BR Malls (BRML3): lucro líquido de R$ 186,2 milhões no 4T21, queda de 6,6%

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A operadora de shoppings centers BR Malls registrou lucro líquido de R$ 186,2 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 6,6% em relação ao mesmo período de 2020. No consolidado do ano, o lucro foi de R$ 186,9 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 293,8 milhões reportado um ano antes.

A receita líquida somou R$ 373,3 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 39,9% na comparação com igual etapa de 2020, destaque para evolução do aluguel percentual que encerrou o trimestre em níveis superiores ao de 2019 e para prestação de serviços com início da incorporação dos resultados da adquirida Helloo.

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado teve alta de 22,1% entre outubro e dezembro, para R$ 188,8 milhões na base anual. A margem do Ebitda ajustado ficou em 50,6%, caindo 7,4 pontos percentuais no trimestre.

No critério anual, o Ebitda ajustado foi de R$ 689,5 milhões, um aumento de 31,1% ante o ano anterior, com margem de 58,3%, alta de 3,3 pontos porcentuais.

O fluxo de caixa provenientes de operações (FFO, na sigla em inglês) totalizou R$ 61,6 milhões, com margem de 16,5%.

As vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) subiram 18% no último trimestre do ano passado, crescimento de 34,3 pontos porcentuais em relação ao mesmo período de 2020.

Os aluguéis mesmas lojas (SSR, no acrônimo em inglês) cresceram 45,6% no 4T21, alta de 62,2 pontos percentuais na comparação com igual etapa de 2020.

O índice de inadimplência líquida foi de 1,8% no quarto trimestre de 2021, avanço de 7,3 pontos percentuais sobre mesma etapa de 2020.

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 2,574 bilhões no final de dezembro de 2021, crescimento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2020.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,7 vezes em dezembro/21, queda de 0,9 vez em relação ao mesmo período de 2020.

Os resultados da BR Malls (BOV:BRML3) referente suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 18/03/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

O CEO da brMalls (BRML3), Ruy Kameyama, detalhou, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira (18), os motivos pelos quais a empresa não aceitou a proposta de combinação de negócios com a Aliansce Sonae. Ontem, a brMall reportou lucro líquido de R$ 186,2 milhões no 4º trimestre, queda de 6,6%.

“A administração da brMalls não é contra a combinação de empresas, mas é fortemente contra os termos financeiros propostos. Estamos prontos para negociar proposta verdadeira de ativos, desde que reflita o valor justo da empresa”, afirmou.

Apesar de negar a proposta feita pela Aliansce Sonae, a brMalls (BRML3) diz que está aberta a novas propostas do mercado para fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). Mas também está muito focada em crescimento orgânico para os próximos três anos.

Conforme Kameyama, a companhia mantém conversas para M&A de outros negócios, acrescentando que vê mérito em fusões, mas que a proposta da Aliansce Sonae esbarra na “questão de preço e a relação de troca é essencial para se criar valor para os acionistas da brMalls”.

Ruy ressaltou ainda que a brMalls é uma empresa que tem um ótimo portfólio, estratégia clara de evolução e trajetória crescente. “Existem outras conversas em curso que não são públicas”, afirmou. A companhia está em negociação, por exemplo, com a empresa de shoppings Ancar.

Razões para não aceite da Aliansce

Ele destacou quatro pontos que levaram os consultores da companhia a recusar a proposta. A brMalls entende que a proposta não se trata de uma fusão e sim de uma aquisição, já que os controladores da nova companhia seriam a Aliansce Sonae. Sendo assim, a brMalls não vê prêmio de controle para os acionistas da companhia.

Kameyama destacou também que a ação da brMalls foi subavaliada e que a proposta oneraria os acionistas da brMalls, que arcariam com metade da nova dívida de R$ 1,85 bilhão. Seria então um aumento do endividamento da companhia e reduziria os benefícios das sinergias para os acionistas da brMalls.

