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Semana tem reta final das eleições, IPCA, produção industrial, balança e emprego nos EUA

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Na reta final para o primeiro turno da eleição presidencial no domingo, dia 7 de outubro, a política seguirá dominando a atenção e os movimentos do mercado e investidores esta semana, a primeira do mês. Além das pesquisas eleitorais que devem sair a partir de segunda e terça-feira (Ibope, BTG Pactual e Datafolha), os candidatos participarão de debates hoje, na TV Record, e quinta-feira na rede Globo, num ambiente ainda de polarização entre o líder de intenção de votos, Jair Bolsonaro (PSL) e o  ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Ibovespa subiu 3,48% em setembro e dólar caiu 0,85%

Na semana passada, os mercados voltaram a ficar negativos por conta do cenário eleitoral, com possibilidade de vitória no segundo turno do candidato do PT, crítico das reformas da Previdência e trabalhista e do atual ajuste fiscal. O Índice Bovespa caiu 0,13% na semana, fechando em 79.342 pontos, mas ainda terminou setembro com alta, de 3,48%, acumulando no ano 3,85%. Já o dólar também caiu na semana, 0,02%, fechando acima de R$ 4,00, a R$ 4,04 para venda no mercado comercial. No mês, o dólar caiu 0,85%, mas ainda sobe 22,09% no ano.

Inflação oficial de setembro na sexta-feira

Na agenda econômica doméstica, o principal destaque, segundo analistas de bancos e corretoras, é a divulgação do índice oficial de inflação (IPCA) de setembro, na sexta-feira, para o qual se espera aceleração em relação ao mês anterior e em 12 meses, podendo, pela primeira vez desde março de 2017, ultrapassar ligeiramente a meta de 4,5% estabelecida pelo Banco Central. Serão conhecidos ainda dados da produção industrial de agosto, na terça-feira.

Já na segunda-feira saem outros dados importantes: desempenho da balança comercial de setembro, projeções do Boletim Focus, além de dados da Fenabrave sobre a venda de veículos. Na quinta-feira, a Anfavea divulga os seus números relativos a produção e vendas de veículos também do mês de setembro.

Eleições darão o tom para os mercados; mobilizações ampliam tensão

A reta final do primeiro turno da eleição para a Presidência da República, que ocorre no próximo domingo, 7 de outubro, com a realização de dois debates na TV, o fim da propaganda eleitoral, na quinta-feira, e a divulgação de pesquisas de intenção de voto, marcam a agenda política. A eleição de governadores, senadores e deputados (federais e estaduais) também estará nos centro das atenções, pois vão revelar o novo mapa político do País.

No pleito presidencial, o cenário de tensão política permanece, estendendo-se para fora do ambiente partidário. Aguarda-se, especialmente nos levantamentos dos institutos, os desdobramentos das manifestações organizadas por mulheres, dentro e fora do país, contra Jair Bolsonaro (PSL), realizadas no último sábado. Houve também manifestações a favor do candidato em várias capitais.

Em paralelo aos protestos, o militar reformado recebeu alta do hospital Albert Einstein. A expectativa é que os apoiadores de Bolsonaro, que também saíram às ruas no sábado, mantenham as mobilizações. Bolsonaro deve reforçar sua presença nas redes sociais, de olho nos levantamentos, e já sinalizou que pode participar do debate da TV Globo, na quinta-feira. Neste domingo, haverá o debate na TV Record, e tudo indica que sem a presença do líder das pesquisas.

Nova rodada de pesquisas

A divulgação das sondagens do Ibope, BTG Pactual e Datafolha vão estar no foco dos candidatos e partidos. Ontem, foi divulgado o levantamento MDA/CNT (Confederação Nacional do Transporte), apontando, pela primeira vez, o empate técnico entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) – 28,2% contra 25,2%.

Nesta segunda-feira, 1º de outubro, está prevista a divulgação de pesquisa do Ibope, encomendada pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela TV Globo. Uma segunda pesquisa do Ibope será divulgada na quarta-feira, dia 3. Na terça-feira, está previsto o levantamento do Datafolha.

Haddad e a herança do lulismo

Isolado no segundo lugar, o candidato do PT deve ser o principal alvo de ataques em debates e entrevistas. O indicativo é de que manterá a conduta de apresentar as propostas de seu programa e de comparar os resultados dos governos anteriores do partido com os adversários.

Aliados de Alckmin devem se dividir no segundo turno

Diante das dificuldades de Geraldo Alckmin (PSDB) subir nas pesquisas e se credenciar para disputar o segundo turno, crescem as especulações de que os partidos da coligação poderão apoiar Bolsonaro contra Haddad. Com mais tempo de televisão e dois debates pela frente, Alckmin deve intensificar os ataques a Bolsonaro e Haddad.

