Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, atingindo seus maior nível em mais de um ano, depois que a OPEP e seus aliados concordaram em não aumentar a oferta em abril, enquanto aguardam uma recuperação mais substancial na demanda.
Os futuros do petróleo tipo Brent para maio sobe 3,93%, para US$ 69,36 o barril; WTI para abril +3,54%, a US$ 66,09 o barril.
Ambos os contratos subiram mais de 4% na quinta-feira depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, juntos conhecidos como OPEP+, prorrogaram as restrições à produção de petróleo até abril, concedendo pequenas isenções à Rússia e Cazaquistão.
Os investidores ficaram surpresos com o fato de a Arábia Saudita ter decidido manter seu corte voluntário de 1 milhão de bpd até abril, mesmo após a alta do preço do petróleo nos últimos dois meses, por conta dos programas de vacinação COVID-19 em todo o mundo.
Alguns analistas revisaram suas expectativas de preço para cima após a decisão.
O Goldman Sachs aumentou sua previsão de preço do petróleo Brent em US$ 5, para US$ 75 o barril no segundo trimestre e US$ 80 no terceiro trimestre deste ano. O UBS elevou sua previsão do Brent para US $ 75 o barril e o WTI para US$ 72 no segundo semestre de 2021.
No entanto, analistas e traders alertaram que as lentas vendas físicas de petróleo e a recuperação da demanda não prevista até por volta do terceiro trimestre sugerem que a alta dos preços é injustificada.
“O mercado sugere um aperto que não existe. Portanto, continuamos a acreditar que o risco de preço é principalmente para baixo e que o preço atual está ultrapassando os limites”, disse Hans van Cleef, economista sênior de energia do ABN Amro.