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Cielo (CIEL3) 1T20: Lucro líquido de R$ 166,8 milhões; Queda de 69,4%

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A Cielo (BOV:CIEL3) registrou um lucro líquido de R$ 166,8 milhões no primeiro trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a uma queda de 69,4% do que o apurado no 1T19.
A maior empresa de pagamentos eletrônicos do país teve receita operacional líquida no 1T20 de R$ 2,830 bilhões, uma alta de 2% em comparação ao mesmo período em 2019 e queda de 4,9% em relação ao 4T19.
“A redução do volume transacionado, e consequentemente da receita, ocorreu devido à sazonalidade do negócio de adquirência da Cielo, da gestão de cartões da Cateno, assim como pelos primeiros efeitos da pandemia”, destacou a empresa
Por sua vez as despesas financeiras aumentaram de 41,5%, alcançando R$ 128,3 milhões no primeiro trimestre de 2020 em relação a 2019. Entretanto, a receita de aquisição de recebíveis líquida caiu 37,5%, chegando a cerca de R$ 188,9 milhões contra os R$ 302 milhões dos primeiros três meses de 2019.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) registrou uma queda de 30,7% em relação aos primeiros três meses de 2019, chegando a R$ 573,8 milhões.
No final de março, a base ativa de clientes da credenciadora somava 1,5 milhão — alta de 6,9% em um ano, mas queda de 6,6% em relação ao quarto trimestre do ano passado.
No setor dos cartões de crédito, o volume financeiro de transações totalizou R$ 159,771 bilhões nos primeiros três meses de 2020, registrando um crescimento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019. Além disso, a Cielo capturou 1,6 bilhão de transações no período, uma queda de 3,4% em relação ao mesmo período de 2019.

Efeito Coronavírus

 Há cerca de uma década já enfrentando pressão nas margens, na esteira de entrada de dezenas de concorrentes no mercado de pagamentos, a companhia controlada por Bradesco e Banco do Brasil afirmou ter sido afetada pela forte queda na atividade econômica em função da pandemia.
O volume médio de transações financeiras caiu 16% entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano, segundo a empresa, com os primeiros efeitos da pandemia de covid-19 nos negócios. O volume de transações capturadas pela credenciadora atingiu R$ 159,7 bilhões no primeiro trimestre, alta de 1,9% em um ano.
resultado financeiro totalizou R$ 55,8 milhões de janeiro até março, registrando uma queda de 76,8% em relação ao mesmo período de 2019, quando tinha sido alcançado um resultado financeiro de R$ 240,6 milhões.
“Como o desempenho operacional e financeiro da Cielo tem forte dependência do consumo nacional e consequentemente do volume de transações no mercado de cartões, a sociedade espera um impacto relevante em seus resultados de 2020, em particular a partir do 2º trimestre, a afetar as três principais linhas de receita (receita de comissão, de aluguel de terminais de pagamentos e de aquisição de recebíveis”, afirmou a empresa.

Teleconferência do 1T20

O presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, disse hoje que a companhia não deve continuar a subsidiar a compra de maquininhas pelos clientes como fazia anteriormente, portanto o ritmo de vendas não deve se manter como nos anos anteriores.

“Em 2019, vendemos 1,5 milhão de maquininhas, mas neste ano vamos vender bem menos. Não estamos dispostos a continuar subsidiando a venda de maquininhas”, disse o executivo.

De acordo com Caffarelli, o subsídio custava em média R$ 350 por aparelho, sendo que apenas seis eram ativados, em média, e a empresa busca meios para transacionar com esse público sem ter subsídio tão alto, assim como outros concorrentes.

A visão do mercado

Bradesco BBI

O Bradesco BBI comentou que os resultados da Cielo vieram em linha com as estimativas, mas abaixo do consenso do mercado, que talvez não receba bem os números da empresa de cartões de crédito e meios de pagamento. “O lucro líquido de R$ 167 milhões no 1º trimestre chegou em linha com nossa estimativa, mas bem abaixo do que projetava o mercado (R$ 232 milhões)”, comentou o BBI.

Como aspecto positivo, o BBI observa que a Cielo parece estar mirando em “clientes de melhor qualidade”, o que pode levar a resultados melhores nos próximos trimestres.

O BBI alerta que a crise do coronavírus, cujos resultados só começaram a impactar o setor no final de março, deverá mostrar efeitos mais negativos no 2º trimestre sobre todas as empresas do segmento, não apenas a Cielo. “É possível que as empresas mostrem prejuízo no 2º ou no 3º trimestre, essa é uma possibilidade”, avalia o BBI.

O banco manteve recomendação neutra para a Cielo mas cortou o preço-alvo da ação de R$ 5,50 para R$ 5,00 em 2020.

XP Investimentos

A XP destacou que a Cielo reportou fracos resultados para o primeiro trimestre de 2020.

“A queda reflete tanto o aumento na competição, quanto os efeitos já esperados de queda dos volumes neste primeiro trimestre devido à pandemia do coronavírus.

A XP mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 5,00 por ação”, avaliam os analistas.

UBS

O banco diz que o segmento de cartões apresente uma retração de 6% no volume de negócios neste ano, devido ao coronavírus e à elevada exposição da empresa a grandes varejistas. A dupla acrescenta que a competição nesse mercado deve voltar a crescer, após a reabertura do comércio.

O UBS mantém recomendação neutra com um preço-alvo de R$ 4,50.

Ágora Investimentos

A Ágora Investimentos corta expectativa de lucro líquido da Cielo em 21%, em 2020, e mais 25% em 2021.

A gestora incorporou o modelo de recuperação em “U” para a economia atingida pelo coronavírus. Isso significa uma queda acentuada do PIB neste ano, seguida de uma retomada lenta.

A Ágora O UBS mantém recomendação neutra mas reduz preço-alvo de R$ 5,50 para R$ 5,00.

Banco Safra

O Banco Safra enfatiza que a conjuntura só tende a piorar para a Cielo, diante do aumento da concorrência e do aprofundamento da recessão decorrente da Covid-19.

O Safra faz recomendação neutra com preço-alvo em R$ 7,70.

Desempenho do papel

Nas últimas 52 semanas o papel oscilou entre a mínima de R$ 3,98 e R$ 8,88 na máxima. Em 2020, a empresa desvalorizou 49,70%.
Desconsiderando amortizações, a empresa pagou R$ 0,2070 em dividendos no valor bruto dos proventos com DATA COM entre 29/04/2019 e 29/04/2020 com Dividend Yield de 5,09%.

+ Confira o calendário de divulgação de resultados do 1T20 das empresas listadas na Bolsa de Valores.

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