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Vale (VALE3): lucro líquido de R$ 24,9 bilhões, revertendo prejuízo de 2019. Veja o que dizem os analistas

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A mineradora Vale teve lucro líquido de R$ 24,9 bilhões em 2020, revertendo prejuízo de 2019.

Os resultados da Vale (BOV:VALE3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 25/02/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

A receita líquida anual subiu 40,2% em 2020, para R$ 208,5 bilhões.

4T20

A mineradora Vale teve lucro líquido de US$ 739 milhões no quarto trimestre do ano passado, ante prejuízo líquido de US$ 1,56 bilhão no mesmo período de 2019, informou a companhia na quinta.

Segundo a empresa, o resultado foi impactado principalmente por maiores despesas relacionadas ao rompimento de barragem em Brumadinho (MG), seguindo o Acordo Global para reparação, em meio a ganhos fortes no segmento de minério de ferro. O Ebitda de minerais ferrosos somou US$ 8,8 bilhões, o segundo maior da história.

Considerando todas as unidades da companhia, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações ( Ebitda) ajustado somou US$ 4,24 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 20% ante o mesmo período de 2019.

Em reais, o lucro líquido foi de R$ 4,83 bilhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo prejuízo de R$ 6,4 bilhões anotados no mesmo intervalo de 2019. O ganho, contudo, caiu 69% em relação ao trimestre imediatamente anterior por conta de gastos referentes ao acordo firmado com o Estado de Minas Gerais, relacionado à tragédia de Brumadinho (MG).

Dividendos

A companhia ainda aprovou a distribuição de R$ 4,26 por ação na remuneração aos acionistas por conta do desempenho no segundo semestre do ano passado.

Teleconferência

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou hoje, em teleconferência com analistas sobre o resultado do quarto trimestre de 2020, que a companhia está determinada a fazer a reparação integral de Brumadinho – cidade de Minas Gerais onde ocorreu, há dois anos, o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão.

“A segurança das nossas pessoas continua em primeiro lugar, junto com a repararação de Brumadinho. A Vale está determinada a reparar integralmente Brumadinho”, disse Bartolomeo. Ele afirmou ainda que 2020 foi um dos anos mais desafiadores da história da companhia, e garantiu que a mineradora não vai poupar esforços, nem recursos, na reparação integral de Brumadinho.

Bartolomeo ressaltou que o acordo firmado no início do mês, com as autoridades de Minas Gerais, elimina do balanço da empresa as dúvidas sobre provisões. Ele disse também que a Vale tem a ambição de se transformar em referência em práticas ESG, sigla em inglês que engloba as áreas de ambiente, segurança e governança.

O acordo soma o total de R$ 37,7 bilhões e o diretor jurídico da empresa, Alexandre D’Ambrósio, também presente na teleconferência, frisou que esse acordo dá segurança jurídica para a questão, uma vez que traz obrigações de pagar, e obrigações de fazer, para a empresa; e encerra todas as ações civis públicas relativas ao rompimento da barragem.

D’Ambrosio explicou que as obrigações de pagar se encerram quando a Vale obtiver a quitação dos pagamentos feitos, enquanto as obrigações de fazer – que incluem, por exemplo, reparações ambientais – se encerrarão quando a Vale comprovar o fim das obras e ações acordadas.

400 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022

O presidente também disse que a Vale está no caminho para chegar a uma produção de 400 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022.

Atualmente, a companhia apresenta um ritmo de produção anualizado de 322 milhões de toneladas, e tem como meta para o ano uma produção entre 315 milhões e 335 milhões de toneladas.

Bartolomeo lembrou que, no quarto trimestre, a empresa teve o segundo melhor lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) para o negócio de minério de ferro da história e também apresentou um “excelente” desempenho nos metais básicos.

“Continuamos a reduzir o risco da companhia”, finalizou o presidente.

Também na teleconferência, o diretor-executivo de Ferrosos da empresa, Marcello Spinelli, ressaltou que a empresa está “confiante” para cumprir a meta de produção de minério de ferro entre 315 milhões e 335 milhões de toneladas este ano.

