Temores com a inflação voltam a pesar sobre o sentimento dos investidores ao redor do mundo

LinkedIn

Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam sem direção nesta quinta-feira, com temores de inflação voltando, enquanto os palestrantes do Federal Reserve reiteraram que mais aumentos são necessários para domar a inflação.

No Japão, o Nikkei caiu 0,06% para terminar em 27.498,87 pontos.

O Kospi da Coreia do Sul subiu 0,62% para terminar em 2.427,85 pontos na volta do feriado. O índice de gerentes de compras de manufatura da Coreia do Sul permaneceu em território de contração pelo oitavo mês consecutivo. Em janeiro chegou a 48,5. Embora isso tenha permanecido inalterado em relação aos números de dezembro, a S&P Global disse em nota que isso era “indicativo de uma maior deterioração na saúde do setor manufatureiro sul-coreano”. Dados mais recentes do PMI “apontaram para mais contrações na produção e nos novos pedidos em meio a condições econômicas globais atenuadas e pressões de preços sustentadas”. Uma leitura PMI de 50 indica expansão, enquanto uma leitura abaixo de 50 indica contração.

O S&P/ASX 200 da Austrália subiu 0,05% para terminar o dia em 7.255,40 pontos, impulsionado pelos setores de energia e materiais. South32 subiu 5,2% e pelos pesos pesados da mineração Rio Tinto, BHP e Fortescue saltaram 3,6%, 3,7% e 4,1%, respectivamente. Woodside Energy subiu 2,2% e a produtora de carvão Whitehaven subiu 4,2%.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,87%, em 20.440,00 pontos, enquanto o índice Hang Seng Tech caiu 1,09%.

Na China continental, o Shenzhen Component perdeu 0,54% para terminar em 11.849,51 pontos, enquanto o Shanghai Composite caiu 0,05% para terminar em 3.310,65 pontos.

EUROPA: Os mercados europeus caem na quinta-feira, com os investidores focados na divulgação dos dados preliminares de inflação da zona do euro para fevereiro.

O pan-europeu Stoxx 600 cai 0,4% no meio da sessão matinal, com a maioria dos setores registrando perdas. Os mercados regionais fecharam em baixa na quarta-feira, com os dados econômicos divulgados nesta semana dando aos investidores uma pausa para reflexão.

A inflação na zona do euro diminuiu ligeiramente no mês de fevereiro. A inflação global no bloco de 20 membros chegou a 8,5% em fevereiro, de acordo com dados preliminares divulgados na quinta-feira, esfriando pelo terceiro mês consecutivo em relação a inflação revisada em 8,6% em janeiro. Os investidores tem se perguntado se o BCE terá que manter sua postura agressiva por mais tempo, após os números da inflação de fevereiro aceleraram inesperadamente mais do que o esperado na França, Alemanha e Espanha. A estimativa flash alemã colocou a taxa de inflação harmonizada com o resto da UE em 9,3% em fevereiro, o que representaria um aumento frente aos 9,2% em janeiro.

A chefe do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse nesta quinta-feira que reduzir a taxa levará algum tempo. O banco tem como meta uma taxa nominal de 2%. A instituição com sede em Frankfurt indicou que outro aumento de 50 pontos-base em sua reunião prevista para o final deste mês. Lagarde disse que esse movimento ainda está na mesa, já que a inflação continua bem acima da meta. Analistas do Goldman Sachs disseram no início desta semana que estavam elevando as expectativas de aumento de juros para o BCE e precificando outro aumento de 50 pontos-base em maio. Os rendimentos dos títulos europeus atingiram máximas de vários anos nos últimos dias, em meio a considerações de que a política monetária agressiva veio para ficar.

A taxa de desemprego da zona do euro se manteve estável em janeiro, sinalizando mercado de trabalho robusto.

EUA: Futuros vinculados aos índices de ações dos EUA caem na manhã de quinta-feira, com os investidores considerando a probabilidade de novos aumentos nas taxas de juros e permanecerem mais altas por mais tempo.

No primeiro dia de negociação de março, os principais índices terminaram em baixa, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos atingiram 4% pela primeira vez desde novembro.

O Nasdaq Composite, pesado em tecnologia, liderou as perdas, caindo 0,66%, fechando em 11.379,48 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,47%, em 3.951,39 pontos e o Dow Jones Industrial Average avançou apenas 0,02%, em 32.661,84 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq estão a caminho de sua segunda semana consecutiva de perdas pela primeira vez desde dezembro. O Dow está a caminho de sua quinta semana negativa consecutiva, uma sequência vista pela última vez em maio de 2022.

