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BC reduz projeção do PIB este ano para 0,8% no Relatório de Inflação; mercado vê espaço para corte dos juros

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O Banco Central (BC) divulgou hoje o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho com uma análise do cenário econômico que, segundo economistas, abre espaço para novos cortes nos juros, hoje de 6,5% ao ano. Hoje também o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve definir a meta de inflação para 2022.

No relatório, o destaque é a revisão do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas pelo país) de 2% no relatório anterior para 0,8% neste. A revisão está associada à redução do peso estatístico para o restante do ano, refletindo o desempenho da economia no primeiro trimestre de 2019 em magnitude inferior ao esperado; à moderação no ritmo de atividade, apontada por indicadores de maior frequência divulgados até a data de corte deste Relatório; e ao recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores com impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento, segundo o BC.

O relatório de inflação de junho de 2019 mostra projeções de inflação consistentes com novos cortes de juros em 2019, embora não corroborem a visão de manutenção dos juros em novo patamar recorde de baixa nos anos subsequentes, afirma o Departamento Econômico do banco Itaú.

As projeções que consideram a taxa Selic com a trajetória da pesquisa Focus (que embute cortes em 2019 e aumentos em 2020 e 2021) mostram inflação ligeiramente abaixo da meta em 2020 e ligeiramente acima da meta em 2021. “Entendemos que as projeções corroboram nossa expectativa de que o Copom reiniciará o ciclo de flexibilização monetária com um corte de 0,25 ponto percentual na reunião dos dias 30 e 31 de julho, desde que até lá haja progresso concreto na agenda de reformas”, afirma o Itaú. O banco estima taxa de 5% ao ano para a Selic no fim deste ano.

Já o Bradesco avalia que o Relatório reforçou a comunicação recente do Banco Central, reafirmando a leitura de que os núcleos de inflação estão em níveis apropriados e de que o desempenho da atividade econômica vem frustrando as expectativas. Em linha com sua comunicação recente, o comitê enfatizou a importância da continuidade das reformas para uma redução da taxa de juros.

As projeções de inflação apontadas no documento indicam um quadro benigno no médio prazo – os modelos apresentados indicam inflação abaixo do centro da meta neste e no próximo ano. Não houve alterações nas estimativas contidas na ata: o cenário com taxas de juros e câmbio constantes indica uma variação em torno de 3,6% do IPCA neste ano e de 3,7% no próximo, enquanto o cenário com câmbio e juros do mercado sugere altas de 3,6% e 3,9%, respectivamente, nos dois períodos. Em todos os cenários considerados, as projeções para o IPCA estão abaixo ou no centro das metas de 4,25% em 2019 e de 4,0% em 2020.

O comitê, mais uma vez, reconheceu o desempenho mais fraco da atividade doméstica – sua projeção para o PIB deste ano foi atualizada para 0,8%. “Em suma, acreditamos que há espaço para corte de juros nas próximas reuniões, à medida que haja avanço na agenda de reformas e que as condições de contorno da atividade e inflação permitam.”, diz o Bradesco.  “Mantivemos,  portanto, nossa expectativa de redução da Selic neste ano, para 5,75%.”

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