Aumento incomum por casas nos EUA promove rápido crescimento em setembro

Os compradores de casas que esperam que uma desaceleração sazonal no mercado imobiliário reduza os preços em alta podem esquecer isso.

Mais compradores entraram na briga em setembro, estimulados por taxas de hipotecas recorde e uma cultura de ficar em casa induzida por uma pandemia, levando as vendas a um ritmo ainda mais rápido.

Demorou apenas 54 dias para vender uma casa durante o mês. Esse é o menor tempo desde que a realtor.com começou a rastrear essa métrica em 2016. Naquela época, demorava 78 dias.

Regionalmente, os imóveis do Nordeste ficaram 13 dias a menos no mercado do que no ano passado, enquanto os do Sul venderam 11 dias mais rápido. No meio-oeste, levou nove dias a menos para vender uma casa e sete a menos no oeste. Nos 50 maiores mercados imobiliários metropolitanos, a casa típica foi vendida em 44 dias, 10 dias mais rápido que no ano passado.

“Muitos compradores tendem a suspender a busca por uma casa após o início do ano letivo, mas o aprendizado remoto e o desejo de mais espaço continuaram a alimentar o interesse do comprador em setembro”, disse Danielle Hale, economista-chefe da realtor.com. “O interesse do comprador excepcionalmente alto, juntamente com o estoque historicamente baixo e as taxas de hipoteca favoráveis, estão criando uma tempestade perfeita no mercado imobiliário. Embora essa seja uma boa notícia para quem quer vender sua casa, ela criou uma tremenda competição entre os compradores ”.

Essa competição está tornando as guerras de lances a regra, e não a exceção. Os compradores típicos estão pagando cerca de US $ 20.000 a mais por uma casa e enfrentam 25% mais concorrência do que no início do ano. Normalmente, eles enfrentam cerca de 9% a mais de concorrência.

A crise de cotações só está piorando, com a oferta caindo 39% anualmente. Em comparação com o início deste ano, o número de listagens caiu 21%. Setembro geralmente vê 17% mais casas à venda do que em janeiro. Os vendedores simplesmente não estão avançando. Houve quase 14% menos novos anúncios em comparação com o ano anterior, uma queda ainda mais acentuada do que em agosto.

Nenhum dos 50 maiores metrôs viu um aumento no número de casas no mercado em comparação com o ano passado e a maioria (35 de 50) viu uma crise de oferta mais difícil do que em agosto. Em alguns mercados, como Kansas City, Missouri, Indianapolis, Indiana e Memphis, Tennessee, a oferta de casas à venda é metade do que era há um ano.

Fonte CNBC