ADVFN Logo

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

M.Dias Branco (MDIA3): lucro líquido de R$ 15 milhões no 1T21, forte queda de 89%

LinkedIn

A M. Dias Branco, líder nos mercados de biscoitos e massas do Brasil, registrou lucro líquido de R$ 15 milhões no primeiro trimestre de 2021, forte queda de 89% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a chegada da pandemia da Covid-19 gerou uma corrida por produtos no varejo.

Neste ano, o aumento de custos relacionado à valorização do dólar ante o real e aos preços de alguns de seus principais insumos, como o trigo, pressionou as margens da empresa.

A receita líquida da companhia recaiu 8,9%, para R$ 1,49 bilhão. “Subimos preços em janeiro porque os custos ainda estão elevados, mas o impacto do reajuste nos volumes foi acima do que estávamos esperando. O varejo se mostrou muito resistente ao aumento”, explicou Fabio Cefaly, diretor de relações com investidores e novos negócios

O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 47,4 milhões, 79% menos do que um ano antes. A margem Ebitda passou de 14% para 3,2% no primeiro trimestre de 2021.

O cenário levou a M. Dias a aplicar um reajuste nos preços do portfólio de produtos em janeiro, que afetou as vendas consolidadas no trimestre, disse à Reuters o diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios, Fábio Cefaly.

O custo do produto vendido subiu 7,2%, para R$ 1,17 bilhão. O preço médio da tonelada de trigo pago pela M. Dias foi de US$ 241 em março, 23,5% a mais do que no mesmo mês do ano passado. O lucro bruto da companhia caiu de R$ 625 milhões para R$ 400 milhões, com a margem bruta passando de 38,2% para 26,8%.

Para os próximos trimestres, a companhia vai rever algumas estruturas, a começar pelo portfólio, que tem, hoje, cerca de 1000 itens (SKUs). Ao longo dos próximos dois trimestres, 137 SKUs (3% da receita) serão retirados do portfólio, reduzindo a complexidade da operação e melhorando a execução em toda a cadeia.

Também serão reduzidas as linhas de produção, de 113 para 106, e dois centros de distribuição serão fechados, ficando com 30. A companhia também fechou uma parceria de distribuição de produtos Piraquê com a Ambev, por meio da plataforma BEES, de vendas para clientes comerciais da cervejaria.

Os resultados da M.Dias Branco (BOV:MDIA3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 07/05/2021. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

A M. Dias Branco deseja emitir títulos de dívidas verdes no exterior, os green bonds, afirmou o vice-presidente de Investimentos e Controladoria da empresa, Gustavo Theodozio.

“É um desejo da companhia, mas não vimos no curto prazo perspectiva de emissão desses títulos”, disse o executivo ontem, em teleconferência. O interesse da empresa em emitir títulos de dívidas no exterior havia sido antecipada pela empresa, em entrevista exclusiva ao Broadcast Agro.

Segundo Theodozio, eventuais emissões de green bonds vão depender de oportunidades de fusões e aquisições (M&As na sigla em inglês) que possam surgir fora do Brasil. “Esse é um canal que está no nosso crescimento estratégico.

Nossa ideia é conhecer esses mercados, começando com exportações, e depois partir para operação no exterior, o que pode ser por M&As”, apontou o executivo. Ele acrescentou que projetos de M&As no exterior estão congelados no momento em virtude da valorização do dólar ante o real, o que torna essas transações mais caras em reais.

VISÃO DO MERCADO

Bank of America

O banco incluiu no modelo os resultados do primeiro trimestre de 2021, considerado fraco, com o aumento de preços levando a uma redução nas vendas.

O preço / mix estava longe de ser suficiente para compensar o aumento de 45% no custo por tonelada, gerando 12 pontos percentuais de queda na margem bruta.

“Esperamos que a pressão de custos permaneça em 2021 e pelo menos parte de 2022 (principalmente de commodities leves), enquanto um ambiente de consumo mais difícil no Brasil deve impedir uma melhor equação preço por volume nos próximos trimestres”, diz o relatório.

A M.Dias afirmou que o aumento de 10% nos preços em janeiro pressionou significativamente os volumes de biscoitos e massas, que ficaram cerca de 40% abaixo dos volumes mensais no trimestre.

Em março, os volumes se normalizaram, mas os volumes trimestrais terminaram com queda de 25% ano a ano (-29,7% para biscoitos, -32% para massas).

Como resultado, a utilização da capacidade foi de 51% no primeiro trimestre, impactando negativamente a diluição dos custos fixos.

“Além disso, acreditamos que a concorrência continua acirrada, com o faturamento da empresa mais pressionado na zona de ataque (Sul, Sudeste e Centro-Oeste), que representa 36% do faturamento.

Embora a recuperação dos volumes em março seja positiva, esperamos que os volumes sejam pressionados e muito voláteis ao longo do ano, uma vez que a M. Dias precisa de novos aumentos de preços para recuperar as margens”, diz o relatório.

Bank of America mantém recomendação de venda e reduz preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 25,00.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI afirmou que os resultados da M Dias Branco ficaram significativamente abaixo da expectativa do mercado. Mas diz avaliar que o consenso do mercado para 2022 parece excessivamente pessimista.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 34,00…

Eleven Financial 

A receita líquida da M. Dias branco atingiu R$ 1,5 bilhão no 1T21, ficando abaixo das nossas expectativas. O EBTIDA ajustado alcançou R$ 47 milhões, com margem de 3,2%, a mais baixa da história, impactada negativamente pelos maiores custos de matéria-prima e desvalorização cambial.

O principal destaque negativo foi o fracasso na implementação da estratégia de aumento de preços, em meio a um cenário de demanda enfraquecida pelos impactos da pandemia, que acabou levando a uma expressiva queda de 2,0%a/a no volume comercializado. Esse resultado, em nossa visão, deve levantar ainda mais preocupações para os investidores quanto à capacidade da companhia para recuperar volumes e repassar preços também nos próximos trimestres, que devem continuar sofrendo com os impactos da redução do auxílio emergencial e de uma renda disponível comprimida. Nesse, ponto vale ressaltar que a maior parte da receita da M. Dias vem das regiões norte e nordeste, onde a população é ainda mais sensível à renda.

Um dos pontos positivos que conseguimos enxergar no resultado, a estrutura de capital da companhia continua bastante saudável, com um robusto caixa de R$ 1,7 bilhão e uma dívida líquida de 0,5x EBTIDA. Condição essa que pode ser muito importante, em nossa visão, para ajudar a empresa a atravessar esse momento mais desafiador.

Acreditamos que o resultado apresentado traz grandes questionamentos para o investidor quanto aos obstáculos a serem enfrentados pela companhia no curto prazo, em decorrência dos impactos da pandemia sobre o mercado consumidor brasileiro, em especial na região nordeste, onde a companhia tem forte market share e que representa cerca de 60% de suas vendas. O auxílio emergencial descontinuado em janeiro e renovado com valores mais baixos para o período entre abril e setembro deste ano também deve continuar prejudicando o desempenho à frente. Assim, por mais que as ações da companhia tenham sofrido forte desvalorização desde nossa última atualização, e que nossas perspectivas de longo prazo para a companhia sejam positivas.

Eleven mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 43,00…

Guide Investimentos 

Para o analista Luis Sales,  a recuperação das margens da empresa deve demorar ainda alguns trimestres por conta da pouca elasticidade do preço de seus produtos, alta no preço de commodities e dúvidas sobre o auxílio emergencial.

Deixe um comentário