Desenvolvimento de ferramenta para negociação de contratos de energia elétrica
A bolsa recebeu, na semana passada, o aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para supervisionar, monitorar e pré-registrar contratos de energia elétrica. De acordo com Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão, Commodities e Novos Negócios da B3, a ideia de ingressar nesse segmento veio a partir de conversas com agentes do mercado livre de energia, que vêm pontuando a necessidade de mais transparência nas negociações, principalmente após a quebra de algumas comercializadoras de energia no início do ano passado.
A ferramenta de pré-registro de contratos de energia elétrica está sendo desenvolvida junto a grandes “players”, não revelados. A B3 também diz estar aberta a contribuições de outros agentes importantes do setor, como a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Os pré-registros de contratos não são obrigatórios, de modo que o sucesso dessa empreitada vai depender da adesão do mercado. Zenaro diz confiar que a ferramenta atrairá interesse, já que tende a aprimorar a gestão de riscos e também poderá permitir mais liquidez ao mercado.
Se o mercado demonstrar interesse, o pré-registro pode ser o primeiro de uma série de outros serviços voltados ao setor de energia, como gestão de garantia e eventualmente contratos futuros. “Mas essa é uma estrada um pouco mais comprida”, ressalta.
Em 2020, a ação da B3 está caindo 5,44% e o BTG Pactual manteve a recomendação de compra dos papéis da B3, com preço-alvo de R$ 48 – um upside de19,40% sobre a cotação do fechamento do dia 15 de abril.
A B3 também informou que mesmo com a derrocada dos mercados acionários em março – quando o Ibovespa perdeu 29,90%, no pior desempenho mensal em 22 anos – a B3 conquistou 298.871 novos investidores no período, chegando a um total de 2,272 milhões. Os dados constam dos destaques operacionais da bolsa no mês de março.