A Virgin Orbit, do bilionário Richard Branson, anunciou na segunda-feira (23) que vai abrir o capital por meio de uma fusão de cheque em branco em um negócio que o avalia em US$ 3,2 bilhões, e inclui um investimento da Boeing.
O acordo da Virgin Orbit com a NextGen Acquisition Corp. II (NASDAQ:NGCA) também inclui um investimento privado em capital público (PIPE) de US$ 100 milhões. Boeing (BOV:BOEI34) e AE Industrial Partners participaram da rodada do PIPE, além de outros investidores.
As ações da NextGen subiram 2,7% nas negociações da manhã de segunda-feira, enquanto as ações da Boeing subiram 1,62%.
A Firefly, a startup Rocket Lab e a Virgin Orbit são vistas como pioneiras em uma nova geração de empresas que constroem sistemas de lançamento miniaturizados para lucrar com o crescimento exponencial de satélites compactos, esperado nos próximos anos.
Essas empresas oferecem um método exclusivo de “lançamento aéreo” para enviar satélites para órbita com sistemas de lançamento pequeno.
As empresas de cheque em branco, também conhecidas como empresas de aquisição de propósito específico (SPACs), usam o capital levantado por meio de uma oferta pública inicial para se fundir com uma empresa privada e torná-la pública.
A Virgin Orbit, que foi desmembrada da empresa de turismo espacial Virgin Galactic Holdings Inc (NYSE:SPCE) de Branson em 2017, chegou ao espaço pela primeira vez em janeiro, quando colocou dez satélites da NASA em órbita, após uma tentativa fracassada no ano passado.
A empresa é liderada pelo veterano da aviação Dan Hart, ex-executivo da Boeing. A VOX Space LLC, unidade de serviços governamentais da Virgin Orbit, está vendendo lançamentos para os militares dos EUA. A empresa ganhou um contrato de US$ 35 milhões com a Força Espacial dos EUA para três missões no ano passado.
Espera-se que o negócio com a aquisição da NextGen forneça US$ 483 milhões em receitas para a empresa combinada. A Virgin Orbit será listada na Nasdaq, após o fechamento da fusão, sob o símbolo “VORB”.