O aumento nos rendimentos dos títulos e as preocupações com um aumento potencialmente maior do que o esperado do Federal Reserve alimentaram a preocupação dos investidores nos últimos dias, prejudicando o rali do início de 2023. Muitos investidores estão preocupados com o ritmo de aumento das taxas que está arrastando a economia americana para uma recessão. O índice de manufatura ISM de fevereiro divulgado na quarta-feira ficou em 47,7%, mostrando que a atividade econômica do setor contraiu ao longo do mês.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA sobem na quinta-feira, com os investidores considerando a perspectiva de novos aumentos das taxas de juros pelo Federal Reserve e aguardando novos dados econômicos. Por volta das 6h30 (horário de Brasilia), o rendimento do título do Tesouro de 10 anos subia pouco mais de três pontos-base para 4,028%, negociando acima da marca de 4% em níveis vistos pela última vez no início de novembro. O rendimento da nota do Tesouro de 2 anos era negociado pela última vez em 4,9017%, depois de subir mais de um ponto-base. No início da sessão, havia subido para 4,937%, nível visto pela última vez em meados de 2006. Rendimentos e preços tem uma relação invertida e um ponto-base é igual a 0,01%.

Na quarta-feira, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, publicou um comunicado dizendo acreditar que as taxas precisariam subir ainda mais e permanecer elevadas “até 2024”, enquanto a batalha contra a inflação continua.

Enquanto isso, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, indicou que novos aumentos nas taxas de juros podem estar no horizonte e que o Fed pode acelerar novamente o ritmo de aumentos das taxas. Kashkari disse que está aberto à possibilidade de um aumento maior da taxa de juros na reunião de política monetária deste mês, mas ainda não se decidiu sobre se é 25 ou 50 pontos-base, disse durante um evento em seu distrito natal. Membro votante do FOMC, Kashkari disse que o “gráfico de pontos” das expectativas futuras dos membros individuais será mais significativo do que o que foi decidido na reunião de 21 a 22 de março. Ele observou que seu “ponto” foi mais alto do que a maioria dos outros membros do FOMC na última reunião, quando o comitê recuou o nível de aumentos anteriores para um movimento de 0,25%. Ele indicou que é provável incline para o lado “hawkish” em vista de dados recentes que mostram que a inflação continua alta, apesar de todos os aumentos de taxas no ano passado.

Em sua última reunião, o Fed havia aumentado as taxas em 25 pontos-base. Isso marcou uma desaceleração em comparação com os cinco aumentos anteriores, que incluíram quatro aumentos consecutivos de 75 pontos básicos, seguidos por um aumento de 50 pontos básicos.

A temporada de ganhos continua na quinta-feira com resultados da Broadcom, Costco e Marvell Technology.

Na frente econômica, os investidores aguardam pedidos iniciais de seguro-desemprego, custos unitários de mão-de-obra e dados de produtividade às 10h30. Um discurso do governador do Fed, Christopher Waller, está programado para às 18h00 e o membro do FOMC Neel Kashkari volta a falar às 20h00.

CRIPTOMOEDAS: A principais criptomoedas recuam nesta quinta-feira como nos mercados de ações, à medida que temores de inflação empurram o rendimento de referência do Tesouro dos EUA ainda mais acima de 4%.

O Bitcoin cai 1,5% nas últimas 24 horas, brigando para sustentar acima de US $ 23.400. A maior criptomoeda vem perdendo terreno após subir próximo de 40% em 2023.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda em capitalização, cai 0,67% nas últimas 24 horas, próximo de US $ 1.640. Segundo especialistas no setor, o Ethereum vem registrando perdas menos significativas em relação ao Bitcoin por conta da próxima atualização do Ethereum, chamada de “Shanghai“, esperada para o final de março.

Bitcoin: -1,50% em US $ 23.403,00
0Ethereum: -0,63% em US $ 1.642,65
Cardano: -2,63%
Solana: -3,10%
Terra Classic: +4,97%

ÍNDICES FUTUROS – 7h55:
Dow: +0,08%
SP500: -0,49%
NASDAQ: -0,71%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +1,56%
Brent: +0,55%
WTI: +0,62%
Soja: +0,25%
Ouro: -0,41%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

Deixe um comentário

Seu Histórico Recente
BOV
VALE5
Vale PNA
BOV
IBOV
iBovespa
BOV
PETR4
Petrobras
BOV
IGBR3
IGB SA
FX
USDBRL
Dólar EUA ..
Ações já vistas aparecerão nesta caixa, facilitando a volta para cotações pesquisadas anteriormente.

Registre-se agora para criar sua própria lista de ações customizada.

Faça o login em ADVFN
Registrar agora

Ao acessar os serviços da ADVFN você estará de acordo com os Termos e Condições

Support: (11) 4950 5808 | suporte@advfn.com.br

V: D: 20230611 01:27:16