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Smiles: no 2T20 reverte lucro e apresenta prejuízo de R$ 400 mil

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A Smiles (BOV:SMLS3), empresa de programa de fidelidade da Gol, reportou no segundo trimestre um prejuízo líquido de R$ 400 mil, ante um lucro líquido de R$ 155,7 milhões no mesmo intervalo do ano passado. O resultado foi associado à crise causada no setor aéreo pela pandemia de covid-19, que levou as empresas aéreas a reduzir a oferta de voos. Os dados foram divulgados na noite desta terça-feira (28).

O faturamento bruto total da Smiles no segundo trimestre atingiu R$ 321,7 milhões, ante R$ 684,3 milhões no mesmo período do ano passado, representando uma queda de 53% na comparação anual. Desse total, a receita de resgates caiu 87,1%, para R$ 75,7 milhões. A queda deveu-se ao cancelamento de viagens (passagens aéreas, hotéis, aluguel de carros etc.), segundo a companhia. A receita de milhas não resgatadas e expiradas (“breakage”) caiu 37,7%, para R$ 36,4 milhões. A queda em breakage foi menor porque a empresa prorrogou o prazo de validade de suas milhas em 12 meses durante a pandemia. Outras receitas tiveram queda de 93,5%, para R$ 400 mil. A receita líquida encolheu 79,6%, para R$ 56,6 milhões.

O lucro bruto foi de R$ 28,5, em queda de 88,9% em relação ao mesmo intervalo de 2019. A margem direta de resgates chegou a 37%, ante 41,6% um ano antes. As despesas operacionais diminuíram 48,8% em relação ao segundo trimestre do ano passado, totalizando R$ 42,1 milhões.

A Smiles atingiu no segundo trimestre um prejuízo antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 6,2 milhões, ante um Ebitda positivo de R$ 180,4 milhões um ano antes.

O resultado financeiro líquido foi de R$ 21,3 milhões, com queda de 35,3% em relação ao ano anterior. A queda foi associada à variação da taxa de juros básica de 6,50% para 2,25% ao ano no período.

No segundo trimestre, a geração de caixa operacional aumentou 105,9% em comparação com o segundo trimestre de 2019, atingindo R$ 328,4 milhões. A conta caixa e equivalentes de caixa atingiu R$ 112,9 milhões no fim do trimestre, ante R$ 14,4 milhões um ano antes.

O número de clientes participantes do programa de fidelidade da Smiles cresceu 9%, chegando a 17,7 milhões.

Melhoras

A Smiles também informou nesta terça-feira, em fato relevante, que suas operações apresentaram melhora em julho, em relação aos meses anteriores. Nos primeiros 25 dias de julho, o volume de cadastros de novos clientes correspondeu a 60% do volume de cadastros feitos no mesmo mês de 2019. O número representa uma evolução em relação a junho deste ano, quando o ritmo de cadastro equivalia a 49% do registrado no mesmo mês do ano passado.

O faturamento de milhas vendidas para clientes atingiu em julho 56% do volume registrado um ano antes. Em junho deste ano, o faturamento era equivalente a 46% do nível de vendas de junho de 2019.

A receita de milhas resgatadas, em julho, atingiu 46% do total registrado em julho de 2019. Em junho, esse índice era bem menor, de 13%.

O pior já passou, diz presidente da Smiles sobre efeito da pandemia na empresa

A Smiles, empresa de programa de fidelidade da Gol, informou nesta quarta-feira que o segundo trimestre do ano foi “extremamente desafiador”, mas o pior já passou. A empresa viu uma recuperação nos seus resultados na comparação mês a mês. E, em julho, a recuperação foi mais intensa do que nos meses anteriores.

No segundo trimestre, a Smiles reportou um prejuízo líquido de R$ 400 mil, ante um lucro de R$ 155,7 milhões no mesmo intervalo de 2019. A receita líquida caiu 79,6%, para R$ 56,5 milhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 6,2 milhões, ante um Ebitda positivo de R$ 180,4 milhões um ano antes.

