A Microsoft Corp. (NASDAQ:MSFT) está sob o radar da União Europeia por supostamente abusar de sua posição de mercado ao vincular seu aplicativo de videoconferência Teams aos pacotes Office 365 e Microsoft 365.
A Microsoft Corp. também é negociada na B3 através da BDR (BOV:MSFT34).
Reguladores da UE emitiram uma declaração de objeções, alegando que essa prática viola as regras de concorrência do bloco desde pelo menos 2019, dando ao Teams uma vantagem competitiva injusta e limitando a interoperabilidade com concorrentes.
Margrethe Vestager, comissária de concorrência da UE, destacou a importância de preservar a concorrência no mercado de ferramentas de comunicação remota, enfatizando que isso também impulsiona a inovação. As penalidades por violações antitruste podem alcançar até 10% da receita global de uma empresa, embora raramente atinjam esse limite.
A Microsoft, em resposta, expressou disposição em considerar concessões para resolver as preocupações da Comissão Europeia. Brad Smith, presidente da Microsoft, mencionou a possibilidade de desmembrar o Teams e melhorar a interoperabilidade como medidas potenciais para evitar sanções.
O aviso formal da UE veio após uma queixa da plataforma de mensagens Slack em 2019, que posteriormente foi adquirida pela Salesforce Inc. A Salesforce (NYSE:CRM) apoiou a ação da comissão e pediu uma solução rápida que restaure a livre escolha no mercado.
Durante a pandemia, o uso do Teams disparou, crescendo de cerca de 2 milhões para 300 milhões de usuários diários, impulsionado pelas necessidades de trabalho remoto global. Críticos argumentam que a Microsoft aproveitou seu domínio no software de PC para posicionar o Teams como a opção preferida, integrada facilmente com programas amplamente utilizados como Word e Excel.
As penalidades por violações antitruste podem atingir até 10% da receita global de uma empresa, embora seja incomum que alcancem esse limite máximo.