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Lula fala em brigar na Justiça contra regras de privatização da Eletrobras; ações caem

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Os papéis da Eletrobras (BOV:ELET3), que chegaram a avançar no começo da sessão, começaram a cair após declarações de Lula em entrevista ao portal 247. Ele se referiu à privatização da companhia, concluída em junho passado, pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), como “um crime de lesa pátria”.

Lula também criticou as regras da desestatização, pelas quais o governo tem agora somente 10% dos votos na companhia, apesar de ainda ter cerca de 40% de participação acionária na companhia, e disse que vai brigar na Justiça contra essas limitações.

A privatização ainda estabeleceu regras para dificultar uma reestatização da empresa, prevendo que o governo precisaria pagar três vezes o maior valor recente tocado pelas ações da companhia caso queira voltar a ser o controlador, com mais de 51% de participação.

“Eles fizeram uma loucura. A Eletrobras, embora o governo tenha 40% das ações, o governo só participa da votação com 10%. Segundo: se o governo quiser comprar ações, tem que pagar o triplo do preço”, criticou Lula hoje, na entrevista ao 247. “Não vai ficar por isso. Nós vamos entrar na Justiça”.

Em meio à pressão do governo e enfrentando também um cenário de baixos preços da energia, as ações ordinárias da Eletrobras já perderam cerca de 25% do valor desde o início do ano. No mês, acumulam queda de aproximadamente 8%.

Na entrevista, Lula também criticou desinvestimentos da Petrobras, e afirmou que pediu ao presidente da companhia, Jean Paul Prates, pela suspensão de todas vendas de ativos.

Na semana passada, a petroleira estatal disse em comunicado que analisou pedido do governo para suspensão de desinvestimentos e avaliou não haver motivos para cancelar negócios com contrato já assinado, como a venda do Polo Potiguar à 3R Petroleum.

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