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Via (VVAR3): lucro líquido atribuído de R$ 18 milhões, queda de 90%

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A Via registrou lucro atribuído aos controladores de R$ 18 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 90% ante o mesmo período de 2021. Já o lucro líquido operacional somou R$ 86 milhões de janeiro a março, queda de 52,2% na base anual.

Assim, o resultado veio acima do projetado pelo consenso da Refinitiv, que era de prejuízo de R$ 63 milhões.

A varejista explica que “no 1T22, houve R$ 29 milhões de incentivo de subvenção de maneira recorrente. Já no 1T21, houve efeito do incentivo de subvenção recorrente de R$ 33 milhões e R$ 117 milhões de períodos anteriores, totalizando R$ 150 milhões”.

A receita líquida da Via somou R$ 7,399 bilhões, 2% abaixo dos R$ 7,547 bilhões de um ano antes, atingindo uma margem bruta de 31,2%, queda de 0,2 ponto porcentual.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado da Via foi de R$ 758 milhões, crescimento equivalente a 29,8% na comparação de base anual. Já a margem Ebitda ajustada ficou em 10,2%, acima dos 7,7% de um ano antes, “com expressivo avanço de 2,5 p.p. vs. 1T21 em razão dos fortes ganhos de produtividade e bom controle de despesas”, de acordo com a empresa.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 428 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma elevação de 98,8% frente a mesma etapa de 2021.

A piora do resultado financeiro foi em razão, principalmente, do aumento da Selic, parcialmente mitigado pelos melhores spreads sobre o custo.

O lucro bruto somou R$ 2,305 bilhões entre janeiro e março de 2022, uma diminuição de 2,7% na comparação com igual etapa de 2021.

As despesas de vendas, gerais e administrativas somaram R$ 1,609 bilhão nos três primeiros meses do ano, uma redução de 12,8% em relação mesmo período de 2021.

O volume bruto de vendas da Via foi de R$ 10,7 bilhões no período de janeiro a março de 2022. Trata-se de alta de 3,3% na comparação com o mesmo período de 2021.

De acordo com a Via, o desempenho do GMV bruto de lojas físicas, somando R$ 5,5 bi, com crescimento de 2,9% e da receita bruta no 1T22 reflete principalmente um inicio de ano (de janeiro até meados de fevereiro) com um fluxo e performance ainda impactados pelas inseguranças causadas pela pandemia de e aumento de número de casos da variante ômicron.

Entretanto, a partir da metade de fevereiro, a empresa sentiu uma mudança no comportamento, com maior abertura do mercado e retomada de atividades presenciais, consequentemente aumentando uma melhora nas vendas off-line. “O desempenho no conceito “mesmas lojas” (GMV) registrou aumento de 0,3% no período, vs. (-13,8% no 3T21 e -25,2% no 4T21), ou seja, notamos uma grande melhora sequencial, inclusive no mês de abril de 2022”.

No trimestre, os investimentos da Via totalizaram R$ 312 milhões, mantendo a alocação de aproximadamente 60% do total direcionado para projetos relacionados à tecnologia e logística para suportar o crescimento e digitalização da companhia.

No final de março de 2022, o caixa líquido ajustado era de R$ 546 milhões, uma redução de 84,9% em relação ao mesmo período de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,4 vez em março/22, queda de 0,9 vez em relação ao mesmo período de 2021.

Os resultados da Via (BOV:VIIA3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 10/05/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

Na teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre, Paulo Kruglensky, CEO da Vivara (VIVA3), afirmou que as varejistas, de maneira geral, tem dependido cada vez mais de campanhas promocionais para conseguir vender. “A Vivara conseguiu entregar crescimento e margem sem ter promoções específicas. Isso é muito importante para a saúde da marca”, afirmou.

A joalheria registrou um lucro líquido de R$ 45,922 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), quase doze vezes superior (1.073,7%) ao registrado em igual período de 2021 (1T21).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 51,2 milhões, alta de 388,3%. A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada, por sua vez, teve alta de 10,4 pontos percentuais, indo para 15,2%.

No primeiro trimestre deste ano, o market share (participação de mercado) da Vivara cresceu 2,6 pontos percentuais, em relação ao mesmo período do ano passado, para 16,3% – a companhia tem a liderança do mercado. Para Kruglensky, isso deixa a competição em desvantagem, pois a Vivara tem poder de barganha.

“A gente investe quase 50% do faturamento do segundo colocado [no mercado] em mídia. Dificilmente a concorrência consegue impactar o cliente da Vivara e se consegue pagou muito mais caro por isso.”, diz o CEO.

