos candidatos aos governos estaduais. Ontem, o favorito em Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou que não vai privatizar imediatamente a Cemig e a Copasa se for eleito. O candidato do Novo, partido defensor ferrenho da privatização, afirmou que primeiro vai equilibrar as contas do Estado e renegociar a dívida, melhorar a gestão das companhias e depois avaliar se vale vendê-las. Pesquisa do Ibope divulgada hoje mostrou que Zema tem 66% dos votos válidos, para 34% de Antonio Anastasia, do PSDB.

A terceira maior queda do índice foi de RaiaDrogasil ON, 2,87%, Copel PNB, 2,42%, e MRV ON, 2,12%.

As maiores altas foram de B2W Digital ON, 6,27%, Marfrig ON, 4,77%, Natura ON, 3,95%, Equatorial ON, 3,82%, e Estácio Participações ON, 3,07%

Estrangeiros trouxeram R$ 1,1 bi para a bolsa em outubro

Entre os papéis mais negociados do índice, Petrobras PN caiu 1,05%, bem como Itaú Unibanco PN, com -1,04%. Vale ON subiu 1,91%, Banco do Brasil ON, 0,86% e Bradesco PN, 0,12%.

Os investidores estrangeiros seguem trazendo dinheiro para o mercado acionário brasileiro. Até dia 15, entraram R$ 1,105 bilhão neste mês na Bovespa, com R$ 1,4 bilhão no ano.

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