BR Distribuidora estabelece preço por ação de oferta subsequente que envolve venda da fatia remanescente de 37,5% da Petrobras

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A Petrobrás (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) dará o passo final para deixar o capital da rede de distribuição de combustíveis BR Distribuidora (BRDT3). Isso ocorrerá após a conclusão da oferta subsequente de ações (follow-on), que deverá girar aproximadamente R$ 11 bilhões. A BR foi privatizada há dois anos, quando a estatal deixou de deter o controle da empresa. Agora, a petroleira terminará de vender sua participação, hoje em 37,5%, concluindo o processo que teve início há um pouco mais de quatro anos.

A procura pelas ações da BR na oferta está aquecida, mas, dado o tamanho da oferta, a demanda deverá ficar bastante ajustada ao volume de ações que estão à mesa. Na transação, a BR não coloca recursos em caixa, visto que a oferta inclui apenas ações da estatal.

A ação da BR está sendo negociada em torno de R$ 26,50 na B3 e deverá sair na oferta, a ser precificada amanhã, com um pequeno desconto de cerca de 1% – ficando entre R$ 25 e R$ 25,50, apurou o Estadão. Nesse intervalo de preço, a Petrobrás pode colocar em seu caixa entre R$ 10,9 bilhões e R$ 11,1 bilhões. Após a atual oferta de ações, a petroleira embolsará, ao todo, cerca de R$ 24,5 bilhões com a venda integral da distribuidora de combustíveis.

Segundo gestores, um dos temas que está predominando as reuniões da empresa, no processo da oferta, tem sido possíveis ganhos futuros com a mudança recente de gestão da empresa, agora sob o comando de Wilson Ferreira, ex-Eletrobrás. Nesses encontros, o tema da transição energética, diante da necessidade crescente de buscar negócios voltados à economia de baixo carbono, também tem sido frequente.

Para Ilan Arbetman, analista de pesquisa da Ativa Investimentos, a saída total da Petrobrás do capital da BR “pode ser uma oportunidade para melhoria de sua governança”. “A saída da estatal desvincula, em parte, a BR dos riscos oriundos de seu atual acionista majoritário”, afirma.

Do lado financeiro, a desvinculação com a Petrobrás permite que a empresa tenha uma estrutura operacional mais eficiente. “Acreditamos que o processo, de fato seja ganha-ganha, uma vez que o desinvestimento em BR ajuda a tracionar importantes agendas para Petrobrás, como a redução de sua dívida e a consolidação de um maior foco no segmento de exploração e produção de petróleo”, comenta Arbetman.

Venda em partes
Até o fim de 2017, a Petrobrás era dona de 100% da distribuidora de combustíveis, mas vendeu no fim daquele ano cerca de 30% da companhia, por meio de uma oferta inicial de ações (IPO, pela sigla em inglês), colocando cerca de R$ 5 bilhões no caixa.

Dois anos depois, em uma nova oferta via Bolsa de Valores, a estatal vendeu mais uma fatia de 30%, que somou mais de R$ 8 bilhões. Nesse momento a Petrobrás se desfez do controle da BR, marcando a privatização da companhia.

A BR possui cerca de oito mil postos de serviços e 1,1 mil lojas de conveniência da marca BR Mania. No processo de transição energética, a expectativa é que a companhia passe a atuar em outros mercados, tal como a comercialização de energia elétrica, gás natural e etanol.

No mercado, a privatização da BR foi apontada como um modelo a ser seguido por outras estatais, incluindo a Eletrobrás. Em três vendas de ações na Bolsa foi realizada feita no mercado e pulverizou o capital. A oferta foi estruturada por Morgan Stanley, Itaú BBA, Citi e XP.

Procuradas, Petrobrás e BR não comentaram.

Informações Estadão

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