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Especialista conta como lidar com as dívidas de fim de ano

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A Serasa Consumidor realiza a 22ª edição do Feirão Limpa Nome até dia primeiro de dezembro, oportunidade para quem está inadimplente quitar as despesas com abatimentos superiores a 90%. Na edição de 2017, mais de um milhão de pessoas renegociaram dívidas.

O feirão foi criado como ferramenta para liberar crédito aos consumidores endividados para as compras de final de ano, que já começa com a “Black Friday”, e movimentar o caixa das empresas. Porém, a especialista em desenvolvimento humano Rebeca Toyama, alerta para a as armadilhas que essa época pode gerar.

“Muitas vezes, os abatimentos e o desespero para resolver a dívida chamam a atenção dos clientes, mas nem sempre a negociação é uma boa ideia. Em algumas ocasiões, quando a conta é parcelada muitas vezes, mesmo com juros mais baixos, é possível que o valor final ultrapasse o original. Por isso, é importante manter-se atento antes de tomar uma atitude por impulso”, pontua Rebeca.

Além disso, a negociação pode dar uma falsa ilusão de dinheiro na conta, da mesma forma que o cartão de crédito, gerando uma bola de neve. A especialista explica que a ferramenta conta com benefícios como o décimo terceiro salário e faz parte de um ciclo de indisciplina  financeira do brasileiro.

“O consumidor negocia as dívidas e, logo em seguida, cria outras para serem resolvidas da mesma forma no ano seguinte. A tendência do brasileiro não é se planejar para o futuro, e sim gastar para depois descobrir como vai pagar. Por isso, o número de endividados só cresce no país, alcançando 62,89 milhões de pessoas com CPF restrito, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)”, afirma a especialista.

Até o final de 2018, espera-se que o 13º salário vá injetar R$ 211,2 bilhões na economia brasileira, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse recurso, que foi criado para ajudar os trabalhadores nas festas natalinas e despesas de virada de ano, se tornou mais uma peça no ciclo vicioso de criação e pagamento de dívidas.

“Como a ansiedade é um dos principais fatores para a inadimplência, segundo pesquisa do CNDL/SPC Brasil, o final do ano é ainda mais perigoso para quem foge dos problemas por meio das compras. Por isso, o ideal é não criar dívidas posteriores com ajuda de planejamento financeiro e controle de gastos” salienta Rebeca.

No entanto, para Toyama, o problema vai além de não organizar as prioridades e contas, e chega ao comportamento de cada um. De acordo com ela, o consumidor precisa parar de culpar os juros, o desemprego e a crise, e assumir a responsabilidade das próprias contas.

“É comprovado por pesquisas que uma pessoa não toma decisões de forma racional, com a cabeça, e sim com o domínio das emoções, com o coração. Nas decisões financeiras, não é diferente. Não podemos contar apenas com o lado racional na hora de fazer uma planilha de gastos, por exemplo, pois todos possuem tentações emocionais. Ter consciência tanto dos mimos quanto dos imprevistos, é o primeiro passo”, ressalta a especialista.

Por isso, Rebeca fez uma lista de cinco dicas de como usar o décimo terceiro e conter os gastos para evitar futuras dívidas:

– Lembre-se que a expectativa de vida tem aumentado, vamos colher no futuro o que plantarmos agora

– Não tente sanar pendências emocionais com presentes, presença com qualidade costuma ser a melhor solução e não tem preço

– Antes de comprar algo, se pergunte se realmente precisa desse item e caso a resposta for sim, espere uma boa noite de sono para repetir a pergunta

– Cuidado com sua impulsividade, as lojas estão preparadas para te convencer que essa é a melhor oportunidade para comprar

– Acredite que para as pessoas que realmente te amam, você em paz e sem dívida tem muito mais valor do que qualquer bem material

Sobre Rebeca Toyama

Rebeca Toyama é palestrante e formadora de líderes, coaches e mentores. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo, sócia-coordenadora da Academia de Planejamento Financeiro da GFAI, coordenadora do Programa de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de Profissionais Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).

Colunista do Programa Desperta na Rádio Transamérica e do blog Positive-se, colaboradora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação.

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