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Itaú Unibanco (ITUB) 2T20: Lucro líquido recorrente de R$ 4,205 bilhões de lucro; Queda de 40,2%

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O custo do crédito pesou e levou o Itaú Unibanco, maior banco do país, a uma queda de 40,2% em seu lucro líquido recorrente, que somou R$ 4,205 bilhões entre os meses de abril e junho, mesmo reduzindo provisões no segundo trimestre. O banco reservou 7,77 bilhões de reais no período para cobrir possíveis perdas com empréstimos, alta de 92% ano a ano, mas diminuindo 23% em relação ao trimestre anterior.

Os resultados do Itaú Unibanco (BOV:ITUB3) (BOV:ITUB4) referente a suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 03/08/2020.

“Em meio ao cenário adverso da economia em face da pandemia de covid-19 notamos alguns sinais de melhora ao longo do segundo trimestre. Por esse motivo, nosso modelo de provisionamento, que é atualizado em função das condições macroeconômicas, gerou menores provisões nesse trimestre do que no trimestre anterior, quando teve início a crise”, afirmou o Itaú no relatório que acompanha as demonstrações financeiras.

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Assim como Santander e Bradesco, o Itaú não viu ainda um aumento da inadimplência, que vem sendo represada pelas prorrogações de parcelas de operações de crédito. O índice de inadimplência de 90 dias diminuiu 0,4 ponto percentual no trimestre, para 2,7%.

Como os bancos estão concedendo aos clientes carência para pagar empréstimos ou renegociá-los em meio à crise, os índices de inadimplência têm mostrado melhora momentânea.

O Itaú afirmou já ter concedido aos clientes carência de até seis meses o equivalente a 52 bilhões de reais em empréstimos para que possam renegociar suas dívidas.

As operações de crédito avançaram em meio à crise, impulsionadas pela demanda de pessoas jurídicas. A carteira do Itaú somava R$ 811,326 bilhões no segundo trimestre, o que representa alta de 2,9% no trimestre e um salto de 20,3% em 12 meses. Destacaram-se linhas de capital de giro, crédito pessoal e financiamento imobiliário. O saldo de empréstimos e financiamentos nas demais operações do banco na América Latina também teve crescimento expressivo, de 10,6% em três meses e 30,1% em um ano, para R$ 200,8 bilhões.

“Este foi um dos piores trimestres da história do Brasil, em termos de desempenho econômico. Começamos agora a ver alguns sinais de recuperação, cuja efetividade dependerá de passos importantes na gestão da economia”, disse Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco na divulgação de resultados.

A margem financeira gerencial ficou em R$ 17,776 bilhões de abril a junho, queda de 0,2% em comparação ao primeiro trimestre deste ano e de 3,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Um salto nas transações com o mercado não compensou a queda no resultado das operações de crédito.

As receitas de prestações serviços e resultado de seguros também refletiram o impacto da crise, ficando em R$ 9,904 bilhões no segundo trimestre. O número representa queda de 10,5% em relação aos três primeiros meses do ano e de 7,8% ante o mesmo período do ano passado. De acordo com o Itaú, a desaceleração da atividade econômica pressionou os segmentos de cartões de crédito e débito e serviços de assessoria financeira e corretagem.

Também caíram as receitas de administração de fundos, com a menor arrecadação de taxas de performance. O Itaú obteve retorno sobre o patrimônio líquido médio de 13,5% no segundo trimestre, bem abaixo dos 23,5% apresentados no mesmo período de 2019.

“O cenário ainda exige cautela, mas enxergamos uma tendência decrescente para as provisões. E mesmo em meio a um contexto socioeconômico crítico, conseguimos manter nossa estrutura de custos sob controle, muito em virtude da intensa agenda de eficiência implementada em 2019, da qual temos colhido os impactos integrais agora”, disse Milton Maluhy, vice-presidente executivo, CFO e CRO do Itaú Unibanco.

A receita com tarifas também sentiu o impacto das medidas de isolamento social, caindo 7,4% no trimestre, principalmente em cartões de crédito e débito, além da administração de fundos.

Assim como os demais bancos, o Itaú está se apoiando em medidas de redução de custos para aliviar a pressão das perdas com calotes. As despesas operacionais ficaram estáveis ​​no trimestre, embora o número de funcionários do banco tenha aumentado em 2,3% no trimestre.

