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Superintendência do Cade avalia que compra da Unidas pela Localiza resulta em concentração elevada de mercado

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A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avaliou que a compra da Unidas pela Localiza resulta em concentração elevada de mercado e necessita de análise mais aprofundada pelo conselho. De acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU), a superintendência declarou o negócio “complexo”, o que significa que a operação irá para análise do tribunal do Cade, composto por seis conselheiros e o presidente. Em setembro de 2020, logo após o anúncio do negócio, o Broadcast antecipou que a operação poderia enfrentar problemas no Cade.

A superintendência-geral é a responsável pela análise inicial de todas as fusões e aquisições apresentadas ao Cade. Quando entende que o negócio não apresenta risco concorrencial, a própria superintendência pode aprovar a operação, sem submetê-la ao tribunal. Quando há suspeita de concentração de mercado elevada, como na fusão das locadoras de automóveis, a superintendência envia a operação para a análise do tribunal, que dará a palavra final.

Em nota técnica sobre o negócio, a superintendência afirma que a análise até o momento aponta que a operação “resulta em concentrações elevadas nos mercados de aluguel de veículos, tanto sob a ótica nacional como na maioria dos municípios e aeroportos em que ambas as empresas atuam, e de gestão de frotas no âmbito nacional”. A superintendência destacou que se trata da líder de mercado (Localiza) adquirindo a vice-líder (Unidas) e que a operação leva a uma concentração de mercado entre 60% e 70%.

De acordo com a nota, concorrentes consultados levantaram preocupações sobre questões como possível aumento do poder de barganha na aquisição de veículos novos pela Localiza (BOV:RENT3) e Unidas (BOV:LCAM3) e baixa probabilidade de entrada de novos competidores no mercado de locação de veículos e gestão de frotas.

“Diante dos pontos de atenção mencionados, esta SG reputa ser necessário realizar novas diligências, de forma a aprofundar a análise do caso, bem como entender se tais preocupações causam efetivamente prejuízo à concorrência ou se algumas delas podem ser consideradas eficiências”, completou.

Fundada pelo ex-secretário de Desestatizações do Ministério da Economia, Salim Mattar, a Localiza anunciou a fusão com a Unidas em setembro do ano passado, o que criaria uma empresa com valor de mercado consolidado de R$ 48 bilhões.

VISÃO DO MERCADO

XP Investimentos 

O Cade classificou a fusão entre Localiza e Unidas como “complexa”. Isso significa que a autarquia pode prorrogar sua decisão final sobre a combinação de negócios por 90 dias, além dos 240 dias previamente definidos para dar a palavra final sobe o assunto. O Cade disse também que será necessária uma análise mais aprofundada da questão, tendo em vista as preocupações levantadas por terceiros, como Movida e Fleetzil. Para a XP, a declaração do Cade é neutra, já que essas implicações eram amplamente esperadas pelo mercado. A casa reafirmou também que considera que a fusão entre as duas empresas não está precificada pelo mercado, mas lembrou que duas ações têm reagido em alta nos últimos pregões. Isso pode ter acontecido em razão da queda das taxas de juros, após os rendimentos do tesouro dos EUA de 10 anos terem caído 0,05 ponto porcentual, pois o valuation de locadoras de automóveis é altamente correlacionado com taxas de juros de longo prazo.

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