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Embraer (EMBR3): prejuízo líquido de R$ 428 milhões no 1T22, redução de 18,1%

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A Embraer encerrou o primeiro trimestre de 2022, com prejuízo líquido de R$ 428 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), o que representa uma redução de 18,1% em relação ao mesmo trimestre de 2021 (1T21). O resultado líquido atribuído a acionistas ficou negativo em R$ 170,7 milhões, 65% menor do que a perda líquida de R$ 489,8 milhões registrada um ano antes.

A receita líquida trimestral foi de R$ 3,076 bilhões, queda de 30,9% ante o mesmo período do ano passado. Segundo balanço divulgado à CVM, o resultado foi afetado principalmente por menores entregas na Aviação Comercial e Executiva e menores receitas na Defesa & Segurança, apenas parcialmente compensadas por maiores receitas em Serviços & Suporte.

“Além disso, as entregas no trimestre foram impactadas negativamente pelo período de um mês de paralisação da companhia, em janeiro de 2022, devido a reintegração da unidade de negócio de Aviação Comercial”, diz a Embraer.

O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado caiu 55,2% no 1T22, totalizando R$ 45,4 milhões. Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 1,5% no período, baixa de 0,8 pontos percentuais frente a margem registrada em 1T21.

A margem bruta consolidada foi de 20,3% no 1T22, superior aos 9,5% reportados no 1T21, com melhora em todos os segmentos, especialmente na Aviação Comercial e Executiva.

O fluxo de caixa livre no primeiro trimestre de 2022 teve um uso de R$ 434,8 milhões, que representou uma melhora significativa em relação ao consumo de R$ 1,211,0 bilhões no fluxo de caixa livre no 1T21, tendo seu melhor desempenho desde o 1T10, e consistente com as medidas de otimização de capital de giro e de eficiência da companhia.

Com exceção da divisão de suporte e serviços da companhia, todas as demais registraram queda importante na receita líquida no trimestre inicial de 2022, acima de 40% na comparação anual.

No 1T22, houve reconhecimento de créditos de R$ 3,8 milhões relacionados a despesas com a folha de pagamento devido ao hedge de fluxo de caixa, que mitigou a exposição frente à variação cambial tendo em vista que aproximadamente 13% dos custos são em reais, segundo a Embraer.

A aviação comercial reportou uma redução na receita de 44% no ano para R$ 853,9 milhões devido à expectativa de entregas menores de aeronaves no trimestre. No 1T22, a margem bruta consolidada da Aviação Comercial foi de 11,2%, superior aos -1,3% reportado no 1T21.

A aviação executiva apresentou receita de R$ 448,9 milhões no 1T22, que quando comparada ao 1T21 foi 47% menor, devido a uma redução esperada de 38% nas entregas do período. No entanto, a margem bruta consolidada reportada no 1T22 foi de 18,5%, superior aos 6,6% reportados no 1T21.

Em defesa e segurança reportou uma queda de receita de 50% para R$ 353,8 milhões, impactada principalmente por não ocorrerem entregas de KC-390 no trimestre. A margem bruta consolidada de Defesa & Segurança reportada no 1T22 foi de 14,5%, superior aos 10,4% reportados no 1T21.

Na parte de serviços e suporte apresentou receita de R$ 1.407,9 milhões, representando um crescimento de 3% em relação ao ano anterior, demonstrando a contínua e sólida recuperação das atividades de voo das companhias aéreas desde o pico da pandemia em 2020. A margem bruta consolidada de Serviços & Suporte no 1T22 foi de 26,9% superior aos 24,3% relatados no 1T21.

A Embraer entregou 14 jatos no primeiro trimestre deste ano, dos quais seis aeronaves comerciais e 8 jatos executivos.

A carteira de pedidos firmes (backlog) encerrou o 1T22 em US$ 17,3 bilhões (+US$ 0,3 bilhão comparado ao 4T21). O maior nível desde 2T18, impulsionado por um nível de pedidos consistente.

A Embraer entregou 56 jatos da série Phenom 300 no ano passado, consolidando a excelência do produto por uma década e domínio de mercado. A série Phenom 300 teve uma média anual de 50 aeronaves entregues por ano desde que entrou no mercado, em dezembro de 2009. No primeiro trimestre de 2022, as vendas na Aviação Executiva seguem um ritmo de crescimento.