O retorno sobre o patrimônio do banco ficou em 13,5%, queda de 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior, mas subiu na comparação sequencial.

Teleconferência 2T20

O vice-presidente executivo do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, disse nesta terça-feira que o banco viveu no segundo trimestre de 2020 o pior momento econômico da história do Brasil, mas que há sinais encorajadores de recuperação, o que deve trazer a rentabilidade para níveis melhores.

No segundo trimestre, o retorno sobre o patrimônio líquido médio foi de 13,5%. “Qualquer perda de rentabilidade de curto prazo a gente certamente deve compensar no médio prazo”, disse a jornalistas.

De acordo com o executivo, o BC fez cortes relevantes de juros no período de crise, além de ter injetado R$ 370 bilhões na economia diante de uma queda “abrupta”. O Itaú Unibanco, por sua vez, identificou rapidamente a grave proporção da crise, optando por pecar pelo excesso de provisões logo no primeiro trimestre.

Maluhy ressaltou as ações feitas pelo governo, como o financiamento da folha de pagamento e a linha do Pronampe, para micro e pequenas empresas. Nesta última, o banco liberou R$ 3,6 bilhões. Além disso, ele afirmou que o banco deve liberar R$ 2,9 bilhões até o fim do ano dentro na linha de R$ 15,2 bilhões para apoiar o setor de energia.

Ele ressaltou que foram concedidos em novos créditos, entre 16 de março e 17 de julho de 2020, de R$ 96,8 bilhões. Desse total, R$ 52,4 bilhões foram para grandes companhias.

Expansão da carteira de crédito

O vice-presidente executivo disse que a expectativa do banco é que a carteira de crédito, no curto prazo, tenha uma expansão focada em um primeiro momento em grandes empresas. “A carteira de crédito, no curto prazo, seguirá com expansão proporcionalmente maior no segmento de grandes empresas, ao mesmo tempo em que a flexibilização de créditos para pessoas físicas, micro e pequenas empresas levará a carteira a manter estabilidade nesses segmentos”, afirmou o executivo a jornalistas.

De acordo com Maluhy, a reversão desta tendência de mudança de mix pode ser causada por uma maior demanda de clientes pessoa física, o que ainda não foi observado. Além disso, a tendência poderá ser revertida pelo incremento da atividade no mercado de capitais. “No semestre, o crédito que era absorvido pelo mercado de capitais passou a ficar com os bancos. E a tendência é que isso continue, por enquanto.”

Maluhy afirmou que os níveis de liquidez e capitalização da instituição estão adequados. O banco, no entanto, vê potencial redução adicional da taxa média da margem financeira com clientes (NIM) devido à progressiva mudança do mix da carteira de crédito e impacto da menor taxa de juros na remuneração do capital de giro próprio e margem de passivos.

Em relação às receitas, o executivo disse que o crescimento trimestral de serviços e seguros deve vir em linha com a tendência de recuperação da atividade econômica e reabertura do mercado de capitais. No lado das despesas, a gestão estratégica de custos estará baseada no contínuo investimento em tecnologia, nas novas formas de trabalho, na otimização dos canais de distribuição, além dos projetos estruturais de eficiência que continuarão trazendo benefícios nos próximos trimestres.

Redução da margem

O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, disse que a redução da margem no segundo trimestre se deu pela ampliação do crédito a grandes empresas e redução de linhas mais rentáveis, como cheque especial e rotativo do cartão. “Todas as nossas atitudes foram voltadas a atender e melhorar a qualidade da carteira de crédito”, afirmou.

No segundo trimestre, a margem financeira gerencial foi de R$ 17,7 bilhões, queda trimestral de 0,2% e anual de 3,7%. De acordo com Bracher, essa redução é passageira e vai durar à medida que a economia se recupere. “Não é um grande desafio. Desafio é proteger a qualidade da carteira”, afirmou.

Segundo Maluhy, a margem com clientes ainda tem impacto do custo de capital de giro do banco, que foi influenciado pela queda da taxa básica de juro. “Metade do efeito veio pela queda da Selic.” De acordo com ele, o mix com mais clientes de atacado e menos varejo e, dentro do varejo, menos cartão e cheque especial, que teve impacto na margem financeira.

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