A Ocyan, do grupo norte-americano EIG, assinou com a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) um contrato de aproximadamente R$ 750 milhões na área de manutenção e serviços marítimos no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, disse o CEO, Jorge Luiz Mitidieri, à Reuters.
O negócio, com duração de pelo menos quatro anos, podendo ser prorrogado por até 320 dias, representa o maior contrato individual alcançado pela empresa desde a pandemia de Covid-19 e deverá demandar a contratação de cerca de 500 trabalhadores, ressaltou o executivo.
O negócio ocorre ainda após a companhia ter sido comprada pela EIG da Novonor (ex-Odebrecht), por US$ 390 milhões, no fim de 2023.
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Búzios, um campo que está em desenvolvimento, já é o segundo maior produtor de petróleo do Brasil, perdendo apenas para o campo de Tupi, também no pré-sal de Santos, que já está em declínio. Dentre os trabalhos contratados, a Ocyan terá atividades junto às quatro plataformas já em operação no campo.
“Nós vamos prestar todo tipo de serviço, de manutenção, de pintura, de tubulação, de fixação de equipamentos, de troca de sistemas elétricos, de manutenção de estruturas”, destacou o executivo, em sua primeira entrevista após assumir a liderança da companhia em abril.
Antes de se tornar CEO, após a venda da empresa, Mitidieri atuou desde 2009 como vice presidente executivo na Unidade de Negócios de Serviços Integrados responsável por projetos de Unidades de Produção, Subsea e Manutenção Offshore da Ocyan. Formado engenheiro pela UFRJ em 1982, o executivo também passou por outras companhias.
“É um contrato que traz uma importância muito grande para nós, nesse novo momento que estamos vivendo, que é o novo momento desse novo acionista”, disse Mitidieri, pontuando que a chegada da EIG não teve uma influência direta nesse novo contrato, mas que a assinatura com o novo acionista à bordo trouxe muito “entusiasmo”.
O executivo também se mostrou otimista para a celebração de novos contratos, diante de perspectivas de sinergia com a EIG, que também é acionista do Porto do Açu, além de ver boas perspectivas na área de Manutenção e Serviços Offshore, diante de uma demanda que ganhou força após a pandemia em anos passados.
“A Covid deixou todo mundo muito paralisado, principalmente nessa área de manutenção. Quando você olha para as unidades de produção e perfuração do mercado, todas elas privilegiaram a operação (…) Então, desde que a Covid terminou, final de 2021, com a vacina em 2022, se intensificou demais a manutenção das unidades.”
Além disso, o executivo também destacou ter boas perspectivas com o mercado de descomissionamento de plataformas e destacou ainda que os preços do petróleo em patamares mais altos são positivos para negócios no setor.
Com 24 anos de experiência, a unidade de negócios de Manutenção e Serviços Offshore da Ocyan soma mais de 30 contratos performados, mais de 130 paradas de produção e perfuração entregues, mais de 10 mil toneladas de tubulações e estruturas montadas a bordo das instalações em alto mar e mais de 1 milhão de metros quadrados de estruturas e tubulações pintadas.