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Usiminas (USIM): Maior resultado em 10 anos com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão em 2020, alta de 243%

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A Usiminas reportou lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, o maior resultado em dez anos para a companhia, 243% superior ao registrado em 2019, e impulsionado pelo lucro da siderúrgica no quarto trimestre.

Os resultados da Usiminas (BOV:USIM3) (BOV:USIM5) (BOV:USIM6) referente a suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 12/02/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

No ano, o faturamento, de acordo com a companhia, cresceu 8% em relação a 2019, chegando a R$ 16 bilhões, o melhor da história, segundo a Usiminas. O resultado, de acordo com a companhia, foi puxado pela unidade de mineração.

Em 2020, o Ebitda chegou a R$ 3,92 bilhões, evolução de 102%.

4T20

A Usiminas registrou um lucro líquido de R$ 1,913 bilhão no quarto trimestre de 2020, uma alta de 613% em relação aos R$ 268 milhões de lucro em igual período de 2019, enquanto o número foi 866% frente os R$ 198 milhões do terceiro trimestre do ano passado.

A receita líquida, por sua vez, subiu 41% no quarto trimestre na base de comparação anual, a R$ 5,47 bilhões, representando a maior receita líquida trimestral da história da Usiminas, principalmente pela elevação da receita líquida na Unidade de Siderurgia (+ R$ 1,2 bilhão versus terceiro trimestre de 2020), Unidade de Transformação do Aço (+R$312 milhões na base trimestral) e Unidade de Mineração (alta de R$295 milhões frente o terceiro trimestre).

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 1,607 bilhão, maior desde 2008 e mais do que triplicando na comparação ano a ano. A margem Ebitda ajustado ficou em 29%, de 12% um ano antes.

Vendas e Produção

“O maior volume de vendas trimestral da Unidade de Siderurgia desde o quarto trimestre de 2015 reflete o esforço da Usiminas em capturar a recuperação de demanda no mercado doméstico no quarto trimestre de 2020, com crescimento de vendas em todos os seus segmentos, com destaque para o crescimento das vendas para o automotivo”, diz o relatório de resultados.

No ano, as vendas somaram 3,7 milhões de toneladas, queda de 9,3% no comparativo com 2019, “refletindo o impacto da pandemia da covid -19 nos setores demandantes de aço, principalmente no 2º trimestre de 2020.”

As vendas de aço cresceram 12%, para 1,133 milhão de toneladas, maior número desde o quarto trimestre de 2015, volume que a companhia espera manter no primeiro trimestre deste ano, quando prevê vendas de aço entre 1,1 bilhão e 1,2 bilhão de toneladas.

O volume de vendas de minério de ferros, por sua vez, caiu 9%, para 2,275 milhões de toneladas.

A pandemia fez com que a produção de aço bruto pela Usiminas caísse 4,6% no quarto trimestre de 2020, chegando a 760 mil toneladas. No ano, a siderúrgica fabricou 2,76 milhões de toneladas, recuo de 15,4%.

A produção de laminados subiu 21,1% no quarto trimestre de 2020, chegando a 1,14 milhão de toneladas. No ano, a laminação caiu 9,1%, para 3,69 milhões de toneladas. As vendas da unidade de siderurgia aumentaram 12% no 4º trimestre, 1,13 milhão de toneladas.

Custo e dívida líquida

O custo de produto vendido subiu 9% frente ao último trimestre de 2019, para R$ 3,9 bilhões. A companhia encerrou o quarto trimestre com R$ 4,868 bilhões em caixa e equivalentes de caixa.

A dívida líquida consolidada em 31 de dezembro era de R$ 1,105 bilhão, uma queda de 65% ante o final de dezembro de 2019.

O indicador de dívida líquida/Ebitda encerrou o trimestre em 0,3 vez, de 1,6 vez um ano antes.

Teleconferência

Os preços de aço no mercado brasileiro estão dentro da meta da Usiminas, com uma diferença para cima em relação aos valores internacionais de 10%, afirmou o diretor comercial da maior produtora de aços planos do Brasil, nesta sexta-feira.

“O objetivo saudável para qualquer mercado interno é um prêmio em torno de 10%. Hoje estamos atendendo este objetivo”, afirmou Miguel Homes Camejo em videoconferência com analistas ao responder sobre eventuais novos reajustes de preços de aço no Brasil.

A Usiminas divulgou mais cedo forte resultado operacional impulsionado em parte por altas sequenciais de preços na liga nos últimos meses, além de melhora na demanda.

Com isso, ao menos no curto prazo, a companhia pode ter encerrado movimento de reajustes, após aplicar altas em janeiro e fevereiro na esteira de fortes incrementos de custos de matéria-prima entre dezembro e o início deste ano, disse Camejo.

O diretor comercial da Usiminas, Miguel Homes, também disse que o reajuste de preços para as montadoras com contratos com início em janeiro chegou em torno de 40%.

