A OPEP + concordou nesta terça-feira em manter o ritmo existente de redução gradual da oferta de petróleo, disseram duas fontes da OPEP +, enquanto os produtores equilibraram as expectativas de uma recuperação na demanda contra um possível aumento na oferta iraniana.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados – conhecidos coletivamente como OPEP +, decidiu em abril devolver 2,1 milhões de barris por dia (bpd) de oferta ao mercado durante maio a julho, pois previa que a demanda aumentaria apesar do alto número de casos de coronavírus em Índia.
Desde essa decisão, o petróleo estendeu sua alta e agora ganhou mais de 30% este ano, embora a perspectiva de mais petróleo do Irã, à medida que as negociações sobre a retomada de seu acordo nuclear avançam, tenha limitado a alta para os preços do petróleo.
O petróleo Brent atingiu US$ 71 o barril, seu maior valor desde março, nesta terça.
O secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, disse não esperar que o aumento do fornecimento de petróleo iraniano cause problemas.
“Prevemos que a expectativa de retorno da produção e exportação iraniana ao mercado global ocorrerá de forma ordenada e transparente”, disse ele em comunicado.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Príncipe Abdulaziz bin Salman, disse que viu uma boa recuperação na demanda nos Estados Unidos e na China.
“O lançamento da vacina ganhou ritmo com cerca de 1,8 bilhão de vacinas administradas em todo o mundo … Isso só pode levar a um maior reequilíbrio do mercado global de petróleo”, disse ele antes da principal sessão ministerial.
Especialistas da OPEP + confirmaram as previsões anteriores de um salto considerável de 6 milhões de bpd na demanda de petróleo em 2021, conforme o mundo se recupera da pandemia COVID-19, disseram fontes da OPEP +.
A OPEP + cortou a produção em um recorde de 9,7 milhões de bpd no ano passado, uma vez que a demanda entrou em colapso quando a pandemia COVID-19 ocorreu pela primeira vez. A partir de julho, os freios ainda em vigor ficarão em 5,8 milhões de bpd.