As ações da Charles Schwab (NYSE:SCHW) listadas em Nova Iorque caíram -7,6% nas negociações da manhã de terça-feira (16), após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, que não impressionaram os investidores.
A Charles Schwab, corretora de investimentos sediada em Westlake, Texas, EUA, que oferece serviços financeiros e consultoria especializada, também é negociada na B3 através da BDR (BOV:SCHW34).
A receita subiu modestamente 0,6%, totalizando US$ 4,69 bilhões, superando as expectativas dos analistas por uma margem mínima de US$ 10 milhões. O lucro por ação (EPS) foi de US$ 0,73, ligeiramente acima do consenso de US$ 0,72, representando uma queda de quase 3% em relação ao ano anterior.
Apesar do desempenho financeiro mediano, a Schwab viu um aumento de 17% em novos ativos líquidos, alcançando US$ 61,2 bilhões, e um crescimento de 4% nas contas de corretagem ativas, que chegaram a 35,6 milhões. Os ativos totais de clientes atingiram um recorde de US$ 9,41 trilhões, enquanto a Schwab Wealth Advisory registrou um crescimento de 40% no acumulado do ano.
No entanto, a margem de lucro ajustada antes de impostos caiu para 41%, em comparação com 42% no ano anterior. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido também diminuiu de 17% para 14%, indicando uma redução na rentabilidade da empresa. Esses fatores levantaram preocupações entre os investidores sobre a eficiência operacional e a capacidade de gerar lucros futuros.
Apesar dos números promissores em termos de crescimento de ativos e contas, a contração das margens de lucro e o menor retorno sobre o patrimônio refletiram nas ações da empresa. Os investidores estão cautelosos quanto à eficiência e sustentabilidade da rentabilidade da Charles Schwab.
Durante o trimestre, os ativos totais dos clientes atingiram um recorde de US$ 9,4 trilhões, impulsionados pelo desempenho positivo dos mercados de ações e pela coleta orgânica de ativos. Os novos ativos líquidos principais totalizaram US$ 61,2 bilhões, ambos representando um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Além disso, os fluxos líquidos para soluções de Investimento Gerenciado alcançaram US$ 25 bilhões, um aumento de 56% no ano.
O co-presidente e CEO, Walt Bettinger, destacou o interesse contínuo dos clientes na ampla gama de soluções de riqueza oferecidas pela Schwab, com inscrições acumuladas no ano aumentando cerca de 30% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Apesar de ter aberto 985.000 novas contas de corretagem no segundo trimestre, um aumento em relação às 960.000 do ano anterior, o número ficou abaixo das expectativas dos analistas de 1,04 milhão de novas contas.