Para a companhia, há também uma significativa diferença da qualidade do porfólio das duas empresas. Kameyama afirmou que os shoppings da brMalls têm melhores números de vendas, alugueis e NOI do que os da Aliansce Sonae.

O último ponto é que setor de shoppings passa por desafios estruturais e a brMalls vê que o portfólio da Aliansce tem “pontos de atenção em shoppings vulneráveis, que são riscos relevantes”.

BrMalls e a Covid

Ruy Kameyama, CEO da brMalls (BRML3), avaliou ainda que a Covid ficou para trás e que a companhia está voltando com força para 2022. Segundo ele, os números de 2021 da empresa mostram que o ano foi um ponto de inflexão, onde os impactos da Covid-19 são águas passadas.

O executivo acrescentou que os próximos três anos vão ser muito bons para o business tradicional da empresa e também para a aquisição e integração das novas companhias. “Novas soluções de negócios vão aumentar valor. O diferencial será não a quantidade de shoppings, mas a escala, qualidade e novas soluções”, afirmou.

Rentabilidade

Kameyama afirmou que a expectativa é de crescimento de topline, Ebitda e melhores margens para 2022. A margem Ebitda deve ficar acima de 70% este ano. “Vamos desalavancar e recuperar o FFO”, afirmou em teleconferência com analistas.

Além disso, a empresa projeta que receita de mídia alcance 20% da receita total da companhia. Após a aquisição da empresa Hello Mídia Brasil em setembro de 2021, a brMalls afirmou que já colhe os frutos da nova companhia e projeta uma avenida de crescimento importante para este segmento nos próximos anos.

Eduardo Langoni, CFO, afirmou em teleconferência, que as receitas de mídia vêm ganhando relevância a cada trimestre, e “é uma avenida importante para a brMalls”.

Houve aumento de 29,7% de receita de mídia no 4TRI21, demonstrando a incorporação da Hello. Ela representou 6,5% da receita bruta total de brMalls. A expectativa é que ela corresponda a 20% da receita total da companhia.

VISÃO DO MERCADO

Citi

Os resultados do BR Malls foram positivos no quarto trimestre, com destaque para ocupação de 98,1%, a melhor do setor, diz o Citi. O banco americano destaca que os aluguéis ainda estão defasados ante a inflação, como foi no caso com Iguatemi, mas estão acelerando.

Os analista André Mazini e Renata Cabral escrevem que as receitas de R$ 373 milhões vieram 17% acima do esperado, impulsionadas pelo resultado de serviços e estacionamentos. As vendas mesmas lojas ainda estão abaixo do nível de 2019, também atrás de pares.

Sobre a rejeição da proposta de aquisição da Aliansce Sonae, o banco americano destaca que o caminho agora será a companhia usar sua participação de 7% na BR Malls para convocar uma assembleia de acionistas.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 10,00…

Credit Suisse

A operadora de shopping centers BR Malls apresentou resultados positivos no quarto trimestre de 2021, sustentados pela redução dos descontos nos aluguéis e pela expansão do volume de vendas, avalia o Credit Suisse, em relatório. O banco ressalta, porém, que o resultado segue aquém de outras empresas do setor.

Os analistas Dabiel Gasparete e Pedro Hajnal escrevem que a BR Malls ficou atrás das rivais Multiplan e Iguatemi em relação ao aluguel de mesmas lojas, com alta de 24% ante 2019, mas vem diminuindo a diferença no primeiro trimestre de 2022, atingindo 39% em fevereiro.

A empresa registrou uma inadimplência líquida negativa em 2%, o que possibilitou a redução do seu provisionamento para devedores duvidosos, dizem os analistas. Por outro lado, a BR Malls anunciou hoje a recusa da segunda proposta de fusão da Aliansce.

Os analistas destacam ainda que as vendas atingiram os níveis do quarto trimestre de 2019, em alta de 2%, mas as vendas em mesmas lojas ainda foram negativas em relação a 2019, em queda de 0,5%. Já o custo de ocupação voltou aos níveis pré-pandemia de 10%.

Credit Suisse mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 10,50…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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