Com uma projeção de 40% de escassez de água no mundo todo até 2030, segundo a Unesco, este elemento natural agora se tornou investimento, e o Banco Itaú também entrou neste mercado.
“Nós sabemos que a água doce é um bem cada vez mais escasso e é de se esperar que empresas que se relacionem de forma positiva com o ecossistema da água consigam se beneficiar desse ambiente”, afirma o Itaú.
O banco brasileiro está seguindo os passos da Bolsa Mercantil de Chicago (CME), que depois de petróleo, ouro e Bitcoin, na semana passada começou a negociar água através de contratos de futuros.
CME lança futuros de água
Com o novo produto, cada contrato da CME representa 10 acre-pés de água, ou 12334,8 metros cúbicos.
A liquidação dos contratos será dada financeiramente, com base no índice Nasdaq Veles California Water, que tem seu valor definido pelos preços praticados nos cinco principais mercados de água da Califórnia.
Itaú entra no segmento
No Brasil, o Itaú também entrou neste mercado, oferecendo aos seus clientes a exposição aos investimentos voltados a água.
O produto terá participação em 50 empresas do segmento por meio do ETF iShares Global Water UCITS (IH2O), listado na bolsa de Londres, com uma alta de 39,5% acumulada desde 2018.
O fundo cobrirá “todo o ecossistema de água”, buscando diversidade na tese de investimento, segundo Victor Vietti, superintendente de recomendação do Itaú Unibanco.
Inicialmente, o Itaú pretende tomar exposição a esse mercado através de ETF, mas o fundo poderá passar a investir em contratos futuros de água, disse Renato Eid, diretor de estratégia beta e integração ESG da gestora do banco.
Embora o fundo tenha taxa mínima de aplicação de apenas 1 real, o produto é dedicado a investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão em investimentos.
Isso se dá por questões regulatórias, já que o fundo é livre para investir até 100% do patrimônio no mercado internacional. A taxa de administração é de 0,9%, sem taxa de performance.
Crédito da foto: Paraná Portal
Autor: Viviane Nogueira