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Braskem anuncia que pretende gastar 3,3 bilhões a mais com incidente em Alagoas

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A expectativa de custo adicional da Braskem (BOV:BRKM5) com as consequências de um incidente geológico em Maceió (AL) já eleva as despesas totais ligadas ao evento para cerca de metade do valor de mercado da petroquímica.

A Braskem anunciou nesta terça-feira que estima gastar 3,3 bilhões de reais a mais para implementar medidas ligadas ao afundamento e rachaduras de solo em Maceió (AL) após conclusão de estudos técnicos independentes.

Somando-se a mais recente previsão ao cerca de 5 bilhões de reais já anunciados pela empresa neste ano, os gastos totais estimados para remediar os efeitos do incidente superam 8 bilhões de reais, quase metade do valor de mercado atual da Braskem, de 17,5 bilhões de reais.

Segundo analistas, o anúncio desta manhã deve ampliar o receio dos investidores em relação à companhia, cujas atividades de extração de sal-gema foram apontada por autoridades públicas como responsáveis pelo afundamento de solo na capital alagoana, que afetou mais de nove mil casas.

“Isso deve contribuir para aumentar a percepção de risco em relação ao investimentos na Braskem”, afirmou em relatório a equipe do BTG Pactual.

Além do caso em Alagoas, a gigante petroquímica controlada pela Odebrecht e pela Petrobras enfrenta processos movidos por acionistas nos Estados Unidos, que pedem indenização alegando que a empresa omitiu informações sobre os riscos de suas atividades em Maceió, cuja divulgação posterior derrubou ainda mais as ações da Braskem, que já perderam metade do valor desde março de 2018, quando o incidente ocorreu.

Analistas do Itaú BBA afirmaram que as suas projeções para a companhia consideram um desembolso total da provisão inicial de 3,4 bilhões de reais nos próximos cinco anos, com um impacto de aproximadamente 3 reais na sua estimativa de preço justo da ação. Incorporando o total, o impacto negativo seria de 6 reais no preço justo, para 21 reais.

O BTG Pactual estima que os desembolsos adicionais poderiam ser da ordem de 1 bilhão de reais, ou 70% abaixo do valor anunciado pela Braskem nesta terça e que o estudo independente é uma prova do compromisso da Braskem em concluir todas as questões pendentes em relação a Alagoas, com investidores avaliando que o anúncio pode ser o pior cenário.

Isso poderia ajudar a explicar porque, apesar do anúncio, a ação da Braskem subiam 1,96% por volta das 14:45, enquanto o Ibovespa rondava a estabilidade. Em 2020, contudo, os papéis contabilizam uma perda de cerca de 25%, contra declínio ao redor de 13% do Ibovespa.

Os analistas do BTG consideram improvável uma recuperação sustentável das ações em breve, considerando também os riscos ligados ao contrato de etano da Pemex no México, cujo governo tem tentado cancelar.

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