A Eneva registrou lucro líquido de R$ 237,8 milhões no terceiro trimestre, 34,4% inferior ao apurado em igual período de 2021, quando obteve R$ 362,6 milhões.
A receita líquida da companhia foi de R$ 1,704 bilhão, alta de 11,5%.
O ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – avançou 9,1%, para R$ 597,4 milhões, ante R$ 547,4 milhões na comparação anual.
O desempenho da companhia reflete, principalmente, a conclusão da compra, em condição vantajosa, da térmica Termofortaleza, de 327 megawatts (MW) localizada no Ceará, a continuidade das exportações de energia para a Argentina e a geração de caixa da térmica Jaguatirica II, localizada em Roraima.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 114 milhões no 3T22, comparado ao resultado positivo de R$ 57 milhões no mesmo período do ano anterior.
Essa variação resulta, principalmente, de maiores despesas com juros sobre debêntures, decorrente do aumento do CDI médio no período de análise e da representatividade das de debêntures no endividamento total; impacto de R$ 89,2 milhões no 3T22 referente ao valor justo das debêntures, como resultado das operações de derivativos (swaps) contratadas no trimestre para conversão de dívidas indexadas ao IPCA por exposição ao CDI. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento de receitas de aplicações financeiras comparado ao realizado no 3T21, em função da maior posição de caixa e do crescimento do CDI.
As despesas operacionais cresceram R$ 8,6 milhões no 3T22 versus o 3T21, basicamente devido ao aumento de headcount e a gastos administrativos relacionados ao escopo de atuação.
Os investimentos somaram R$ 486,9 milhões. Deste montante, 48% foram destinados aos projetos em fase de construção, sendo que:
- Na Usina Solar Futura 1, destaca-se a montagem, até o final de setembro de 2022, de mais de um milhão de módulos fotovoltaicos no site, correspondente a 83% do total; a conclusão das atividades da linha de transmissão de 500kv; o comissionamento a quente de seis UFVs, estando pendente apenas a autorização da ONS para o início da operação comercial prevista para o 4T22;
- Na UTE Parnaíba V, destaca-se a realização do primeiro sincronismo da planta em julho de 2022, a conclusão do teste de 96 horas do ONS e a conclusão do teste de performance em outubro, estando pendente apenas a autorização da ONS para o início da operação comercial prevista para o 4T22;
- Na UTE Parnaíba VI, o canteiro de obras já está completamente instalado e, até o final do trimestre, foram concluídas, entre outros marcos, a fabricação da chaminé da caldeira e a montagem em fábrica do diverter dumper. O início da operação comercial da usina está previsto para 4T24.
O saldo de caixa consolidado da Companhia (caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários) era de R$ 8.931 milhões, crescimento de R$ 3.885 milhões em relação à posição registrada no final de junho de 2022. Este montante não contempla o saldo em depósitos vinculados no passivo aos contratos de financiamento da Companhia, no valor de R$ 311,6 milhões.
A dívida líquida consolidada12 totalizou R$ 5.692 milhões no final do período, equivalente a uma relação dívida líquida/EBITDA12 de 2,4x nos últimos 12 meses.
Os resultados da Eneva (BOV:ENEV3) referentes suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 11/11/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney