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Ação do Magazine Luiza é uma das poucas quedas do Ibovespa no ano: fim da era de ouro ou oportunidade de compra?

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Por InfoMoney – Desde a virada do ano até a última terça-feira (12), a ação do Magazine Luiza (BOV:MGLU3acumula queda de 8,69%. É uma das poucas baixas entre os papéis que fazem parte do Ibovespa, que já subiu 9,42% em 2019.

No dia 21 de fevereiro, o Magazine vai divulgar seus resultados de 2018. Será uma data para o mercado avaliar a resiliência de uma empresa que, até então, vinha surpreendendo positivamente.

A partir de 2015, a companhia passou por uma transformação notável. Com um modelo próprio de integração entre as lojas físicas e o comércio eletrônico, deixou de ser uma varejista tradicional para se tornar um case de sucesso do mercado digital brasileiro. Como reflexo disso, as ações valorizaram quase 18.000% entre 2015 e o fim de 2018.

Mas será que o Magazine Luiza finalmente bateu no teto? Ou vai alçar voos ainda mais altos com a aguardada recuperação da economia?

Especialistas se dividem quanto ao potencial de uma ação negociada a quase 57 vezes o seu lucro (P/L), enquanto a média do Ibovespa está próxima de 17. Mas têm opinião praticamente unânime para o próximo balanço: mais uma vez, a empresa deve trazer bons números. 

Betina Roxo, analista da XP Research, destaca que a varejista já adiantou alguns dados positivos nos últimos meses do ano. Na Black Friday, por exemplo, divulgou um volume de vendas correspondente a 15 dias comuns, no Natal, dados do comércio brasileiro apontaram números sólidos.

A equipe de analistas da XP espera crescimento de 14,1% em vendas nas mesmas lojas (SS) e de 55% nas vendas online ano a ano. Ainda assim, tem recomendação neutra para a ação. “As ações [em preço] já refletem os investimentos da empresa em tecnologia, as inovações apresentadas, isso tudo”, diz Betina. “Acho que essa queda já era esperada pelo mercado, tanto que muitas casas de análise baixaram recomendação de compra para neutro”.

A ação do Magazine Luiza caiu logo após o anuncio da Amazon — como aconteceu outras vezes no passado, quando a varejista americana divulgou planos de expansão para o Brasil. Em 2017, por exemplo, os rumores sobre o início das vendas de eletrônicos pela Amazon derrubaram as ações do Magazine. Mas os papéis se recuperaram e fecharam o ano com alta de 510,5%.

Na opinião de Thiago Salomão, da Rico Investimentos, todos os acontecidos citados anteriormente podem caracterizar a queda atual como um bom momento para comprar a ação.

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