As articulações em favor do candidato do PSL devem ficar mais claras na medida em que as pesquisas mostrem que o tucano não ampliou o seu eleitorado. Se não conseguir mesmo decolar, o ex-governador paulista corre o risco de terminar a eleição isolado e com perda de força política.

Sem carregar o peso do PSDB, mas prejudicado pela ascensão de Haddad, Ciro Gomes (PDT) deve continuar subindo o tom contra Bolsonaro e o PT. Marina Silva (Rede), por sua vez, sem estrutura de campanha, tende a usar os debates para tentar se diferenciar dos adversários e se manter no quadro político com alguma relevância.

Embate no STF sobre entrevista de Lula

O clima de disputa eleitoral ganhou um novo ingrediente na última sexta-feira: o desentendimento entre os ministros Luiz Fux e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) — fato que pode ter consequências nesta semana.

Uma liminar concedida por Lewandowski havia autorizado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a falar com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Mas Fux, atendendo a um pedido formulado pelo Partido Novo, proibiu Lula  de dar a entrevista. O episódio causou mal-estar na corte, segundo o noticiário do final de semana, além de matéria crítica do jornal, considerando a decisão como censura prévia à imprensa.

De olho em dados de emprego nos EUA

Externamente, o maior destaque de agenda fica com os dados do mercado de trabalho nos EUA, que saem entre quarta e sexta-feira, com projeções indicando, segundo a consultoria Rosenberg Associados, continuidade do nível elevado de geração de postos de trabalho e taxa de desemprego abaixo de 4%. O Banco Fator destaca que na quarta-feira deve sair a prévia da variação de emprego no setor privado (da empresa ADP) e, na sexta-feira, os dados oficiais do Payroll (que inclui setor público e privado) de setembro.

O economista-chefe e sócio da Modalmais, Alvaro Bandeira, lembra que muitos indicadores de conjuntura anunciados nos EUA na semana passada mexeram com os mercados, mas o principal evento foi a reunião do Fomc (Comitê de Mercado Aberto do Fed, Banco Central americano), com a decisão de elevar os juros básicos pela terceira vez no ano. As taxas subiram para patamar entre 2,0% e 2,25% ao ano, indicando que a economia está forte. A previsão de crescimento do PIB em 2018 subiu para 3,1% (ante 2,8%) e para 2,5% em 2019. A taxa de desemprego estimada para o ano ficou em 3,7%, e em 2019 cai para 3,5%.

Juros americanos devem ter mais uma alta no ano

Em entrevista coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a inflação está baixa e estável e a política fiscal de Donald Trump, de redução de impostos, impulsionando a economia, fazendo prever gradualismo de subida dos juros.  A projeção é de mais uma alta no ano e outras três em 2019. “Depois da fala de Powell, os mercados reagiram em queda, tanto nas bolsas como câmbio e juros”, assinala Bandeira. “Em termos de indicadores, a terceira leitura do PIB americano do segundo trimestre trouxe expansão de 4,3% e inflação medida pelo PCE (deflator de gastos com consumo) em 2,0% e núcleo em 2,1%.”

Guerra comercial  EUA X China avança

Analisando o cenário global ao longo do mês, a equipe do Banco Fator destaca que a guerra comercial entre os EUA e a China andou mais alguns passos. Em 14 de setembro, Trump oficializou a implementação de tarifas sobre as importações de produtos chineses equivalentes a US$ 200 bilhões por ano. A China,  por sua vez, anunciou que iria retaliar, sem informar valores, e registrou queixa na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a medida americana.

Até a última semana de setembro, o dólar perdia força em relação às demais moedas fortes, mas a alta da taxa básica de juros americana puxou a moeda no final do mês. A bolsa de Nova York, com o anúncio de Trump sobre a guerra comercial contra a China e o forte resultado do PIB no segundo trimestre, reverteu a tendência de baixa, mas encerrou o mês de lado.

Brexit ainda sem solução e libra cai

Na Europa, lembram os analistas do banco em seu relatório, o Brexit continua sem solução. Representantes dos membros da União Europeia negaram os termos da proposta de Theresa May para organizar a saída do Reino Unido do bloco, enquanto a primeira ministra reclamou que não houve explicação por parte dos ex-parceiros, nem contraoferta, e ameaçou que o Brexit pode ocorrer sem ajustes. Nesse cenário, a libra seguiu caindo diante dos prejuízos econômicos que o Brexit trará para os britânicos.

Crise na Argentina é destaque entre emergentes

Entre os países emergentes, a crise na Argentina continuou em destaque ao longo do mês, enfatiza relatório do Fator. Nos últimos 30 dias, o peso argentino depreciou 23,8% frente ao dólar; Na sexta-feira, o Banco Central da Argentina subiu novamente os juros, de 60% para 65% ao ano. O quadro mostra ainda recessão na África do Sul, alta nos juros na Turquia e apreensões com as eleições no Brasil. Apesar das tensões domésticas, o dólar mais fraco diante das demais moedas fortes e a alta das commodities possibilitaram a recuperação de algumas moedas emergentes e queda dos riscos.