Segundo ele, as negociações foram fechadas por volta de outubro de 2020, pois, para atender os contratos, a siderúrgica precisa de 60 a 90 dias para programar a produção.

“Agora, estamos negociando os contratos que começam a vigorar em abril e, de outubro para cá, já tivemos valorização dos custos e isso deverá refletir de alguma forma nessas negociações”, disse Holmes.

Segundo ele, os contratos de abril com as montadoras representam de 70% a 75% do volume enviado ao setor automotivo.

Holmes ressaltou que, com a pressão dos custos, que foi ainda mais intensa de outubro a janeiro, há espaço para reajuste na distribuição de até 10%. “Nosso objetivo de paridade, razoável, é de 10% e hoje estamos atendendo esse objetivo para o mercado interno.”

Crescimento do PIB e novos projetos

A expectativa para 2021 é ainda mais positiva. O presidente da siderúrgica, Sergio Leite, disse que para este ano a perspectiva é de que o Produto Interno Bruto (PIB) no país deverá crescer 3,5% e isso irá puxar a atividade econômica.

“Há alguns setores que estão com boas perspectivas, e setores importantes para a Usiminas, como o de máquinas e equipamentos e o automotivo. O Instituto Aço Brasil estima que o consumo aparente terá alta de 6%. Então estamos confiantes para 2021. Na nossa visão, a velocidade da vacinação vai ser muito importante para essa retomada”, disse Leite.

E para sustentar a recuperação da demanda por aço no país, a Usiminas vai retomar a operação do seu alto-forno 2 na usina de Ipatinga. Segundo Leite, o equipamento será religado no início de junho e com isso serão adicionados à capacidade de produção de aço bruto 600 mil toneladas por ano.

“Nós temos 3 altos-fornos em operação em Ipatinga e, durante a pandemia, nós desligamos o 1 e 2. Em agosto, retomamos as atividades do equipamento 1 e agora o 2. Com essa adição em nossa capacidade, a compra de placas será reduzida este ano”, afirmou o executivo.

“Hoje, temos três barragens e isso se tornou o ponto mais delicado na operação. Duas delas já estavam desativadas desde 2015, e a terceira em operação a jusante. As duas a montante, que estavam fora de operação, já descaracterizamos uma, e segunda até janeiro de 2022.” Agora, segundo Leite, a companhia está na fase final de projetos de empilhamento a seco de rejeitos. “Vamos parar de usar barragem. A unidade entrará no estado da arte de tecnologia da exploração.”

Quanto ao projeto para aumentar a vida útil da mina para minérios friáveis, o vice-diretor financeiro e de relações com investidores, Alberto Ono, disse que a decisão sobre os investimentos deve ser adiada para o próximo ano.

A companhia avalia um projeto para aumentar a vida útil da mina na Mineração Usiminas (Musa) para o minério friável. A capacidade total, que inclui friáveis e compactos, é de 60 anos.

“A expectativa inicial do ponto de decisão era o segundo semestre de 2021, mas tivemos aqui algumas revisões, primeiro foi em razão dos estudos e licenciamento prévio, vai levar mais tempo que o esperado. Isso em si vai elevar o cronograma para decisão para 2022”, disse.

O outro ponto, de acordo com Ono, é uma nova reavaliação que foi feita e as reservas vão ter uma duração maior. “Teremos friáveis até o final de 2026. O montante do investimento estamos fazendo um refinamento do projeto, estamos trabalhando nisso. A questão é que vamos ter mais tempo para essa discussão internamente.” A estimativa anterior era de que a exploração de minérios friáveis poderia ser feita até 2026.

Guidance 2021

A Usiminas estimou investimentos totais de R$ 1,5 bilhão neste ano, acima do capex de 2020, de R$ 799 milhões, sendo a maior parte, de R$ 1,2 bilhão, na unidade de siderurgia, que no ano passado recebeu R$ 576 milhões.

A maior parte do valor (R$ 1,2 bilhão) terá como destino a unidade de siderurgia, com a reforma do Alto Forno 3 e investimentos em saúde, segurança e meio ambiente. Os dados constam nas projeções divulgadas pela companhia nesta sexta-feira.

A empresa não divulgou projeção trimestral para o volume de vendas, mas para todo o ano de 2021 espera volume de 8,5 bilhões a 9 bilhões de toneladas.

A companhia também estimou despesas financeiras líquidas de R$ 300 milhões para 2021, abaixo dos R$ 580,6 milhões de  2020.

VISÃO DO MERCADO

Credit Suisse

O Credit Suisse afirmou que os fortes resultados do quarto trimestre da Usiminas vieram acima da projeção do mercado e do Credit Suisse. Essa batida, segundo o banco, veio principalmente da divisão de mineração, que registrou custo caixa por tonelada 22% menor em relação aos números do mercado e gerou resultados ainda mais fortes.

