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BR Distribuidora (BRDT3): lucro líquido de R$ 492 milhões no 1T21, avanço de 110,3%

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A BR Distribuidora registrou lucro líquido de R$ 492 milhões no primeiro trimestre de 2021, avanço de 110,3% na comparação anual.

A receita líquida nos três primeiros meses do ano atingiu R$ 26,133 bilhões, o que equivale a uma alta de 23,3%, em comparação com o primeiro trimestre de 2020 e de 7,6% em comparação com o último trimestre do ano passado.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado ficou em R$ 1,182 bilhão entre janeiro e março desse ano, ante R$ 545 milhões anotados no mesmo período em 2020. A margem Ebitda ajustada, por sua vez, passou de 2,6% no primeiro trimestre do ano passado, para 4,5% no primeiro trimestre desse ano.

Além disso, a companhia destaca que na comparação anual, houve um crescimento de 1,6% no volume total vendido, para 9,337 milhões de metros cúbicos, “principalmente em razão das maiores vendas de diesel (+9,5%), de produtos Ciclo Otto (+8,6%) e Óleo Combustível (+67,4%), estes que foram parcialmente compensados, entre outros, pelas menores vendas de produtos de Aviação (-12%), setor ainda sobre forte impacto da Pandemia do COVID-19, além de menores vendas de coque (-35,6%)”.

O volume de vendas na rede de postos cresceu 9,6%, para 5,430 milhões de metros cúbicos, ao passo que o volume de vendas para o B2B caiu 6,7%, para 3,175 milhões de metros cúbicos, na comparação anualizada. Já no mercado de aviação, houve uma queda de 12,1%, na mesma base comparativa, para 732 mil metros cúbicos.

Em relação ao segmento de aviação, a BR Distribuidora destaca que “os volumes do segmento de aviação se mantiveram praticamente constantes na comparação QoQ e apresentaram uma redução de -12,1% na comparação YoY, refletindo ainda os fortes impactos de redução de voos devido à pandemia da COVID-19”.

Ademais, a companhia destacou que seu endividamento líquido (R$ 5,1 bilhões) aumentou R$ 443 milhões na comparação trimestral, “principalmente devido ao pagamento de R$ 498 milhões aos acionistas sob a forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no 1T21, que está dentro de uma perspectiva de Dividend Yeld de aproximadamente 10%,considerando o preço médio da ação em 2021″.

Os resultados da BR Distribuidora (BOV:BRDT3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 11/05/2021. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

Wilson Ferreira Júnior, presidente da BR Distribuidora, afirmou que a companhia espera divulgar no início do segundo semestre um novo plano estratégico para o longo prazo.

De acordo com ele, a consultoria Boston Consulting Group (BCG) foi contratada para assessorar a BR na revisão estratégica, que mirará tendências de mercado (transição energética, conveniência e mobilidade), agenda ESG (sigla em inglês para temas ambientais, sociais e de governança) e oportunidades e vantagens competitivas.

Para sustentar os investimentos da companhia nesse reposicionamento, a BR aumentou o teto de alavancagem e trabalha com uma capacidade de endividamento adicional de R$ 5,8 bilhões.

Além da estratégia de longo prazo, a BR também anunciou medidas para o curto e médio prazos. Na conveniência, a meta é abrir mais mil novas lojas em cinco anos, na parceria com as Lojas Americanas no segmento.

“Estamos avaliando parcerias”, disse o executivo nesta quarta-feira, durante teleconferência com investidores sobre os resultados do primeiro trimestre.

O presidente da BR disse que, ao reduzir em 29% as despesas desde 2019, a companhia está fechando o gap (distância) de eficiência em relação aos seus pares no mercado de distribuição de combustíveis.

“A maior empresa [do setor] tem que ser líder em eficiência, tanto em custo quanto margem”, afirmou.

Ele destacou, porém, que a “excelência é um alvo móvel” e que a BR continuará buscando melhorias nesse quesito.

Ferreira Júnior afirmou que a companhia buscará um equilíbrio, na sua estratégia de alocação de capital nos próximos anos, no balanço entre dividendos e oportunidades de crescimento.

“Temos que ter um trade-off, para que façamos um composto entre a criação de valor e a distribuição de dividendos”, disse.

