A comercialização da safra de soja 2020/21 do Brasil atingia até esta sexta-feira 55,1% da produção projetada, indicou a consultoria Safras & Mercado, reportando um avanço de 2,2 pontos percentuais em relação à sua estimativa de outubro.
Os números continuam superando significativamente os registrados em safras anteriores. Em igual período do ano passado, 34,6% da safra havia sido negociada, enquanto a média histórica para este momento é de 30,3%, de acordo com a Safras.
“Levando-se em conta uma safra estimada em 133,517 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 73,557 milhões de toneladas”, afirmou a consultoria em comunicado. Em relação à safra 2019/20, a comercialização avançou de 98,4% para 98,7%, ante nível de 95,2% na safra anterior e 93,7% na média normal para o período.
Os produtores brasileiros aproveitaram condições favoráveis às exportações, como a desvalorização do real frente ao dólar e a firme demanda da China, para embarcar mais de 80 milhões de toneladas da oleaginosa para o mercado externo neste ano.
Isso tem contribuído para uma escassez da commodity no mercado doméstico, que para regular a oferta e tentar evitar novos aumentos nos preços locais está importando soja até mesmo dos Estados Unidos, além dos volumes comprados nos vizinhos do Mercosul.
A produção de soja do Brasil em 2020/21 deverá atingir um recorde de 134,44 milhões de toneladas, disse nesta sexta-feira a consultoria Datagro, elevando sua projeção para a safra da oleaginosa no país.
MILHO
A Datagro ainda projetou a produção total de milho do Brasil em 2020/21 em um recorde de 114,48 milhões de toneladas, ante 106,15 milhões de toneladas na safra passada e 112,13 milhões de toneladas na projeção divulgada em julho.
A área total semeada com o cereal no país, considerando primeira e segunda safras, deverá atingir 19,77 milhões de hectares, versus 19,28 milhões de hectares na estimativa anterior e 18,99 milhões de hectares em 2019/20.
Por Gabriel Araujo e Nayara Figueiredo