No segmento de Defesa, a Embraer assinou dois contratos com o Exército Brasileiro, sendo o primeiro para a aquisição pelo Exército de quatro unidades adicionais de radares SABER M60, em sua versão 2.0, e o segundo para o desenvolvimento e a implantação da Fase Dois do Programa Estratégico do Exército para o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).

No segmento de Serviços e Suporte, a Embraer assinou um amplo acordo de serviços de longo prazo com a Air Peace para apoiar a frota de jatos E195-E2 e ERJ 145 da companhia aérea. O contrato inclui acesso ao Programa Pool, que inclui troca de componentes e serviços de reparo para centenas de itens das aeronaves da Embraer da Air Peace, e a instalação do Ahead-Pro Entregas por Segmento 1T22 Aviação Comercial 6 E175 4 E195-E2 2 Aviação Executiva 8 Phenom 100 1 Phenom 300 5 Jatos Leves 6 Praetor 600 2 Jatos Médios 2 TOTAL 14 (Aircraft Health Analysis and Diagnosis – PROgnosis, em inglês) na frota de E195-E2 da companhia. Além disso, a Embraer assinou uma extensão de contrato de longo prazo para o Programa Pool com a German Airways.

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 6,884 bilhões no final de março de 2022, uma diminuição de 36,5% em relação ao mesmo período de 2021.

As adições líquidas ao imobilizado totalizaram R$ 91,9 milhões no 1T22, comparado aos R$ 100,4 milhões do 1T21. Além disso, no total de adições liquidas ao imobilizado no 1T22, o Capex representou R$ 43,9 milhões, e adições do programa de Pool de peças de reposição representaram R$ 51,2 milhões, parcialmente compensados pela baixa de imobilizado de R$ 3,2 milhões provenientes do resultado de venda de imobilizado.

Projeções para 2022

A Embraer manteve as projeções para resultados em 2022, apesar das dificuldades enfrentadas nos três primeiros meses do ano e deve revisar para cima a estimativa para o fluxo de caixa livre, indicou a direção da fabricante brasileira de aeronaves.

A companhia havia projetado fluxo de caixa livre de US$ 50 milhões ou mais em 2022, comparável a US$ 292 milhões em 2021.

De acordo com o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, a paralisação nas fábricas do Brasil em janeiro para reintegrar os sistemas da aviação comercial pressionaram os resultados no trimestre, mas não afetaram o “guidance”.

“Apesar dos desafios, entregamos resultados importantes no primeiro trimestre”, disse. As entregas de jatos executivos e comerciais, porém, ficaram “um pouco abaixo do esperado”, conforme Gomes Neto, por causa da paralisação de cerca de 30 dias nas operações.

Os resultados da Embraer (BOV:EMBR3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 28/04/2022. Confira o Press Release completo!

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De acordo com o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, a paralisação nas fábricas do Brasil em janeiro para reintegrar os sistemas da aviação comercial pressionaram os resultados no trimestre, mas não afetaram o “guidance”.

“Apesar dos desafios, entregamos resultados importantes no primeiro trimestre”, disse. As entregas de jatos executivos e comerciais, porém, ficaram “um pouco abaixo do esperado”, conforme Gomes Neto, por causa da paralisação de cerca de 30 dias nas operações.

Conforme o executivo, inovação e eficiência seguem como pilares fundamentais da estratégia de crescimento da companhia. “A execução bem planejada e recuperação da empresa permanecem em curso”, afirmou.

“Estamos mantendo o guidance para o ano mesmo com os desafios na cadeia de suprimentos, com problemas na logística global e escassez de produtos”, ressaltou.

Apesar do prejuízo registrado de janeiro a março, a tendência é de resultado líquido positivo nos próximos trimestres, segundo o vice-presidente financeiro e relações com investidores da companhia, Antonio Carlos Garcia.

Receita líquida crescente, maior diluição de custos fixos, redução do pagamento de juros assumidos em compromissos financeiros e recuperação da eficiência tributária com a reintegração legal e de sistemas da aviação comercial suportam essa percepção, comentou o executivo. “Isso terá impacto positivo nos resultados da companhia neste ano”, afirmou.

O vice-presidente financeiro da Embraer destacou que ainda há desafios na cadeia de suprimento da aviação, relacionados à falta de mão de obra qualificada em alguns países para retomada dos programas de produção, em particular nos Estados Unidos e na Europa, e escassez de semicondutores. A falta de chips não chegou a afetar a Embraer, ponderou.

“Devemos ter uma visão melhor desses impactos no segundo trimestre”, afirmou, acrescentando que esse cenário já está refletido nas estimativas originais da Embraer.

