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Inflação oficial, IPCA sobe 0,15% em dezembro, melhor resultado desde 1994, e fecha 2018 em 3,75%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), usado pelo Banco Central (BC) em suas metas de inflação, subiu 0,15% em dezembro, bem perto da estimativa do mercado, que trabalhava com 0,16% de alta. Foi a menor inflação para dezembro desde o início do Plano Real, em 1994, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro, o IPCA havia caído 0,21% e, em dezembro do ano passado, havia subido 0,44%.

Com esse resultado, o IPCA fechou 2018 com alta de 3,75%, 0,8 ponto percentual acima da inflação registrada em 2017, de 2,95%, mas bem abaixo da meta de inflação do BC, de 4,5%.

Correção das NTN-B

O índice é usado também na correção das Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), ou Tesouro IPCA, vendidas no Tesouro Direto, e em alguns contratos de aluguel.

Alimentação puxa para cima a inflação de dezembro

A alta do IPCA após a deflação de novembro ocorreu sob influência, principalmente, do grupo Alimentação e bebidas (0,44%) que, com 0,11 p.p. de impacto, foi responsável por quase 3/4 do índice de dezembro, destaca o IBGE. Já os grupos Transportes (-0,54%) e Habitação (-0,15%) vieram com deflação, contribuindo com -0,12 p.p. no IPCA do mês, conforme mostra a tabela abaixo.

IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Novembro Dezembro Novembro Dezembro
Índice Geral -0,21 0,15 -0,21 0,15
Alimentação e Bebidas 0,39 0,44 0,10 0,11
Habitação -0,71 -0,15 -0,11 -0,02
Artigos de Residência 0,48 0,57 0,02 0,02
Vestuário -0,43 1,14 -0,03 0,06
Transportes -0,74 -0,54 -0,14 -0,10
Saúde e Cuidados Pessoais -0,71 0,32 -0,09 0,04
Despesas Pessoais 0,36 0,29 0,04 0,03
Educação 0,04 0,21 0,00 0,01
Comunicação -0,07 0,01 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Cebola, batata, feijão carioca, frutas e carnes puxam preços

O grupo dos alimentos teve aumento nos preços de novembro (0,39%) para dezembro (0,44%), provocando o maior impacto no índice. As maiores pressões vieram dos alimentos para consumo em casa (de 0,34% em novembro para 0,50% em dezembro). Apesar de alguns produtos passarem a custar menos em dezembro, como por exemplo o leite longa vida (-7,73%), o pão francês (-1,31%) e o arroz (-1,19%), outros produtos, também importantes, exerceram pressão contrária, como a cebola (24,03%), a batata-inglesa (20,05%), o feijão-carioca (12,98%), as frutas (3,11%) e as carnes (2,04%). Já a alimentação fora de casa desacelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,33%).

Passagem aérea sobe 29%, mas combustíveis caem 4%

Os maiores impactos individuais no IPCA de dezembro, tanto positiva quanto negativamente, foram registrados no grupo dos Transportes (-0,54% e -0,10 p.p.). São eles: passagem aérea, com alta de 29,12% (0,12 p.p.), e os combustíveis, cujos preços ficaram, em média, 4,25% mais baratos e contribuíram com -0,25 p.p.

Os principais responsáveis pela queda do grupo dos Transportes (-0,54%) foram os combustíveis (-4,25%), em especial a gasolina (-4,80%), acompanhada pelo óleo diesel (-3,45%) e o etanol (-2,70%).

Reajuste do ônibus

O ônibus urbano (0,13%) incorpora o reajuste nas tarifas em Aracaju (9,43%) de 14,00%, a partir de 09 de dezembro, e de 6,76% em Campo Grande (5,95%), desde 03 de dezembro. No ônibus intermunicipal (0,77%), estão contemplados os reajustes nas tarifas em Aracaju (10,71%) de 14,00%, a partir de 09 de dezembro, e de 9,45% em Porto Alegre (5,98%), desde 1º de dezembro.

Conta de luz pesa mais

No grupo Habitação, a queda de 0,15%, menos intensa que a registrada em novembro (-0,71%), teve forte influência do item energia elétrica (-1,96% e -0,08 p.p.) e refletiu a mudança na bandeira tarifária, que passou de amarela, em novembro, com a cobrança adicional de R$ 0,01 para cada kwh consumido, para verde, em dezembro, sem cobrança. As áreas apresentaram variação entre os -8,17% da região metropolitana de Fortaleza e o 6,71% de Rio Branco. Nesta última, o reajuste de 21,29%, em vigor a partir de 13 de dezembro de 2018, foi suspenso em 03 de janeiro de 2019 por determinação judicial.

Ainda no grupo Habitação (-0,15%), o item taxa de água e esgoto (0,71%) retrata o reajuste de 6,04% das tarifas, no Rio de Janeiro (5,65%), em vigor desde 1º de dezembro, e de 8,60%, em Porto Alegre (1,85%), a partir de 16 de dezembro.

Vestuário, planos de saúde, empregada e eletrodomésticos em alta

No grupo Vestuário (1,14%), os destaques ficam com os itens roupa feminina (2,34%), roupa masculina (1,57%) e roupa infantil (0,91%).

Considerando os demais grupos, destacam-se, no lado das altas, os seguintes itens: plano de saúde (0,80%), empregado doméstico (0,34%) e eletrodomésticos (0,92%).

Aracaju lidera inflação e Curitiba tem deflação

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Aracaju (0,67%), reflexo do reajuste de 14,00% na tarifa dos ônibus urbanos (9,43%), em vigor desde 09 de dezembro e do item passagem aérea (32,15%). A região metropolitana de Curitiba (-0,17%) apresentou o índice mais baixo em função das quedas de 6,40% na gasolina e de 2,72% na energia elétrica.

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