A agência de classificação de risco Fitch, uma das maiores do mundo, afirmou os Ratings Nacionais de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ da Cogna Educação e de suas debêntures quirografárias.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:COGN3), nesta quinta-feira (10).
A agência também afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ da Saber Serviços Educacionais, subsidiária integral da Cogna.
A perspectiva dos ratings corporativos permanece “negativa”.
“Os ratings da Cogna se baseiam em sua elevada escala de operações e em sua capilaridade geográfica, bem como em seu modelo de negócios diversificado.A empresa deve manter liquidez robusta ao longo dos próximos anos, com expectativa de fluxos de caixa livres (FCFs) positivos, e um cronograma de amortização da dívida gerenciável”, afirmou a agência.
Segundo a Fitch, a perspectiva “negativa” reflete os desafios da Cogna de retomar sua geração operacional de caixa e de reduzir sua alavancagem financeira líquida para patamares mais compatíveis com a classificação.
“A lenta recuperação das atividades no ensino superior presencial no país, potencializada pela pandemia de coronavírus, e a competição mais acirrada no segmento digital poderão pressionar o perfil de crédito da companhia”, destacou a agência.
Cogna (COGN3): prejuízo líquido de R$ 90,9 milhões no 1T21, queda de 132,5%
O grupo educacional Cogna registrou prejuízo líquido de R$ 90,975 milhões no primeiro trimestre de 2021, uma marca 132,5% pior que no mesmo período de 2020. No critério ajustado, houve lucro líquido de R$ 6,495 milhões, queda de 86,1% sobre os primeiros três meses do ano passado.
A Cogna alcançou o montante de R$ 1,262 bilhão em receita líquida nos primeiros três meses do ano, uma queda de 22,4% sobre o mesmo período de 2020. As provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) foram de R$ 164,362 milhões, uma queda de 23,2% na comparação anual. As despesas operacionais somaram R$ 230,546 milhões, queda de 1,6% sobre o primeiro trimestre do ano passado.
O capex da Cogna no primeiro trimestre foi de R$ 51,6 milhões, uma queda de 43,9% na comparação anual, sendo que o investimento em expansão cresceu 69,1%, a R$ 46 milhões, sustentado pelo processo de reestruturação da Kroton. Somando os dois números, a queda nos investimentos foi de 18,1% sobre os primeiros três meses de 2020, alcançando 5,9% da receita líquida.
A geração de caixa operacional antes de capex da empresa foi de R$ 267,157 milhões no primeiro trimestre, favorecida pela maior arrecadação na Kroton, a um melhor comportamento de algumas linhas de capital de giro e a antecipação de recebíveis de cartão de crédito. O fluxo de caixa livre foi negativo em R$ 701,552 milhões, refletindo amortização parcial das debêntures.