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Suzano adquire ativos da Pactiv Evergreen por US$ 110 milhões

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A Suzano assinou, por meio de uma subsidiária, acordo com Pactiv Evergreen e suas afiliadas para aquisição da totalidade dos ativos que compõem as plantas integradas de fabricação de papel cartão revestido e não revestido, utilizados na produção de Liquid Packaging Board e Cupstock, localizadas nas cidades de Pine Bluff – Arkansas e Waynesville.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:SUZB3) na sexta-feira, 12.

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As unidades estão localizadas na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A capacidade total integrada é de aproximadamente 420 mil toneladas métricas por ano de papel cartão.

O preço de aquisição é de US$ 110 milhões a ser pago em dinheiro, à vista, no fechamento da operação.

A conclusão da operação está sujeita à verificação de condições precedentes comumente praticadas em transações dessa natureza, incluindo a aprovação da operação por autoridade concorrencial estrangeira.

Segundo a Suzano, no fechamento da operação, as partes celebrarão contrato de serviços de transição, na qual a Pactiv prestará serviços para a Suzano nos ativos adquiridos, e contrato de fornecimento de longo prazo, na qual a Suzano passará a fornecer para a Pactiv os produtos atualmente produzidos em Pine Bluff e consumidos pela Pactiv, que passará a ser um cliente relevante deste novo ativo da Suzano.

“A operação está alinhada à avenida estratégica de longo prazo da Suzano de ‘Avançar nos elos da cadeia, sempre com vantagem competitiva’, proporcionando à companhia a entrada no mercado norte-americano de papel cartão com competitividade e escalabilidade”, afirmou a Suzano em um fato relevante.

A companhia destacou que os ativos são competitivos e bem posicionados na curva de custo da indústria; têm excelente localização geográfica no que diz respeito à infraestrutura operacional e logística, com amplo acesso à madeira de baixo custo e representando inclusive opcionalidade futura; e a operação que detém a liderança do mercado norte-americano no segmento.

VISÃO DO MERCADO

O Morgan Stanley aponta que a aquisição marca a entrada da Suzano no mercado de embalagens nos EUA e está em linha com sua estratégia de buscar diversificação geográfica e de produtos, ainda que em pequena escala.

A equipe de research do Morgan espera que, dado o tamanho da transação, a Suzano continuará buscando outros ativos nos EUA, principalmente considerando seu recente interesse em adquirir a International Paper.

O JPMorgan vê a notícia como neutra, pois não espera que a aquisição transforme materialmente a Suzano.

Os analistas apontam que a operação é uma forma da empresa de colocar um pé na América do Norte de maneira pequena e de baixo risco, permitindo que a empresa realize testes e também aprenda com a operação.

A Suzano também compartilhou que a transação está alinhada com sua avenida estratégica de longo prazo para “avançar nos elos da cadeia de valor, sempre com vantagem competitiva”.

A empresa também compartilhou os principais aspectos do ativo, que trazem, em sua perspectiva, competitividade e escalabilidade: (a) ativos competitivos bem posicionados na curva de custos da indústria; (b) excelente localização geográfica relacionada à infraestrutura operacional e logística, com madeira de baixo custo e representando opcionalidade futura; e (c) uma operação que detém liderança no segmento da América do Norte.

Para a Guide, a operação tem impacto neutro, mas alinhada à estratégia de longo prazo da Suzano de expandir seu negócio, permitindo a entrada da empresa no mercado norte-americano de papel-cartão. Após a frustração da aquisição da International Paper (mas que foi comemorada pelo mercado por conta das faltas de sinergia e valor da operação), a Suzano tem buscado outras oportunidades.

A produção total de celulose e papel-cartão da Suzano é 13500 e 200 toneladas por ano respectivamente. Portanto, essa aquisição representa um aumento na produção total de aproximadamente 3% e sobre a produção de papel-cartão de 200%. O valor pago em reais se aproxima de R$ 600 milhões. O valor de mercado da Suzano é de R$ 67 bilhões, aproximadamente 1% do valor de mercado da companhia: pouco relevante.

A Suzano mencionou que espera trazer seu conhecimento operacional e experiência no negócio de papel cartonado, melhorando a competitividade estrutural e a rentabilidade dos ativos adquiridos.

O JPMorgan mantém recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 77. Já o Morgan Stanley tem recoemndação equal-weight (exposição igual a média do mercado, equivalente à neutro) e preço-alvo de R$ 66.

Informações Financenews

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