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Macy's anuncia estratégia de otimização com fechamento de lojas e previsões moderadas

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A Macy’s (NYSE:M), renomada cadeia de lojas de departamentos, revelou uma estratégia ambiciosa para revitalizar suas operações, incluindo o fechamento de cerca de 150 estabelecimentos até 2026, visando uma economia substancial de US$ 100 milhões em custos ainda neste ano.

A Macy’s também é negociada na B3 através da BDR (BOV:MACY34).

Essa manobra estratégica vem à tona após a companhia projetar vendas e lucros anuais que não atendem às expectativas do mercado. Curiosamente, mesmo diante desses anúncios, as ações da empresa experimentaram um salto de 7%, um movimento contrário ao de seus concorrentes como Nordstrom e Kohl, que tiveram desempenhos distintos no mercado.

Adrian Mitchell, CFO da Macy’s, esclareceu que as lojas designadas para fechamento correspondem a uma fração menor que 10% do total das vendas anuais e, em sua maioria, situam-se em locais de menor desempenho em shoppings centers. A empresa assegura que tais medidas não implicarão em demissões adicionais.

A decisão de enxugar o portfólio de lojas vem em um momento crítico para a Macy’s, que tem sido o foco de investidores ativistas e potenciais compradores, devido ao desempenho aquém do esperado. A pressão se intensifica com a disputa de poder promovida pela Arkhouse Management, que propôs uma nova composição para o conselho da empresa.

Analistas de mercado, como Mari Shor da Columbia Threadneedle, veem a estratégia como uma oportunidade de melhorar significativamente a rentabilidade e a eficiência das vendas da Macy’s. Essas mudanças se somam a outras ações recentes da empresa, incluindo o fechamento anterior de cinco lojas e a redução de 2.350 postos de trabalho, o que representa 3,5% do seu quadro de colaboradores.

O CEO Tony Spring posicionou o ano fiscal de 2024 como um período de transição e investimento, projetando um retorno ao crescimento sustentável das vendas e lucros a partir de 2025. Além dessas medidas, a Macy’s planeja expandir sua presença no segmento de luxo, com a abertura de 15 novas lojas Bloomingdale’s e ao menos 30 lojas Bluemercury nos próximos três anos.

A performance da Macy’s no último trimestre, particularmente durante o período de festas, mostrou uma queda menor que a esperada nas vendas comparáveis, graças a descontos atraentes que capturaram o interesse dos consumidores. Contudo, a receita líquida proveniente de cartões de crédito apresentou uma redução significativa, refletindo um cenário de pressão econômica sobre o público de renda baixa e média, que resultou em um aumento das dívidas incobráveis.

Finalmente, a Macy’s contabilizou uma despesa de US$ 1 bilhão no último trimestre, associada à reestruturação. Mesmo excluindo esses custos extraordinários, a empresa superou as projeções de lucro, com um ganho de US$ 2,45 por ação, acima das expectativas. Para 2024, a Macy’s estima vendas líquidas entre US$ 22,2 bilhões e US$ 22,9 bilhões, com um lucro ajustado por ação situado entre US$ 2,45 e US$ 2,85, um indicativo cauteloso em relação às estimativas do mercado.

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