Acreditamos que a Usiminas seja uma opção interessante para capitalizar sobre o forte impulso nos preços do minério de ferro e sobre a demanda brasileira de aços planos, que esperamos superar os longos em 2021. Vemos a Usiminas sendo negociada a uma avaliação atraente, bem abaixo de sua média histórica”, aponta o relatório, assinado pelos analistas Caio Ribeiro, Gabriel Galvão e Gabriel Spillmann.

O Credit Suisse manteve a recomendação de compra da ação e o preço-alvo em R$ 21,50.

Safra

O banco Safra afirmou que os resultados do quarto trimestre da Usiminas foram ‘muito bons’, tendo a empresa se beneficiado de um forte crescimento e de preços mais altos no negócio de aço, além de preços de minério de ferro mais favoráveis.

O Ebitda ficou 32% acima do esperado, uma vez que o volume de vendas de aço superou as estimativas do Safra em 19%, e os preços realizados do minério de ferro foram melhores do que o esperado.

“Esses números positivos refletem a capacidade da Usiminas de se beneficiar do ambiente favorável para mineração e aço, que esperamos persistir em 2021”, diz o banco.

A recomendação do Safra para a ação é neutra, com preço-alvo de R$ 9,60.

XP Investimentos

De acordo com a XP Investimentos, a Usiminas apresentou resultados sólidos, com melhor demanda por aço no mercado doméstico e preços de minério de ferro mais altos. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,46 bilhão, excluindo R$ 151 milhões em vendas de ativos no segmento de siderurgia, alta de 79% na comparação trimestral e 15% acima da estimativa do consenso.

Além disso, os preços mais altos de minério de ferro somado a vendas estáveis fizeram com que o braço de mineração da companhia atingisse um recorde anual de vendas com um volume de 8,7 milhões de toneladas.

Para os analistas Yuri Pereira e Thales Carmos, o segmento de mineração foi novamente o destaque, sendo beneficiado pelo aumento do preço do minério de ferro e pela venda de produtos com maior valor agregado.

Por outro lado, segundo os analistas, mesmo com a redução do frete marítimo de 13,2% no trimestre, o custo caixa por tonelada foi impactado por maiores gastos com combustível e custos com manutenção.

Os analistas também pontuaram a boa performance do mercado doméstico e enxergam a melhora dos resultados ao longo de 2021, com a recuperação do setor automotivo, um dos grandes consumidores do segmento.

Em relação à siderurgia, os melhores volumes de vendas; os preços realizados e o mix de produtos foram os principais destaques do trimestre, segundo os analistas.

XP Investimentos mantém recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 12,00.

Pensando em investir na Usiminas?

Usiminas atua em quatro áreas de negócio: mineração e logística, siderurgia, transformação do aço e bens de capital. A empresa também opera uma unidade especial de vendas, onde alguns produtos especiais gerados durante o processo da fabricação do aço são colocados à venda.

De um modo geral, a Usiminas extrai o minério de ferro e o transforma em aço. Também processa o produto de acordo com as solicitações do cliente, oferece serviços de transporte rodoviário, ferroviário ou marítimo e entrega produtos acabados, como equipamentos e estruturas metálicas.

Seus produtos são fornecidos para os segmentos da construção civil e de eletrônicos, assim como também para os segmentos de construção naval, tubos, eletrodomésticos, embalagens, máquinas e equipamentos, automóveis e peças para automóveis. Produz chapas grossas, tiras a frio, tiras a quente, revestidos e outros produtos relacionados. A empresa exporta seus produtos para a China, Colômbia, Chile, Tailândia, Estados Unidos e Argentina.

→ A Usiminas possui R$ 17,8 bilhões de valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

Governança Corporativa

A Usiminas tem entre seus acionistas grupos sólidos e experientes no setor de siderurgia e transformação do aço. Essa composição reforça a estrutura financeira e expande o conhecimento técnico da empresa para crescer globalmente e enfrentar todos os desafios do mercado.

Veja no gráfico os acionistas controladores:

Usiminas

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações da Usiminas oscilaram entre a mínima de R$ 3,78 e a máxima de R$ 17,31. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de 2,39%, negociada a R$ 14,14. No pregão seguinte a divulgação do resultado, as ações mais líquidas (USIM5) fecharam em alta de 0,35%, negociada a R$ 14,19.

Confira o histórico da Usiminas (USIM5)

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 13,28 14,85 13,12 13,91 19.791.920 0,91 6,85%
1 Mês 15,54 15,67 12,81 13,79 18.211.100 -1,35 -8,69%
3 Meses 11,43 17,31 11,23 14,24 19.853.551 2,76 24,15%
6 Meses 8,51 17,31 8,45 12,14 19.729.685 5,68 66,75%
1 Ano 10,06 17,31 3,78 9,13 21.100.570 4,13 41,05%
3 Anos 11,32 17,31 3,78 9,16 16.558.695 2,87 25,35%
5 Anos 0,86 17,31 0,82 7,04 18.709.744 13,33 1.550,0%
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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