“Temos coisa para fazer ainda, fruto dessa nossa reavaliação estratégica”, disse. “Mas o que faremos é o balanço das duas coisas [investimento no crescimento e dividendos]”, completou.

Natal afirmou que o aumento do teto de alavancagem cria um potencial bastante forte de alocação de capital adicional e que a ideia é reservar parte desse “poder de fogo” para “alocações interessantes”.

“Não queremos ter uma política engessada [de alocação de capital] para não perdermos oportunidades [de aquisição]. Mas não queremos reter caixa na companhia à toa”. O executivo citou que a BR já declarou dividendos de R$ 2,3 bilhões para 2021, o que ele considera ser um valor “bastante alto”.

A BR obteve em 2020 decisão favorável da 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro, determinando a exclusão do ICMS da base de cálculo do Pis/Cofins.

Sobre o reposicionamento da empresa no setor de gás natural, a BR espera definir nos próximos três meses a posição da companhia sobre a ESGás, distribuidora capixaba. A BR possui participação na ESGás e já manifestou a intenção, no passado, de vender o ativo, mas está, neste momento, discutindo o plano estratégico da companhia para o longo prazo.

O presidente da BR Distribuidora afirmou que deve se reunir entre esta semana e a próxima com o novo presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

O executivo disse que os dois têm mantido conversas por telefone. Segundo Ferreira Júnior, a venda da fatia remanescente da Petrobras na BR deve entrar na pauta do encontro.

“Acredito que possamos, agora, ter uma visão mais clara [sobre o assunto]”, comentou.

Natal afirmou que a empresa tem mantido negociações com os potenciais novos refinadores do mercado.

“Temos memorandos de entendimento e negociações avançadas”, disse o diretor.

“Por enquanto nosso foco tem sido sempre não buscar participação direta [nas refinaras] e, sim, assegurar nossa competitividade na aquisição de moléculas. Acreditamos ser possível criar relações ganha-ganha”, disse.

Natal afirmou ainda que, nas conversas, tem notado um “interesse bastante pronunciado na outra ponta também” na negociação dos contratos de fornecimento.

O executivo explicou que, por ter a Petrobras como principal acionista da empresa, a BR está, hoje, vetada de participar do processo de desinvestimentos da estatal. Ferreira Júnior disse que a companhia poderá eventualmente, no futuro, reavaliar a sua estratégia e entrar no setor de refino. Ele disse, porém, que a BR não possui qualquer “iniciativa direta”, neste momento, para compra de refinarias.

“A Petrobras pode tomar decisão de saída [da BR] e aí teremos que olhar esse negócio [refino]. Estudaremos isso, a eventual conveniência [de entrar no refino] no momento que pudermos participar. Neste momento o que temos mais forte [dentro da estratégia] é de que maneira podemos potencializar na nossa posição de compradora”, comentou.

Ele também mencionou que a Eletrobras, a exemplo da BR, passou por uma “restruturação gigante”, com foco no corte de custos. “Temos que ser muito eficientes dada a margem baixa do negócio [de distribuição]”, disse.

Oportunidades de aquisições

O presidente da BR disse que a empresa mira oportunidades de aquisição, dentro do reposicionamento estratégico da companhia, mas que não vai se precipitar nesse processo.

Segundo ele, potenciais aquisições ocorrerão “sem pressa e conscientes”. “Vamos buscar oportunidades de aquisições que façam sentido”, comentou.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI comentou os resultados da BR Distribuidora, destacando o Ebitda 13% acima de sua estimativa e 24% acima daquela do consenso do mercado. A margem recorrente ficou em R$ 130 por metro cúbico, superando aquela do Ipiranga, de R$ 105 por metro cúbico.

O banco avalia que o novo CEO Wilson Ferreira Jr. já está deixando sua marca. O banco diz que ainda não incorporou iniciativas sobre eficiência em suas estimativas.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra e eleva preço-alvo de R$ 28,00 para R$ 31,00…

Credit Suisse 

O Credit classificou os resultados da BR Distribuidora como excepcionais. O Ebitda fica 11% acima de suas estimativas.

Credit Suisse tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 32,00…

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