Físico x Digital

O crescimento dos números da Vivara no primeiro trimestre foi pautado pelas lojas físicas, cuja receita bruta atingiu R$ 356,030 milhões no período, um aumento de 67,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita das vendas digitais, por sua vez, caíram 10,9%, para R$ 51,605 milhões.

“A rentabilidade desse canal segue atraente e continuaremos a investir fortemente no crescimento dele, pois acreditamos na sustentabilidade de shares elevados”, afirmou Otavio Lyra, diretor financeiro e de relações com investidores da Vivara, na teleconferência de resultados.

Lyra explica que os investimentos em marketing da Vivara foram responsáveis pelo aumento nos fluxos das lojas. A empresa também quer expandir pontos de vendas físicos em 2022 – o primeiro trimestre terminou com 290 unidades, com a abertura de 2 novas lojas da Vivara e a conversão de 2 quiosques da Life em lojas da marca.

“Não vemos perda de relevância no canal digital, pois ele continua trazendo fluxo para as lojas físicas”, afirma Lyra. A Vivara, inclusive, investe atualmente na troca e melhoria de sua plataforma digital. A empresa aumentou em 47,5% seus investimentos em sistema e tecnologia da informação no primeiro trimestre, para R$ 4,185 milhões.

Previsões positivas

“A gente espera poder trazer, neste ano, potencial de rentabilização da companhia, vindo de margem bruta mais elevada e menos pressionada por incremento de custos, além de uma diluição operacional mais eficiente”, afirma o CFO.

Para o último mês de abril, a expectativa é de um crescimento robusto em relação a um ano atrás, quando ainda se via impactos relevantes da pandemia. Com a flexibilização de restrições e o fim do uso de máscaras, a Vivara vê um retorno de fluxo de clientes nas lojas em todas as restrições.

“No início de maio, batemos recorde no dia das mães em lojas, em um único dia. Isso deve trazer boa tração para o segundo trimestre como um todo”, explica Lyra.

O aumento de “mix” de produtos impulsionou vendas mesmas lojas (SSS) em unidades mais maduras. Paulo Kruglensky explicou que a empresa vem trabalhando no desenvolvimento a aumento da oferta de produtos, combinando itens mais baratos e mais caros. Com isso, a empresa conseguiu a aumentar a quantidade de peças oferecidas, “um desafio que a companhia vinha tendo nos últimos anos”, afirma Kruglensky.

Ele conta que o o aumento do mix contribuiu com a elevação de vendas mesmas lojas (SSS) em unidades mais maduras, como a do Shopping Morumbi, na zona sul de São Paulo. “A gente também vê oportunidade com outras categorias no futuro. Por que não joias masculinas com metais misturados? Investimentos em tecnologia para ter um produto mais leve, com aparência de robustos, um produto forte para continuar crescendo em SSS”, afirma.

No primeiro trimestre deste ano, as vendas mesmas lojas (SSS) da Vivara tiveram avanço de 41,7% na comparação anual, com expansão de 67,1% nas vendas em lojas físicas, na comparação com o primeiro trimestre de 2021.

Os negócios com a linha Life vem se mostrando melhor que o esperado. A receita bruta com a marca de joias colecionáveis da Vivara aumentou em mais de cinco vezes (447,9%) no primeiro trimestre de 2022, para R$ 25,87 milhões, somente nas lojas próprias da Life. Nas lojas da Vivara, as vendas da marca cresceram 57,8% no período.

“A velocidade de maturação das novas loja Life tem ficado acima do esperado, chegando a um faturamento esperado antes do previsto. A grande novidade é a aquisição de novos clientes com lojas Life, aumentando a base de forma acelerada. Todas as lojas Life que abrimos vêm performando super bem e nos anima a acelerar essa parte”, afirma Kruglensky.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

Para o Bradesco BBI, os resultados foram mistos porque, embora a margem Ebitda tenha surpreendido positivamente, o lucro líquido ficou apenas um pouco acima do ponto de equilíbrio e o crescimento do GMV (de 3% em base anual) foi baixo, abaixo do Mercado Libre (alta de 23%) e Americanas (projeção do BBI de avanço de 18% em base anual), em parte devido à maior exposição à categoria de eletrônicos e eletrodomésticos.

Para alcançar a margem Ebitda acima do esperado, o BBI destaca que a Via (assim como outras do segmento) reduziu as despesas operacionais (menor número de lojas) e aumentou as taxas de participação do marketplace. “Dessa forma, achamos que a principal questão que se coloca é até que ponto a Via será capaz de reacelerar o crescimento no final do ano, ou em 2023, mantendo os níveis atuais de rentabilidade do Ebitda”, avaliam os analistas do BBI.

