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Camil Alimentos ainda tem grande capacidade financeira para fazer outras aquisições

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A Camil Alimentos (BOV:CAML3) ainda tem grande capacidade financeira para fazer outras aquisições, segundo o diretor-presidente da empresa, Luciano Quartiero. A empresa concluiu o segundo trimestre fiscal deste ano, encerrado em agosto, com caixa de R$ 1,366 bilhão, incluindo aplicações financeiras, e alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 1,6 vez. O indicador ainda não inclui a despesa com as compras recentes feitas pela empresa da Dajahu, de arroz do Equador; da Pastifício Santa Amália, de massas; e da marca de café Seleto, da JDE. “Após a conclusão das operações, a companhia deve ficar com alavancagem entre 2,1 vezes e 2,2 vezes. Ainda temos capacidade financeira para fazer outras aquisições”, disse o executivo há pouco, em teleconferência com investidores para apresentação de resultados.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Flávio Vargas, acrescentou que, mesmo após a conclusão das operações, a alavancagem da companhia deve ficar abaixo de um patamar considerado confortável, de 2,5 vezes. “O atual patamar de dívida líquida mostra que temos capacidade grande para financiar outras aquisições alavancando a companhia. Concretizamos uma série de oportunidades e continuamos com muito apetite em olhar outras”, afirmou Vargas. O executivo explicou que a empresa também vem trabalhando para melhorar o perfil de endividamento e alavancagem, refinanciamento empréstimos ou fazendo novos financiamentos para custear as aquisições.

Sobre as novas operações, Quartiero disse que a expectativa é de conclusão da aquisição da mineira Santa Amália este mês. A Camil comprou a empresa por R$ 260 milhões e também assumirá o endividamento da companhia de R$ 150 milhões. A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a transação no fim de setembro. “Tínhamos um desejo antigo de entrar na cadeia de trigo e trata-se de uma empresa que tem liderança no mercado de Minas Gerais. É um ativo que vai ajudar a entender a dinâmica nova de distribuição e de produto novo no portfólio”, comentou Quartiero.

Em relação ao mercado de café, no qual adquiriu a marca Seleto da JDE, Quartiero relevou que a empresa estuda a construção de uma nova planta fabril para a marca. “Temos objetivo de recuperar o espaço que a marca teve no passado. Vamos trabalhar nos próximos meses para entrar neste mercado, revisando toda a plataforma de distribuição. No momento, é uma entrada sutil”, disse. O valor do negócio não foi divulgado pelas companhias. Ele acrescentou que a empresa está “entusiasmada” com a entrada no setor, por ser segmento “extremamente valorizado”. Sobre a Dajahu, de arroz do Equador, o executivo pontuou que a transação de US$ 36,5 milhões reforça a atuação da companhia na América Latina. A Camil assumi a operação em 15 de setembro.

O diretor-presidente afirmou ainda que a empresa estará focada nos próximos dois trimestres na execução das três novas categorias, que tendem a render melhores desempenhos para a empresa nos dois últimos trimestres do ano. “Teremos dois meses de operação no Equador, um mês com Santa Amália e talvez um mês com café. Já expressávamos vontade de entrar na cadeia de massas e café. Entendemos que as duas categorias são sinérgicas às nossas operações. Também expressamos isso quando entramos em açúcar e pescados”, destacou Quartiero.

Açúcar – A queda de 1,7% na quantidade vendida de açúcar pela Camil Alimentos no segundo trimestre fiscal de 2021, encerrado em agosto, em comparação com igual período do ano passado refletiu a menor oferta da commodity no mercado, disse o diretor-presidente da empresa, Luciano Quartiero. “Não há mudança de estratégia da companhia. O menor volume está relacionado à menor oferta da commodity no período”, afirmou o executivo. A produção de açúcar nesta safra no Centro-Sul do Brasil foi menor do que na temporada passada, em virtude de condições climáticas adversas.

Na avaliação de Quartiero, o recuo também refletiu o aumento de preços do produto. “Sentimos que, quando há uma movimentação forte de preços, o mercado leva um tempo para se reestruturar. O açúcar teve um aumento de preços e a companhia repassou esse reajuste”, afirmou o executivo. Para os próximos trimestres, a companhia espera ter melhores volumes de açúcar e melhor rentabilidade na comparação com o primeiro trimestre do ano.

Flávio Vargas avaliou os resultados do segundo trimestre como “bastante sólidos”. A Camil Alimentos obteve lucro líquido de R$ 106,5 milhões no período, queda de 23,2% ante igual período do ano passado, quando a companhia registrou lucro de R$ 138,6 milhões. O lucro por ação também diminuiu 23,2% na comparação anual, para R$ 0,29. A receita líquida aumentou 16%, para R$ 2,22 bilhões. Já Quartiero afirmou que a conjuntura de mercado está mais difícil, com desemprego em alta e economia em retração. “Essa conjuntura faz com que operemos abaixo das margens comuns de rentabilidade”, apontou.

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