A Tesla Inc. (NASDAQ:TSLA) revelou os resultados do segundo trimestre após o fechamento do mercado de terça-feira (23), não alcançando as expectativas de lucro de Wall Street, prolongando um ano complicado com vendas mais lentas e grandes demissões.
A Tesla também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSLA34).
O lucro ajustado por ação foi de 52 centavos, abaixo dos 62 centavos esperados pelos analistas monitorados pela LSEG. No entanto, a receita de US$ 25,50 bilhões superou a previsão de US$ 24,77 bilhões, representando um aumento de 2% em relação ao ano anterior.
Apesar do aumento na receita, as vendas automotivas caíram 7%, para US$ 19,9 bilhões, em comparação com US$ 21,27 bilhões no mesmo trimestre do ano anterior. As vendas automotivas incluíram US$ 890 milhões em créditos regulatórios, mais do que o triplo do valor do ano passado. As despesas de capital cresceram 10%, totalizando US$ 2,27 bilhões, com US$ 600 milhões destinados à infraestrutura de inteligência artificial.
A Tesla reiterou seu foco na redução de custos e projetou uma taxa de crescimento “notavelmente mais baixa” para 2024. A empresa destacou que as entregas melhoraram devido ao melhor sentimento do consumidor e incentivos financeiros, e que futuros crescimentos serão impulsionados por avanços em autonomia e novos produtos. Os investidores ainda acreditam nas promessas de Musk sobre robotáxis totalmente autônomos e robôs humanóides, apesar das vendas mais fracas de veículos.
Não foi anunciada uma nova data para o lançamento do robotáxi autônomo, inicialmente previsto para 8 de agosto. O evento foi adiado por pelo menos dois meses para ajustes de design, conforme relatado pela Bloomberg. A Tesla afirmou que o robotáxi usará um novo método de fabricação modular, comparado a construir com Legos, em vez da linha de produção tradicional.
A receita da Tesla foi beneficiada por créditos regulatórios, registrando US$ 890 milhões no trimestre, mais que o dobro do valor dos três primeiros meses do ano. As fortes vendas no segundo trimestre superaram as expectativas dos analistas, impulsionando as ações. Contudo, cortes de preços reduziram os lucros da empresa, com a margem bruta automotiva, excluindo créditos regulatórios, caindo para 14,6% no segundo trimestre, comparado a 16,4% no primeiro trimestre.
A Tesla espera fabricar mais carros no período atual e planeja que o novo Cybertruck seja lucrativo até o final do ano. Os planos para um veículo de custo mais baixo também avançam, com produção prevista para começar no primeiro semestre de 2025.