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Investir no futuro traz retornos presentes

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Embora hoje em dia muito se fale sobre sustentabilidade, esse termo demorou a se fixar verdadeiramente, pelo menos aqui no Brasil. Apesar de já ser de praxe haver esse “delay”, ou seja, esse atraso sobre ações estrangeiras que demoram a chegar até nossas terras, por lá também foi preciso muito tempo antes de se pensar em sustentabilidade.

Diversos autores afirmam que o termo foi cunhado na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia, em 1972. Até então, era carente uma abordagem mais expressiva do tema, e muito raras eram as empresas que se prestavam a tomar ações com essa vertente em seus negócios, até porque havia pouca iniciativa governamental também. Sem fundamentos legais que exigissem isso, pouco ou nada era feito.

Por aqui, foi apenas com a Rio-92, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que a atenção começou a se voltar para a sustentabilidade. O país “bonito por natureza” sempre ganhou destaque por seus recursos naturais abundantes e, é claro, não poderia deixar de sediar uma conferência que contou com diversos representantes internacionais.

De lá para cá, muitas ações foram tomadas em vários âmbitos: sociais, empresariais e ambientais. Sobre isso é que trata o livro ISE – Sustentabilidade no Mercado de Capitais, assinado pelos jornalistas Adalberto Wodianer Marcondes e Celso Dobes Bacarji, publicado pela Report Ed., em 2010.

O que é o ISE

ISE é a sigla para Índice de Sustentabilidade Empresarial, ou seja, que mede o desempenho das companhias quanto às práticas ESG (sigla para Environmental, Social and Governance. No bom português: ambiental, social e governança). A Bolsa de valores foi uma grande representante em se tratando de criar esse indicador para medir o desempenho sustentável das empresas listadas. O livro revela que, em 2005, a então BM&FBovespa lançou esse índice, o quarto indicador do tipo no mundo e o primeiro na América Latina.

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Quem foram os pioneiros

1999 – Dow Jones Sustainability Indexes (DJSI), criado em Nova Iorque;

2001 – FTSE4Good, de Londres;

2003 – JSE, de Joanesburgo, África do Sul;

2005 – ISE brasileiro.

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Em 2005, já havia uma grande pressão da sociedade civil sobre as atitudes empresariais em prol do meio ambiente, mas ser sustentável envolvia também temáticas muito amplas, como preceitos sociais, ambientais e financeiros integrados, o chamado triple bottom line. Portanto, o ISE acabou incorporando “um conjunto de empresas listadas na Bovespa quanto à natureza do seu produto ou serviço, à qualidade da gestão ambiental da empresa, ao seu relacionamento com as partes interessadas, ao tratamento aos acionistas minoritários, à transparência e ao grau de prestação de contas dessas práticas e ao desempenho econômico-financeiro tradicional”, revela a obra.

Na primeira carteira de empresas com bom desempenho de práticas sustentáveis do ISE, entraram 28 empresas. As estreantes foram: ALL America Latina, Aracruz, Belgo Mineira, Banco do Brasil, Bradesco, Braskem, CCR Rodovias, Celesc, Cemig, Cesp, Copel, Copesul, CPFL Energia, DASA, Eletrobras, Eletropaulo, Embraer, Gol, Iochpe-Maxion, Itaúbanco, Itaúsa, Natura, Perdigão, Suzano Papel, Tractebel, Unibanco, VCP e Weg.

Segundo o livro do ISE, “No Brasil, desde 1999, duas empresas, a Cemig e o Itaú, já integravam o DJSI, divulgando esse fato como um valor da marca. O Unibanco havia iniciado, no começo de 2001, pesquisas sobre ações sociais e ambientais de empresas listadas na Bovespa para fundos éticos no exterior”.

Vale dizer que nenhuma companhia é obrigada a participar de nenhum índice, seja ele nacional ou internacional, elas são convidadas ou se voluntariam. Atualmente, as empresas convidadas a participar do ISE são aquelas que possuem as ações mais líquidas da Bolsa e o processo se dá pelo preenchimento de um questionário composto por perguntas referentes ao plano econômico-financeiro delas, sua dimensão ambiental, de governança corporativa, social, ações de mudança do clima e natureza do produto, além de perguntas gerais.

Das empresas participantes, somente algumas são selecionadas conforme seu melhor desempenho e passam, então, a compor o índice. Neste ano, o grupo foi formado por 46 ações e companhias que representam 27 setores. São elas: AES Brasil Energia, Americanas S.A., Ambipar, Arezzo, Azul, Bradesco, Banco do Brasil, BTG Pactual, Braskem, BRF, CCR, Cemig, Cia Brasileira de Distribuição, Cielo, Copel, Cosan, CPFL, Dexco, Ecorodovias, EDP, Engie, Fleury, Iochpe Maxion, Itaú Unibanco, Itausa, Klabin, Light, Lojas Renner, M Dias Branco, Magazine Luiza, Minerva, Movida, MRV, Natura, Neoenergia, Raia Drogasil, Rumo, Santander, Simpar, Sul America, Suzano, Telefônica, Tim, Via, Vibra e Weg.

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Perguntas de natureza do produto

No começo, quando o ISE surgiu, a avaliação da natureza do produto foi bem polêmica, afinal basta pensar nas empresas fabricantes de tabaco, álcool e armas, elas teriam uma boa pontuação?

“A maneira como o questionário tratou da questão foi muito inteligente. Ele introduziu uma métrica sofisticada para identificar os produtos portadores de problemas por sua própria natureza. Por exemplo, logo na primeira questão, o questionário pergunta: ‘Usado dentro das especificações, o produto pode causar a morte do usuário?’. […] Com isso, pode-se distinguir um produto que faz mal à saúde sempre que utilizado, como o cigarro, de outro que faz mal apenas se utilizado inadequadamente”, explica Aron Belink no livro do ISE.

Ao mesmo tempo, as empresas poderiam realizar ações compensatórias para melhorar o desempenho sustentável. De acordo com a obra, “Com ações de informação e de educação do consumidor, de instruções de uso, de dosagens e de advertências necessárias, um produto pode reduzir seus riscos de utilização inadequada”.

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O resultado do ISE é divulgado anualmente e fica disponível na página da Bolsa de valores brasileira, que conta também com as diretrizes de cada categoria de perguntas que compõem o formulário a ser respondido pelas companhias. Assim, não somente as selecionadas podem ter acesso, mas todas as empresas listadas na Bolsa, o que torna o índice – e a sua essência, que é promover a sustentabilidade empresarial – uma referência para o mercado de capitais em geral.

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“Os resultados falam por si. As companhias estão mais engajadas e buscando evoluir em suas práticas ESG. Tão importante quanto evoluir é apresentar esse resultado para a sociedade, consumidores e investidores. O ISE B3 as conecta com este último público, que vem buscando bons ativos do ponto de vista da sustentabilidade para aplicar seus recursos”, comenta César Sanches, superintendente de Sustentabilidade da B3.

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