A agência de classificação de risco Fitch, uma das principais do mundo, colocou em observação negativa o rating nacional de longo prazo ‘AA+(bra)’ (AA mais (bra)) da AES Tietê Energia e de sua nona emissão de debêntures no valor de 2,2 bilhões.

O comunicado foi enviado ao mercado pela empresa (BOV:TIET3) (BOV:TIET4)  (BOV:TIET11) na noite desta terça-feira (05). Confira o comunicado na íntegra.

Segundo a Fitch, a ação de rating reflete a potencial pressão negativa que o perfil financeiro consolidado da AES Brasil poderá sofrer com a aquisição de dois complexos eólicos da Cúbico Brasil.

A operação prevê desembolso de R$ 529 milhões que deverão ser pagos provavelmente em março de 2021 e a assunção de uma dívida líquida de cerca de R$ 277 milhões.

A Fitch considera que a empresa tem liquidez e acesso a fontes de recursos suficientes para fechar a transação.

“Caso isto aconteça e resulte em aumento de dívida líquida próximo a R$ 806 millhões, a alavancagem financeira da AES Brasil, em bases consolidadas, deve atingir 4,0 vezes ao final de 2021, incluindo a expectativa de desembolso de R$ 1,3 bilhão referente à resolução da dívida com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), reduzindo-se gradualmente para 3,7 vezes em 2023, o que resultaria no rebaixamento no rebaixamento dos ratings em um grau. Caso recursos não onerosos sejam utilizados na operação, a observação negativa deverá ser removida”, explicou a agência.

→ A AES Tietê é uma empresa brasileira geradora de energia elétrica. Confira a análise completa da empresa com informações exclusivas.

Lucro líquido é de R$ 51,5 milhões, nos resultados 3T20

A geradora de energia elétrica brasileira trouxe ao mercado o balanço referente ao terceiro trimestre deste ano. No documento, a companhia registra um lucro líquido de R$ 51,5 milhões, o que significa um resultado 47,3% inferior aos R$ 97,1 milhões obtidos nos mesmos meses do ano passado.

Já a receita operacional líquida atingiu R$ 509,4 milhões, um leve recuo de 0,3% ano a ano.