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Na dúvida sobre acordo China-EUA, S&P 500 cai 3%; Trump diz que é o “homem-tarifa”

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Durou um dia a festa dos investidores com o acordo entre a China e os Estados Unidos para suspender a guerra comercial que ameaça o crescimento mundial. Hoje, especialistas começaram a questionar se a China se curvou realmente à pressão do presidente Donald Trump ou apenas ganhou tempo, adiando por 90 dias o aumento das tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em produtos exportados para os EUA. Primeiro, foi a dúvida sobre quando o prazo de 90 dias começaria a contar, janeiro ou dezembro. A Casa Branca fechou a questão afirmando que o prazo começou em 1º de dezembro. Depois, confirmou que não há garantias sobre as medidas chinesas.

O “Homem-Tarifa”

A dúvida sobre se Xi Jinping cumprirá realmente as promessas de aumentar as importações de produtos americanos para reduzir o superávit com os EUA fez o presidente americano voltar ao Twitter prometendo retomar as sanções, adotando até nome de super-herói. “Eu sou o homem-tarifa”, escreveu, afirmando que adotará sanções contra qualquer país que tentar “abusar” dos Estados Unidos. A bazófia do presidente americano chamou a atenção dos críticos, que lembraram nas redes sociais que quem acaba pagando pelo aumento das tarifas é o próprio consumidor americano.

Juros indicam desaquecimento da economia

Junto com a volta da incerteza sobre a guerra comercial, o mercado voltou a temer um desaquecimento maior da economia dos Estados Unidos nos próximos anos. O motivo foi a taxa de juros. As taxas mais curtas de juros, de 2 anos, do Tesouro dos EUA, com 2,81% ao ano, e as de três anos, com 2,82% ao ano, superaram as de 5 anos, com 2,79% ao ano, pela primeira vez desde 2008, indicando que a economia americana caminha para um desaquecimento maior. A diferença entre o juro de dois anos e o de 10 anos, de 2,91% ao ano, em queda de 0,06 ponto percentual, é um dos menores também em 11 anos.

As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, de que a taxa de juros americana já está perto do seu nível “neutro”, ou seja, que não afeta nem o crescimento, nem a inflação, também foram vistos como sinais de que a economia pode crescer menos no médio prazo.

S&P 500 em queda de 3% e Nasdaq  de 3,6%

A combinação desses indicadores fez o preço das ações cair e aumentou a procura pelos papéis do Tesouro americano, acentuando a queda dos papéis de 10 anos. O Índice Dow Jones estava em baixa de 2,80%, o Standard & Poor’s 500, de 3% e o Nasdaq, de 3,6%.

Ibovespa em baixa de 1,3%

No Brasil, o Índice Bovespa chegou a superar os 90 mil pontos novamente, mas passou a cair e fechou em baixa de 1,33% aos 88.628 pontos. Praticamente todos os papéis de maior peso estavam em queda perto do fechamento. Petrobras PN estava em queda de 2,04%, Vale ON, de 2,37%, Itaú Unibanco, 0,82% e Bradesco PN, 1,06%.

A maior queda do índice foi de CCR ON, com 4,65% de baixa. CVC Brasil ON perdeu 4,40%, Suzano Papel ON, 4,28%, Gol PN, 3,79% e Usiminas PNA, 3,58%.

As maiores altas do dia foram de Taesa Unit, 1,69%, Magazine Luíza ON, 1,31%, Raiadrogasil ON, 0,98%, Weg ON, 0,72% e Tim Participações ON, 0,67%.

O volume negociado foi expressivo, com R$ 15,036 bilhões negociados, acima da média do ano, de R$ 12,1 bilhões por dia.

Articulação difícil no Congresso

Pesaram no mercado também as incertezas com relação ao andamento das reformas no Brasil. Representantes do governo eleito de Jair Bolsonaro afirmaram que a reforma da Previdência deve recomeçar com um novo projeto, o que pode adiar sua conclusão. Há também o receio de que o novo governo adie a questão, em meio a polêmicas sobre a definição dos presidentes da Câmara e do Senado e dificuldades em articular uma base nas duas casas. Ataques de filhos de Bolsonaro ao Congresso preocupam os investidores.

Dólar sobe 0,44% e puxa juros

No mercado de dólar, a moeda americana subiu 0,44%, para R$ 3,86, em meio à preocupação no exterior. O dólar turismo, das viagens e cartões, subiu 0,25%, para R$ 4,01 para venda.

No mercado futuro de juros, as taxas projetadas subiram, especialmente as mais longas. O contrato para janeiro de 2020, que dá a projeção para o ano que vem, subiu de 6,94% para 6,98%. Para 2025, a taxa subiu de 9,58% para 9,72% ao ano.

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