BRF (BOV:BRFS3) captou US$ 300 milhões mediante a reabertura de uma emissão existente de títulos externos com vencimento em 30 anos. A empresa usará os recursos da captação para reforçar seu caixa e refinanciar dívidas existentes.
O comunicado foi feito nesta terça-feira (20) antes da abertura do mercado.
Confira o comunicado:
As Notes serão notes adicionais emitidas de acordo com a escritura (indenture) sob a qual a Companhia inicialmente emitiu, em 21 de setembro de 2020, 5,750% Senior Notes com vencimento em 2050 no valor principal original de US$500.000.000,00 (“Initial Notes”). As Notes terão termos e condições idênticos aos das Initial Notes, exceto pela data de emissão e preço de emissão, e farão parte da mesma série, votarão junto como classe única e serão fungíveis com as Initial Notes. As Notes serão devidas em 21 de setembro de 2050, remuneradas à taxa de 5,750% ao ano e os juros serão pagos semestralmente, a partir de 21 de março de 2021.
A BRF pretende utilizar os recursos líquidos obtidos com a oferta em propósitos corporativos gerais, o que pode incluir o pagamento de dívidas específicas.
As Notes não foram nem serão registradas sob o U.S. Securities Act of 1933, conforme alterado (“Securities Act”), e não poderão ser ofertadas ou vendidas nos Estados Unidos da América com o registro ou isenção de registro aplicável. As Notes foram oferecidas apenas a investidores institucionais qualificados, conforme definidos na Rule 144A do Securities Act e a pessoas não americanas, de acordo com a Regulation S do Securities Act. As Notes não foram nem serão registradas perante a Comissão de Valores Mobiliários – CVM. As Notes não podem ser ofertadas e não serão vendidas no Brasil, exceto em circunstâncias que não constituam uma oferta pública ou uma distribuição não autorizada nos termos da legislação e regulamentação brasileiras. As Notes serão levadas a registro pela BRF na Bolsa de Luxemburgo, para comercialização no Euro MTF Market, sujeito à aprovação daquela.
Papéis da BRF (BRFS3) têm espaço para recuperação
A BRF superou turbulências societárias, contornou problemas de ordem sanitária, reorganizou dívidas e vendeu ativos. Agora se encontra reestruturada, mas, mesmo assim, subvalorizada na bolsa. É o que apontam os gestores da empresa em reportagem do Valor.
Dona das marcas Sadia e Qualy, a BRF, que já chegou a valer quase R$ 63 bilhões, está hoje avaliada em menos de R$ 15 bilhões. O valor dos papéis caiu 48,4%, enquanto o Ibovespa recuou 14,7%.
Atualmente, a empresa vem sendo beneficiada pela alta demanda chinesa e pelo aumento do consumo de alimentos no Brasil viabilizado pelo auxílio emergencial. Ainda assim, segue como uma das maiores quedas da bolsa no ano.