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PIBinho: Brasil cresce 1,1% em 2018 e economia patina pelo 4º ano seguido; 2019 também pode ser fraco

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A economia brasileira encerrou 2018 com um crescimento de 1,1% frente a 2017, após alta de 1,1% em 2017, e retrações de 3,5% em 2015, e 3,3% em 2016. Foi portanto o quarto ano seguido em que a economia do país patinou. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas pelo país) foram divulgadas hoje pelo IBGE. O crescimento foi puxado por Serviços, com 1,3% de alta. A Indústria cresceu 0,6% e a Agropecuária, 0,1%. O PIB nominal totalizou R$ 6,8 trilhões em 2018.

PERÍODO DE COMPARAÇÃO INDICADORES
PIB AGROPEC INDUS SERV FBCF CONS. FAM CONS. GOV
Trimestre / trimestre imediatamente anterior (c/ ajuste sazonal) 0,1 0,2 -0,3 0,2 -2,5 0,4 -0,3
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior (s/ ajuste sazonal) 1,1 2,4 -0,5 1,1 3,0 1,5 -0,7
Acumulado em 4trimestres / mesmo período do ano anterior (s/ ajuste sazonal) 1,1 0,1 0,6 1,3 4,1 1,9 0,0
Valores correntes no trimestre (R$) R$ 1,8 trilhão R$ 48,9 bilhões R$ 337,3 bilhões R$ 1,1 trilhão R$ 283,4 bilhões R$ 1,2 trilhão R$ 382,0 bilhões
Valores correntes no ano (R$) R$ 6,8 trilhões R$ 297,8 bilhões R$ 1,3 trilhão R$ 4,3 trilhões R$ 1,1 trilhões R$ 4,4 trilhões R$ 1,3 trilhões
TAXA DE INVESTIMENTO (FBCF/PIB) no ano 2018 = 15,8%
TAXA DE POUPANÇA (POUP/PIB) no ano 2018 = 14,5%

O PIB per capita, dividido pela população, variou 0,3% em termos reais, alcançando R$ 32.747 em 2018.

Já a taxa de investimento, que mostra quanto as empresas investiram para ampliar sua produção ou manter sua atividade, em 2018 foi de 15,8% do PIB, acima do observado em 2017 (15,0%). Já a taxa de poupança foi de 14,5% (ante 14,3% em 2017). Ambos os indicadores são referências para o crescimento futuro do país, que precisa de poupança para financiar os investimentos e só pode crescer com mais investimentos e produção.

Entre os componentes da demanda interna, houve avanço do Consumo das Famílias (1,9%) e da FBCF (4,1%), resultado positivo após uma sequência de 4 anos negativos. O Consumo do Governo se manteve estável (0,0%).

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 4,1%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 8,5%.

No trimestre, crescimento de 0,1% sobre o 3º tri 

No quarto trimestre, na série com ajuste sazonal, o PIB teve alta de 0,1% em relação ao trimestre anterior. Foi o oitavo resultado positivo consecutivo nesta comparação. A Agropecuária e os Serviços apresentaram variação positiva de 0,2%, enquanto a Indústria recuou (-0,3%).

Em relação ao 4º trimestre de 2017, o PIB cresceu 1,1% no último trimestre de 2018, o oitavo resultado positivo consecutivo, após 11 trimestres de queda.  Agropecuária (2,4%) e Serviços (1,1%) cresceram, enquanto a Indústria caiu (-0,5%).

Segundo o Departamento Econômico do Bradesco, o fraco resultado de 2018 deixa o produto ainda distante do patamar verificado em 2014, antes do início da recessão. O banco lembra que esses dados mais tímidos de atividade dão sequência às sucessivas frustrações do mercado com o ritmo de recuperação da economia, visto que após o fim do período de recessão, ocorrido no último trimestre de 2016, e com uma retomada modesta no ano de 2017 (crescimento de apenas 1,1%), a expectativa para 2018 era de uma expansão mais robusta.

Expectativas frustradas com caminhoneiros, eleições e Argentina

No início de 2018, a mediana das expectativas dos analistas do boletim Focus chegou a prever um crescimento de quase 3% para o PIB naquele ano. No entanto, em decorrência do mercado de trabalho em lenta recuperação, do evento da greve dos caminhoneiros em meados do ano, somados às incertezas no período eleitoral e crise na Argentina (nosso terceiro maior parceiro comercial), essa expectativa acabou sendo gradativamente reduzida até fechar o ano na casa de 1,3%.

Segundo o Bradesco, as pesquisas mensais do IBGE apresentaram dados menos animadores nos últimos meses de 2018. A Pesquisa Mensal de Serviços apontou, em dezembro, uma ligeira queda de 0,2% no volume de serviços prestados, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No ano de 2018, a queda nesse indicador foi de 0,1%. E o setor de Serviços responde por quase 70% do PIB. Em linha com o fraco desempenho apresentado na PMS, o PIB de serviços apresentou crescimento de apenas 0,2% no quarto trimestre de 2018 ante o trimestre imediatamente anterior, porém encerrou o ano com alta de 1,3% puxando para cima o PIB ante os demais setores que apresentaram elevação mais tímida.

Expectativa de crescimento maior este ano

A dinâmica da atividade econômica no quarto trimestre continuou surpreendendo negativamente, como ocorre desde o início do segundo semestre de 2018, afirma o Credit Suisse. Alguns fatores, como o impacto negativo de condições financeiras mais apertadas devido às incertezas quanto à eleição presidencial e a forte contração das exportações para a Argentina ajudaram a explicar a continuidade de um cenário de recuperação gradual da economia real.

Segundo o CS, o resultado abaixo do esperado no quarto trimestre aumenta a probabilidade de crescimento do PIB menor que a projeção atual do banco, de 3,0%, para 2019, principalmente em função do menor efeito estatístico do ano corrente. “Continuamos acreditando que a atividade econômica deve acelerar nos próximos trimestres, como resultado do impacto da melhoria nas condições de empréstimos bancários sobre a dinâmica do consumo das famílias e dos investimentos”, diz o CS em relatório.

Já para o Itaú Unibanco, a retomada do crescimento iniciada em 2017 continua tímida, considerando as fortes quedas de 2015 e 2016, de 3,5% e 3,3%. O banco trabalha com um crescimento do PIB neste ano de 2%, ainda modesto, e de 2,7% em 2020, e assumindo ainda progressos nas reformas, em especial a da Previdência. O Itaú destaca que os indicadores iniciais do primeiro trimestre colocam mais fatores negativos nas projeções.

O PIB foi puxado para baixo pela queda de 2,5% na margem dos Investimentos, diz André Guilherme Perfeito, economista-chefe da corretora Necton Investimentos. Segundo ele, vale notar que no 3º trimestre havia tido uma alta significativa do Investimento por conta de alterações contábeis do Repetro e de queda 0,26% no Gasto do Governo. Para 2019, o economista manteve a projeção de crescimento do PIB em apenas 2,1%.

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