Outra questão que provavelmente afetará a mente dos investidores ao longo do ano, apontam, são os empréstimos inadimplentes. Durante o trimestre, a inadimplência de 90 dias subiu para 9,0% da carteira de 7,9% no 1T21 e 8,7% no 4T21. “Este não é um aumento que vemos como uma luz de alerta, mas será claramente uma métrica importante a ser monitorada até o final do ano”, avaliam. A Via, destacam ainda, avançou em sua promessa de reduzir o capital de giro, com dias de estoque substancialmente reduzidos em relação ao ano anterior.

Embora os resultados sejam vistos como mistos pelos analistas, eles os veem como marginalmente positivos para a ação, dada o valuation combinado com rentabilidade robusta e sinais iniciais de melhora no capital de giro.

“Dito isso, achamos que há pouco apetite entre os investidores nas condições atuais do mercado para comprar ações de crescimento, de comércio eletrônico, principalmente quando o crescimento é baixo e as taxas de juros são altas, mesmo que as avaliações pareçam deprimidas”, avaliam.

Bradesco BBI tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 5,00…

Credit Suisse

Assim, conforme aponta o Credit Suisse, o curto prazo deve permanecer desafiador para as empresas de comércio eletrônico no Brasil, dados os desafios impostos pelo ambiente macroeconômico (ou seja, inflação alta, taxas de juros crescentes e taxas de desemprego ainda altas) e as duras comparações do 2T nas principais categorias.

“Apesar de mostrar os primeiros sinais de inflexão em termos de crescimento, os resultados não alteram significativamente nossa visão. Investidores continuam céticos em relação às empresas de consumo, diante das incertezas no caminho quando se trata de taxas de juros não só no Brasil, mas também nos EUA, que afetam os mercados de ações em todo o mundo”, avalia o banco suíço, que também tem recomendação neutra para o papel.

Goldman Sachs 

O Goldman Sachs também destaca o Ebitda “surpreendentemente forte”, assim como a alta da margem Ebitda (2,7 pontos percentuais acima do consenso), enquanto a receita ficou 4% abaixo do esperado.

Ainda assim, o Goldman Sachs manteve recomendação de venda para Via, pois vê um cenário macro desafiador contínuo, bem como um ambiente operacional competitivo para a empresa. “Enquanto reconhecemos o progresso feito na gestão com as despesas, acreditamos que escalar os negócios online, e o GVM do 3P em particular, exigiriam um retorno de um ciclo de investimento mais profundo”, destacam os analistas. O preço-alvo é de R$ 3,70 (upside de 38%).

 Itaú BBA

A margem bruta da companhia no trimestre superou as projeções do Itaú BBA em 100 pontos base. A margem Ebitda, por sua vez, ficou 50 pontos abaixo do esperado. De qualquer forma, a análise afirma que os resultados da Vivara foram os mais fortes entre as varejistas acompanhadas pela casa.

“A companhia manteve sua trajetória de força nas vendas e sua lucratividade em níveis saudáveis, em meio a um período de deterioração macroeconômica – um grande feito, levando em consideração o cenário difícil para o varejo no primeiro trimestre de 2022”, diz o texto do BBA.

Itaú BBA tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 37,00…

Morgan Stanley 

O Morgan Stanley, por sua vez, segue com recomendação underweight (exposição abaixo da média, ou equivalente à venda), “aguardando um cenário de receita mais favorável, juntamente com uma melhoria adicional da margem líquida”. O preço-alvo é de R$ 4, 48,7% acima do fechamento da véspera.

Segundo o Morgan, apesar dos números positivos de despesas gerais e administrativas, os analistas veem um cenário difícil persistindo para as categorias principais da Via, especialmente para a vertical de eletrônicos.

XP investimentos

A XP destacou que a companhia apresentou um resultado sólido, com destaque para rentabilidade. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da Via ficou 13% acima do esperado pelos analistas da casa. A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) apresentou uma melhora de 1,4 ponto na base anual, indo para 9,1%, beneficiada com maior controle de despesas de vendas, gerais e administrativas. Já a margem Ebitda ajustada foi de 10,2%.

O lucro líquido de R$ 18 milhões também veio acima das expectativas da XP, explicado por resultados operacionais mais fortes que o esperado e subsídios fiscais, mais que compensando maiores despesas financeiras.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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