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Natura (NTCO3): prejuízo líquido atribuído de R$ 560 milhões no 3T22

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O grupo Natura &Co, dono das marcas de beleza Natura, Avon, The Body Shop e Aesop, registrou um prejuízo líquido atribuído aos controladores de R$ 560 milhões no terceiro trimestre, revertendo o lucro de R$ 273 milhões apresentado no mesmo período do ano passado.

A receita líquida totalizou R$ 9 bilhões, com queda de 5,7% em reais e alta de 2,2%% em moeda constante.

A companhia argumenta que “as receitas cresceram em câmbio constante (CC) devido ao forte desempenho de Natura &Co Latam (com alta de 10,2% em CC) e Aesop (alta de 21,5% em CC)”. No entanto, essas altas foram parcialmente compensadas pelos “contínuos desafios na The Body Shop (com queda de 19,5% em CC)” e pelo que a empresa chamou de “desempenho brando da Avon Internacional”, que viu a receita cair 8,1% em câmbio constante, e 3,1 % excluindo Rússia e Ucrânia da conta.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação – somou R$ 772,5 milhões, o que representa uma queda de 5,7% ante o apresentado de julho a setembro do ano anterior.

Segundo a empresa, o resultado negativo foi impulsionado principalmente pelo menor Ebitda e maiores despesas financeiras. A companhia afirma que esses movimentos foram “parcialmente compensados pela recuperação de créditos tributários associados a operações estrangeiras referentes a 2021”. O lucro líquido do terceiro trimestre de 2021, por sua vez, também se beneficiou de ganhos fiscais relacionados a recuperações de créditos no Brasil, segundo o documento da companhia;

O lucro bruto caiu 7,4%, para R$  5,7 bilhões. A Natura viu ainda sua margem bruta cair 120 pontos-base na comparação ano a ano, para 64,1%, com maior custo dos produtos vendidos (CPV).

“Apesar de alguns preços de commodities apresentarem recentemente uma tendência deflacionária, a Natura &Co compra insumos de valor agregado. Os preços dos insumos estão correlacionados aos preços das commodities, mas essa dinâmica tem sido mais do que compensada pelo aumento dos preços de energia e da inflação como um todo”, diz a empresa de cosméticos.

As vendas habilitadas digitalmente, que incluem vendas online (e-commerce + social selling) e vendas por relações por meio dos nossos principais aplicativos digitais, alcançaram 50,1% da receita total, em comparação a 49,8% no 3T21, com crescimento contínuo melhorando a exposição digital na Natura e na Avon.

As despesas operacionais da holding recuaram 5,9%, para R$ 5,5 bilhões. Destaque para os recuos dos gastos administrativos, com pessoal, etc, que recuaram 10,9%, para R$ 1,4 bilhão.

A companhia registrou um prejuízo financeiro de R$ 564 milhões no terceiro trimestre, alta de 92,5% na base anual. A Natura explica que a alta se deu por conta das perdas com taxas de juros, que subtraíram R$ 95,9 milhões do balanço (alta de 88% no ano) e pelos gastos com variação cambial, com destaque para a libra esterlina, o peso argentina e a lira tuca.

A Natura fechou setembro com uma dívida líquida de R$ 5,17 bilhões, ante R$ 4,4 bilhões no mesmo mês de 2021.

Projeções

A companhia também informou que decidiu descontinuar o seu guidance (projeções) para receita líquida consolidada, margem Ebitda consolidada, índice de endividamento líquido consolidado, além de projeções para Avon Internacional, margem Ebitda recorrente, programa de investimentos e, por fim, expectativas de captura de sinergias resultantes das combinações de negócios com a Avon Products.

A retirada do guidance ocorre no contexto da nova gestão, de cinco meses, sob o comando de Fabio Barbosa.

Naquela ocasião, aponta a empresa, foi anunciada uma reorganização da estrutura da Natura &Co, com o objetivo de aumentar as reponsabilidades de suas unidades de negócios e uma estrutura mais simples da holding. As mudanças, recomendadas pelo Comitê de Transição, continuam sendo implementadas pela administração, afirmou.

Adicionalmente, também anunciou que avalia rever seus modelos de operação e/ou sua presença nos mercados de baixo desempenho, bem como está acelerando o ritmo da integração das marcas Natura e Avon na região da América Latina.

Mais recentemente, também foi divulgado estudo acerca de um potencial IPO ou spin-off (separação do grupo) da sua marca e unidade de negócios de luxo e bem-estar, Aesop.

“Tendo em vista a continuidade da reestruturação organizacional da companhia e as recentes atualizações sobre possíveis alterações em suas linhas de negócio, a companhia decidiu descontinuar as projeções”, reforçou.

Os resultados da Natura (BOV:NTCO3) referentes suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 09/11/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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