“A gente acredita que o pior já passou. A companhia fez bastante esforço para reduzir as despesas e melhorar a receita. Queremos voltar a resultados positivos nos próximos trimestres sem dúvida alguma”, afirmou André Fehlauer, presidente da Smiles, durante teleconferência para analistas.

O executivo ressaltou que no acumulado do ano a empresa tem um lucro de quase R$ 56 milhões e que houve melhora nos resultados na comparação mês a mês. Ele observou que o faturamento bruto aumentou 54,8% entre abril e junho de 2020. O acúmulo de milhas cresceu 89,5% de abril a junho. As transações de resgate de milhas cresceram 68,8% no mesmo intervalo e a emissão de bilhetes aéreos cresceu 95%.

Em julho, a companhia teve um faturamento total equivalente a 56% do total registrado em julho de 2019. Em junho, esse percentual foi de 46%. A receita de milhas resgatadas equivaleu em julho a 46% do total registrado um ano antes, ante um índice de 13% em junho. Os bilhetes emitidos em julho corresponderam a 57% do volume visto em julho de 2019. Em junho, o índice era de 22%.

“A recuperação em julho foi mais intensa, houve mais resgate de bilhetes aéreos. Existe uma demanda reprimida enorme de viagens”, observou Fehlauer. O executivo acrescentou que a Smiles apresentou um crescimento de 29,4% na receita diferida (valor acumulado em milhas a serem resgatadas) no segundo trimestre, chegando a R$ 2,14 bilhões. “Essa receita vai se concretizar à medida que houver recuperação da demanda no mercado”, afirmou Fehlauer.

Milhas vencidas

A Smiles informou também que espera uma normalização da sua receita de milhas vencidas (“breakage”) ao longo deste ano. No segundo trimestre, a companhia registrou queda de 37,7% na receita de breakage em relação ao mesmo intervalo de 2019, totalizando R$ 36,4 milhões. A queda foi menor do que a receita total, que no trimestre encolheu 82,7%, para R$ 112,5 milhões.

Esse desempenho foi explicado por um menor volume de acúmulos e resgates, e algumas iniciativas da empresa durante a pandemia, incluindo campanhas de bonificação de milhas com validade de 12 meses.

“O segundo trimestre foi bastante atípico. Adotamos políticas mais flexíveis para estender a validade das milhas para que o cliente pudesse aproveitar as milhas acumuladas mais tarde. Mas acreditamos que ao longo do ano essa receita vai se normalizar”, afirmou o presidente da Smiles.

Questionado por um investidor sobre a decisão da companhia de fazer um adiantamento de R$ 1,2 bilhão à Gol para aquisição antecipada de passagens aéreas, anunciada no começo do mês, Fehlauer disse que a operação oferece uma taxa de retorno de 8,3% ao ano para a Smiles e um ganho estimado de R$ 85 milhões em valor presente.

O executivo disse que o adiantamento já foi feito e a Smiles já se beneficiou em julho com maior oferta de passagens aéreas com descontos. O acordo com a Gol prevê um desconto de 11% sobre a tarifa padrão até o fim de 2020 e garantia de um inventário promocional substancial de bilhetes para a Smiles até junho de 2023.

“Meu principal ativo é oferecer passagens com preços interessantes para o cliente. O acordo com a Gol permite a venda de passagens a preços promocionais com margem para a Smiles. A recuperação da demanda em julho já representa um ganho com esse acordo”, afirmou Fehlauer.

O executivo disse que a maioria dos resgates são de passagens aéreas para voos nacionais da Gol. Em julho, a procura por passagens se divide em voos para os próximos 45 dias e outros para o fim do ano e janeiro de 2021. Em voos internacionais a demanda é ínfima.

Por Cibelle Bouças, Valor

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