Ainda sobre o negócio de minério de ferro, o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da mineradora, Luciano Siani, também na teleconferência, explicou que os prêmios pagos pelas pelotas estão em recuperação, e ponderou que o custo caixa de minério de ferro subiu, no quarto trimestre de 2020, por causa da compra de produto de terceiros.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI comentou os resultados divulgados pela Vale, destacando o Ebitda recorrente de US$ 9 bilhões, que ficou abaixo de sua estimativa, de R$ 9,2 bilhões, mas 4% acima do consenso. Os dados operacionais ficaram em linha com suas estimativas. A divisão de metais básicos teve lucro Ebitda de US$ 1,1 bilhão, acima da estimativa de US$ 930 milhões do banco, impulsionada por custos melhores do que o esperado. O custo livre de caixa atingiu US$ 15,3 por tonelada, frente US$ 14,9 do trimestre anterior, e a estimativa de US$ 15 do Bradesco.

Os custos do minério de ferro atingiram US$ 36,3 por tonelada, em linha com a estimativa do Bradesco, e estáveis em relação ao trimestre imediatamente anterior. O custo realizado de frete ficou em US$ 131 por tonelada, em linha com a estimativa do Bradesco BBI e 17% acima do trimestre imediatamente anterior.

O Ebitda do setor de carvão veio em prejuízo de US$ 291 milhões, pior do que a estimativa de prejuízo de US$ 197 milhões do Bradesco, devido principalmente a pior performance de custos. O banco destaca o acordo assinado com a Mitsui que permite sua saída da mina de carvão de Moatiza e do Corredor Logístico de Nacala.

O banco mantém avaliação em outperform para o Bradesco, com preço-alvo de US$ 24 por ADR negociada na Bolsa de Nova York.

BTG Pactual

A Vale apresentou um conjunto forte de resultados no quarto trimestre, segundo o BTG, com destaque para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), que ficou 7% acima do esperado.

A melhora dos números, explicam os analistas, foi impulsionada por uma série de fatores, como o aumento dos preços realizados e volumes maiores de minério de ferro e metais básicos.

Um dos pontos do balanço que impressionaram a equipe da análise do BTG foi a geração de fluxo de caixa livre de US$ 4,9 bilhões no período. “Esse números deve subir significativamente no ambiente atual de minério de ferro”, projetam. Para o segundo semestre, a expectativa é que o resultado seja ainda melhor, com os dividendos dobrando os níveis atuais.

Com base nisso e na expectativa de recuperação gradual dos volumes e redução dos custos, o banco reiterou a recomenda de compra para os papéis, apontados como os favoritos no setor. “Vemos a ação negociando a 3,2 vezes a relação entre valor de empresa e Ebitda projetado para 2021, em níveis grosseiramente desvalorizados”, dizem.

Credit Suisse

O Credit Suisse afirmou que os resultados da Vale, divulgados ontem, vieram acima das projeções do banco, principalmente devido aos melhores preços do minério de ferro no mercado internacional, além das altas também no preço do níquel e do cobre.

“No geral, os números melhoraram significativamente em uma base sequencial, principalmente em função das exportações mais fortes de minério de ferro, que aumentaram 22% ante o terceiro trimestre, os preços de minério de ferro realizados 15% mais altos e preços de níquel e cobre 11% e 14% mais altos também, em base trimestral”, diz o relatório.

As ações, segundo o Credit, estão sendo negociadas abaixo de seu valor, e as perspectivas de retorno à frente são atraentes. O banco vê a Vale tendo um forte rendimento de caixa e sua política de dividendos devem gerar um rendimento de pelo menos 10% em 2021.

“Além disso, agora que o acordo com as autoridades sobre Brumadinho foi alcançado, acreditamos que a reclassificação da ação deve acelerar. Em última análise, acreditamos que as avaliações da Vale ainda são muito atraentes para os investidores ignorarem e verem fortes rendimentos de dividendos, aumento nas remessas, custos mais baixos à frente e o acordo com as autoridades”, diz o relatório.

Credit Suisse manteve a recomendação de compra da ação e o preço-alvo da ADR em US$ 26.

