O dólar comercial fechou em R$ 5,5352, com queda 0,07%. Acompanhando o movimento do exterior, a moeda norte-americana operou em baixa durante grande parte da sessão. A tendência, porém, é que o endurecimento da política monetária nos Estados Unidos reverta este quadro e o dólar volte a subir.
Segundo o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, “os dados americanos deveriam reforçar o dólar, mas ocorre um ajuste no preço já que ele subiu muito nas últimas semanas”.
Rosa, contudo, acredita que este movimento não é duradouro: “À medida que o aperto monetário for confirmado nos Estados Unidos, o dólar voltará a ficar forte”. Enquanto isso, pontua o economista, o Brasil deve acompanhar o exterior nesta desvalorização do dólar.
“Não ter novidades internas também ajuda, sem os ruídos que afastam os investidores”, diz Rosa, referindo-se aos costumeiros entraves fiscais e políticos.
De acordo com o economista da Guide, Victor Beyruti, “de certo modo, o mercado ficou aliviado com a inflação nos Estados Unidos, o que diminui as chances do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) aumentar quatro vezes os juros, acima das três altas projetadas inicialmente”. O economista ainda acredita que o mercado está encontrando um ponto de equilíbrio com as expectativas dos próximos passos da instituição norte-americana.
De pano de fundo, sublinha Beyruti, as incertezas fiscais não saíram do radar: “Segue a novela da pressão dos reajustes dos servidores, e isso também voltar a pressionar o câmbio”, alerta.
Para o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, “o dólar, por outro lado, deve ter dia de alta, após duas sessões de fortes quedas”. O economista refere-se aos últimos dois dias como um movimento de ajustes, com o real voltando a perder força.
Borsoi ainda destaca que o CPI (Indice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) foi o maior dos últimos 40 anos (0,5% em dezembro e 7,0% no acumulado de 2021), e que isso alimenta ainda mais as chances do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) aumentar os juros ainda neste trimestre.
Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
03/01/2022 | 5,6617 | 5,6627 | 1,557% | 0,0868 |
04/01/2022 | 5,6895 | 5,69 | 0,482% | 0,0273 |
05/01/2022 | 5,7111 | 5,7121 | 0,388% | 0,0221 |
06/01/2022 | 5,679 | 5,68 | -0,562% | -0,0321 |
07/01/2021 | 5,631 | 5,6315 | -0,854% | -0,0485 |
10/01/2022 | 5,6738 | 5,6743 | 0,76% | 0,0428 |
11/01/2022 | 5,5793 | 5,5798 | -1,665% | -0,0945 |
12/01/2022 | 5,5343 | 5,5348 | -0,807% | -0,045 |
13/01/2022 | 5,529 | 5,5295 | -0,096 | -0,0053 |
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