No Brasil, ressalta a equipe Fator, aproveitou-se a janela para os emergentes e o real ficou em terceiro entre as maiores apreciações cambiais de moedas semelhantes do mês, com alta de 2,49% sobre o dólar. “As notícias políticas pesaram menos do que o cenário externo”, afirma o relatório, avaliando que a alta de Haddad já estava prevista. O otimismo com Bolsonaro estabilizou. Os juros caíram e a bolsa fechou o mês em alta, aproveitando a alta do petróleo.

Política monetária no Brasil: fim era dos juros baixos

Ainda na avaliação do Fator, após manter a taxa Selic (juro básico da economia) em 6,5% ao ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) mostrou em ata que a época de “juros baixos” está acabando. Em resumo, a taxa de juros real estaria em terreno estimulativo, mas as expectativas de inflação estão mais perto de desviar das metas para cima do que para baixo.

Também analisando a ata do Copom, Bandeira destaca que os sinais são de que a economia brasileira se recupera aquém do esperado, com incertezas que rondam tanto no ambiente interno como externo, trazendo assimetrias. “A leitura foi que o Copom está pronto para iniciar a elevação dos juros, possivelmente começando já em outubro, caso as respostas da economia sejam negativas.” O problema, acredita o economista,  estaria no fato de a reunião estar marcada para três dias depois das eleições.

Produção industrial deve apontar aceleração

Para o resultado da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), o Banco Fator estima que  após contração de 0,2% na margem (variação mensal) em julho, a expectativa é de alta de 0,8% em agosto. “No desempenho anual, esperamos aceleração para 4,70%”. A Rosenberg Associados avalia que recuperação gradual da indústria continuou ocorrendo no período.

IPCA em alta, com com pressões em Transportes e Alimentação

O índice de inflação usado pelo Banco Central em suas metas, o IPCA de setembro, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), terá, segundo o Fator, sua taxa mensal voltando ao positivo, com alta de 0,37%, e  a inflação em 12 meses acelerando de 4,19% para 4,41%.

A Rosenberg projeta para o IPCA de setembro variação de 0,48%, indicando aceleração  em relação ao mês anterior, quando foi de -0,09%. “Além disso, o índice deve voltar a subir na comparação em 12 meses, passando de 4,19% para 4,53% – primeira vez que o índice orbita acima da meta do Banco Central desde março de 2017”.

De volta à comparação mensal, o destaque vai para reversão da deflação do grupo de Transportes, puxado pela aceleração do subgrupo de combustíveis e o item passagem aérea. O grupo Alimentação e Bebidas também deve acelerar em setembro, diz a consultoria, puxado pela reversão da deflação de boa parte dos itens in natura. Na contramão, Habitação deve ter menor variação no subgrupo de combustíveis e energia.

Balança: previsão de crescimento moderado das exportações

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) dará já na abertura da semana o resultado da balança comercial de setembro. Para a Rosenberg, as exportações continuam crescendo, ainda que mais moderadamente, beneficiadas em parte pelos preços internacionais. Por outro lado, as importações crescem menos, tanto pelo maior gradualismo da recuperação da atividade quanto pela depreciação do câmbio. “Estimamos um superávit de 5,70 bilhões”, afirma o Fator.

Volta de investidor estrangeiro pode tracionar Ibovespa

Em relação aos mercados de risco, Bandeira, da Modal, segue com entendimento de que o “bull Market” (mercado de alta) americano veio para ficar por longo tempo, não sem alguns sustos pelo meio do caminho. “Nossa visão é que as encrencas maiores que o mundo atravessa serão razoavelmente sanadas, notadamente no que tange às disputas comerciais entre os EUA e a China”, analisa, acrescentando que a eleição americana para o Congresso pode ser determinante de clima mais ameno, pelo menos no que tange a Donald Trump.

No Brasil, destaca que os investidores estrangeiros voltaram a se posicionar nos mercados, o mesmo acontecendo com boa parte dos gestores de recursos. “Basta ver o fluxo canalizado recentemente para a Bovespa e redução de posições compradas em câmbio”, completa. Até dia 26, o saldo de estrangeiros na Bovespa estava positivo em R$ 2,046 bilhões, reduzindo o déficit no ano para R$ 942 milhões, segundo dados da B3.

Análise técnica mira patamar acima dos 80.600 pontos

Pela análise técnica, diz Bandeira, seria oportuno que o Ibovespa conseguisse ultrapassar inicialmente a faixa de 80.600 pontos, para almejar, em seguida, o objetivo em 81.800 pontos, quando o mercado teria tração para movimentos ainda mais agressivos. “Mas, para que isso aconteça, será preciso a continuidade do fluxo de recursos”, conclui.

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