ADVFN Logo

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for discussion Cadastre-se para interagir em nossos fóruns de ativos e discutir com investidores ideias semelhantes.

Fechamento de ciclo, abertura de ciclo

LinkedIn

mercadi

“São dois os mais fortes guerreiros de todos:
o Tempo e a Paciência”
— Leon Tolstói

 

O Copom errou para baixo em 2%, vai errar para cima em 12%?

Juros sobem, juros caem, juros sobem.

E assim por diante, até o fim dos tempos.

Há dor nos excessos atingidos a cada pico e a cada vale, mas há também uma lógica saudável nessas oscilações.

Aprendemos mais transitando entre altos e baixos do que se a vida fosse simplesmente uma linha reta.

No contexto atual, por exemplo, estamos aprendendo que fluxos de caixa muito concentrados na perpetuidade podem ser um problema.

Quando os juros sobem, o valor presente de um infinito qualquer converge para muito próximo de zero. Não sobra muita coisa.

Essa é uma séria questão de valuation, sem dúvida.

Empresas até então chamadas de “disruptivas”, com “puro crescimento exponencial”, de repente veem suas ações caírem -40%, -60% ou -80%, graças a um ajuste simples do denominador intertemporal.

Contudo, há outra questão mais séria, pouco citada nos círculos dos financistas, e que — muito antes dos juros — coloca em xeque as concepções de negócio concentradas em fluxos de caixa futuros.

Essa última questão é: quem são os C-Levels, VPs, diretores, gerentes, analistas e estagiários que levarão a empresa à perpetuidade?

Porque sozinha ela não vai, nem a Tesla inventou autopilot para isso ainda.

Aliás, a Tesla que tem em seu fundador, Elon Musk, a prosopopeia da obstinação por trás de uma ideia maluca, a prova de que uma empresa que aposta em perpetuidade depende de pessoas igualmente perpétuas, que não desistam no meio do caminho.

Falo isso — você deve imaginar — por conta de algo que aconteceu nesta semana: o IPO do Nubank.

Alguém de fora pode se assustar com o fato de que Nubank (US$ 42 bilhões) hoje vale mais do que Itaú (US$ 38 bilhões), mas há um motivo justo para isso.

Na média, os colaboradores e sócios que trabalham no Nubank estão interessados em dedicar à empresa muitos mais anos futuros do que seus pares de Itaú.

A perpetuidade está logo ali para quem não se deixa sufocar por ela.

Você vai nadando uma piscina de 25 metros por vez, e outra, e outra, e outra, e de repente, cruzou o Canal da Mancha sem nem perceber.

Deixe um comentário