Itaú BBA

O Itaú BBA classificou os resultados da Vale como “levemente positivos”. O Ebitda ajustado de US$ 9 bilhões ficou 1% acima de sua estimativa, e 4% acima do consenso, além de 46% superior ao do trimestre imediatamente anterior.

Segundo o banco, foi impulsionado pelos preços e volumes maiores do minério de ferro. O banco também destacou os dividendos de US$ 4 bilhões anunciados pela Vale. O Itaú mantém avaliação de outperform para a empresa, e preço-alvo de US$ 20 para o ADR.

Safra

Os analistas do Safra acreditam que a Vale poderá pagar, ao menos, US$ 8 bilhões em dividendos em 2021, tendo como base uma estimativa conservadora para o minério de ferro a US$ 100 por tonelada.

A estimativa aparece em relatório divulgado hoje sobre os resultados da mineradora no quarto trimestre. Para a equipe de análise do Safra, o desempenho da Vale foi bom, refletindo o ambiente positivo de preços de minério de ferro e metais básicos.

Eles também dão destaque ao acordo de Brumadinho, assinado recentemente. A avaliação é que a empresa deu um bom passo, já que o acordo “remove uma saliência significativa, estabelecendo um limite para o valor dos processos de danos coletivos e eliminado a exposição da empresa a potencialmente inúmeras decisões judiciais e um processo legal demorado”.

“Mantemos nosso rating de compra e postura positiva em relação às ações da Vale, pois esperamos que a empresa continue a se beneficiar de preços favoráveis, que devem suportar uma boa geração de caixa, abrindo espaço para bons pagamentos de dividendos”, dizem. O preço-alvo apontado para as ações ordinárias é de R$ 98,00.

XP Investimentos

O quarto trimestre da Vale foi marcado pela forte geração de caixa e de dividendos, segundo analistas da XP. O fluxo de caixa livre das operações chegou a US$ 4,9 bilhões e os proventos ficaram em R$ 4,26 por ação, representando um retorno anualizado de 9%.

“A Vale reportou resultados mais fortes que o esperado”, dizem eles em relatório enviado a clientes, reiterando a recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de US$ 25 para os recibos de ação e de R$ 122 por papel.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) na divisão de metais básicos ficou 43% acima da expectativa da equipe de análise, devido aos preços realizados mais altos, que tiveram um impacto de US$ 170 milhões, ressalta a XP. Na divisão de minério, o desempenho também foi positivo, com o Ebitda 13% acima do esperado.

Pensando em investir na Vale?

A Vale é uma mineradora multinacional e uma das maiores operadoras de logística do país. É a maior produtora de minério de ferro e de níquel do Brasil. A empresa também produz manganês, alumínio, alumina, ferroliga, cobre e bauxita.

→ A Vale possui R$ 343 bilhões de valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

Governança Corporativa

Em dezembro de 2017, a Vale anunciou a sua migração para o Novo Mercado, segmento especial de listagem da B3 S.A. que possui um padrão de governança corporativa diferenciado. A listagem nesse segmento especial implica a adoção de um conjunto de regras societárias e de governança, além da divulgação de políticas e existência de mecanismos de transparência, fiscalização e controle.

Composição Acionária

Vale3

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações da Vale oscilaram entre a mínima de R$ 32,45 e a máxima de R$ 103,35. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em queda de 2,27%, negociada a R$ 95,71.

Confira o histórico da Vale (VALE3)

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 97,21 98,95 93,31 96,51 31.441.660 -2,69 -2,77%
1 Mês 89,99 98,95 87,51 93,65 29.962.617 4,53 5,03%
3 Meses 80,10 103,35 80,10 92,14 30.380.855 14,42 18,0%
6 Meses 61,66 103,35 57,06 76,21 30.116.130 32,86 53,29%
1 Ano 46,66 103,35 32,45 62,60 31.481.305 47,86 102,57%
3 Anos 46,74 103,35 32,45 55,79 23.570.122 47,78 102,23%
5 Anos 11,39 103,35 10,89 49,99 18.144.791 83,13 729,85%
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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