A expectativa é que a margem bruta consolidada vista no primeiro trimestre, de 20,3%, se mantenha nos próximos trimestres, com “alguma pequena variação” relacionada a mix.

“Estamos muito confiantes com 2022, e sem poder reclamar que não temos toda a eficiência do ponto de vista operacional”, ressaltou.
Francisco Gomes Neto disse ainda que “mesmo com a paralisação de nossas operações no mês de janeiro (cerca de 30 dias), para reintegrar os sistemas à aviação comercial, conseguimos entregar resultados importantes no 1T22”.

O processo de reintegração dos principais sistemas de tecnologia da informação do negócio da aviação comercial foi iniciada em maio de 2020, e fazia parte da revisão do plano estratégico e da execução de iniciativas para o aproveitamento das competências e recuperação de sinergias.

VISÃO DO MERCADO

Ativa

Os resultados da Embraer nos segmentos comercial, executivo e defesa decepcionaram no primeiro trimestre deste ano, avalia a Ativa Investimentos, ressaltando a impressão negativa em relação aos números.

Os analistas Ilan Arbetman e Tadeu Lourenço veem a divisão comercial pressionada pelo estágio atual da aviação.

“Acreditamos que a decisão da companhia em adentrar à conversão de aeronaves comerciais para cargueiros é uma forma de tentar empreender esforços para driblar os desafios atuais”, comentam.

Apesar do resultado no primeiro trimestre, eles esperam um melhor desempenho da aviação executiva a partir do segundo trimestre, com entregas melhores, após a decepção nos primeiros meses do ano.

A equipe da Ativa diz não avistar soluções de curto prazo para melhorar a curva de crescimento da divisão de Defesa & Segurança. “O que já não ocorre em Serviços & Suporte, onde conseguimos ver maior giro operacional”, reforçam.

Os analistas destacam que, mesmo registrando números mais fracos entre janeiro e março, a Embraer reafirmou todos as suas projeções para 2022.

Ativa tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 19,00…

Citi

A Embraer teve resultados “um pouco fracos” no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o Citi, embora a perspectiva para 2022 conte com um fluxo de caixa “potencialmente melhor”.

Os analistas Stephen Trent e Filipe Nielsen apontam que o Ebitda da companhia ficou 61% abaixo das estimativas do banco. Os créditos tributários, porém, foram “significativamente” maiores do que o previsto.

A companhia afirmou ainda que seu fluxo de caixa livre ajustado foi o melhor para o período em dez anos, o que deve ajudar a Embraer a atingir a meta de US$ 50 milhões em fluxo de caixa livre neste ano.

“Por outro lado, as 14 entregas de jatos no trimestre estão no patamar de menor nível de entregas para o período”, alertam os analistas. Os níveis de produção da companhia também permanecem baixos, de acordo com o Citi, apesar da carteira de pedidos ter somado US$ 17,3 bilhões no último trimestre.

Citi tem recomendação neutra com preço-alvo de US$ 13…

Itaú BBA

O Itaú BBA destacou, em relatório após a divulgação dos resultados, que segue com a visão de que o guidance de 2022 será atingido, apesar dos resultados do 1º trimestre. Os números foram neutros, segundo análise do BBA.

“As entregas fracas anunciadas anteriormente deram o tom para os resultados do 1T22 da Embraer, que foram afetados pela baixa alavancagem operacional em geral, levando a uma margem EBIT negativa de 6%”, destacou.

“As despesas de reintegração e arbitragem relacionadas à tentativa de fusão com a Boeing continuaram sendo ventos contrários significativos no período”, segue, sobre pontos negativos.

“Apesar do início de ano fraco, acreditamos que a Embraer conseguirá atingir seu guidance para 2022, que foi reafirmado hoje”.

UBS tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 21,00…

UBS

Segundo o UBS, os resultados da Embraer vieram em linha com as expectativas. As vendas caíram 25% no comparativo anual, principalmente devido a menos entregas de aeronaves, enquanto a defesa veio mais leve do que o esperado, o que levou a maior parte da queda das estimativas.

O Ebitda ajustado foi de US$ 13,2 milhões, em linha com estimativas do banco, enquanto o consenso foi de US$ 25 milhões. Conforme o relatório, o desempenho da margem bruta é animador e parece que as vendas de jato executivo continuam muito fortes, o que deve fornecer uma base sólida para o crescimento.

Assim, o banco mantém recomendação de compra para Embraer, com preço-alvo de US$ 24.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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